Bolacha ou biscoito? Veja o que diz o Google
Esqueça PT x PSDB. O maior fla-flu brasileiro, a discussão que mais desperta animosidades neste Brasil, é: chamamos isso de biscoito ou bolacha?
Para trazer mais subsídios para esta briga, este blogueiro resolveu perguntar ao oráculo Google, que trouxe algumas conclusões surpreendentes.
Ao buscarmos os dois termos no Google Trends, ferramenta que analisa dados das buscas feitas por ele, percebe-se uma clara separação entre os termos ‘bolacha’ e ‘biscoitos’ nos Estados.
O Trends não dá números absolutos das buscas. Mas, nesta separação por Estados, dá o valor 100 para o Estado que tem a maior proporção de buscas do termo em relação ao total das buscas. Quanto maior for esta proporção, mais escuro fica o Estado no mapa. Daí em diante, dá um valor às outras localidades.
Pois bem. Na busca por ‘bolacha’, nota-se uma predominância sobre os Estados do Sul e parte do Centro-Oeste, além de São Paulo, nas buscas. A maior porcentagem de buscas pelo termo é de Santa Catarina, sucedido por Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.
Por outro lado, a busca por ‘biscoito’ é mais forte no restante da região Sudeste e em todo o Nordeste. O Distrito Federal é o principal reduto, seguido por Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Vendo os dois mapas, já dá para notar que o termo ‘biscoito’, embora mais forte em alguns locais, permanece forte no restante do país, ao contrário do termo ‘bolacha’.
Ao confrontar os dois termos em cada Estado, a vantagem do biscoito fica clara e traz a mais surpreendente das revelações: só o Sul do país busca mais por bolacha. Isso mesmo: em São Paulo, tido como bastião da defesa da bolacha, a busca por biscoito é maior.
E, com a busca no Google ao longo dos últimos 10 anos em todo o Brasil, podemos bater o martelo: a maioria dos brasileiros fala mais (ou melhor, busca mais por) biscoito (a linha vermelha) que bolacha (a linha azul).
Claro que isso não determina quem está certo ou errado. Enquanto paulista, ainda fico com bolacha. Mas, à luz dos números, os defensores do biscoito ganham mais um argumento.