Liberou geral para os políticos no Twitter; veja quais são os mais seguidos

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Acho um bocado cedo para falar de eleição. Mas como os políticos adoram antecipar um pleito, vamos dar a nossa contribuição.

No mês passado, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu que manifestações políticas no Twitter não configuram propaganda eleitoral antecipada. Nas eleições anteriores, em especial a de 2012, um grande número de candidatos foram multados por falarem do pleito na rede social antes do início ~oficial~ do período eleitoral.

Ou seja, agora liberou geral no microblog.

Pois bem. Foi até pensando nisso que Dilma Rousseff tirou a sua conta (@dilmabr) das catacumbas da eleição de 2010.

Este foi o último post da presidente até a retomada:

Não conversou em 2011. Nem em 2012.

Mas a volta, há três semanas, foi em grande estilo, dando entrevista ao seu perfil fake mais famoso, a Dilma Bolada (@diImabr) –ou melhor, para o dono do perfil, Jefferson Monteiro. Foi o grande assunto nas redes naquele dia –exatamente 15 dias depois de Twitter ser liberado para ser palanque digital.

Inspirado na corrida para 2014, compilei a lista dos 10 políticos brasileiros com mais seguidores no Twitter. Ela é baseada nos dados da empresa de monitoramento de redes sociais Social Bakers:

1º – Dilma Rousseff (presidente) – 1,982 milhão

2º – José Serra (ex-governador de SP) – 1,071 milhão

3º – Marina Silva (ex-ministra) – 769 mil

4º – Marco Feliciano (deputado federal de SP) – 260 mil

5º – Eduardo Paes (prefeito do Rio) – 177 mil

6º – Guilherme Mussi (deputado federal de SP) – 159 mil

7º – Armando Abílio (deputado federal da PB) – 150 mil

8º – Sérgio Cabral (governador do RJ) – 128 mil

9º – Anthony Garotinho (deputado federal do RJ) – 120 mil

10º – Marcelo Freixo (deputado estadual do RJ) – 93 mil

“E o Facebook onde fica?”

Bom, a princípio o Facebook não foi contemplado na decisão do TSE. Mas a argumentação usada para liberar o Twitter –que a mensagem do político chega só para quem o segue– também pode ser aplicada ao Facebook e outras redes sociais. A dinâmica de relacionamento entre as partes é a mesma. Com a exceção, diga-se, de posts patrocinados.

Como o Facebook é muito mais usado que o Twitter por aqui, a chuva de multas por propaganda eleitoral antecipada não cairá, apenas mudará de lugar, se ninguém se der conta disso. Mas duvido que já não estejam pensando em provocar o TSE a se pronunciar sobre o tema.

Já que listei o Top 10 do Twitter, aí vai o do Facebook:

1º – Lula (ex-presidente) – 372 mil

2º – Marina Silva (ex-ministra) – 348 mil

3º – Anthony Garotinho (deputado federal do RJ) – 225 mil

4º – Marco Feliciano (deputado federal de SP) – 219 mil

5º – Aécio Neves (senador de MG) – 175 mil

6º – Jean Wyllys (deputado federal do RJ) – 169 mil

7º – Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente) – 141 mil

8º – ACM Neto (prefeito de Salvador) – 129 mil

9º – Marcelo Freixo (deputado estadual do RJ) – 124 mil

10º – Daniel Coelho (deputado estadual de PE) – 118 mil

Este quadro deve se alterar bastante nos próximos meses. Candidatos ao Planalto que não estão entre os maiores devem aparecer assim que a campanha esquentar –ou que os partidos resolvam gastar seus caraminguás para que a turma do Zuckerberg dê mais visibilidade ao que postarem.

Para mim, é claro que há propaganda antecipada em todos os casos. A postagem original só vai para quem quer receber, ok. Mas os destinatários podem compartilhar este post. E o fazem loucamente, em alguns casos. Nunca duvide do poder de uma massa de cabos eleitorais cibernéticos, sejam eles movidos pelas convicções políticas ou pelo vil metal. Com isso, uma penca de gente que não segue o pré-candidato topa com a mensagem política em sua timeline sem nenhuma cerimônia.

Por outro lado, foi uma saída pela tangente da Justiça Eleitoral, que simplesmente não tem como monitorar tudo. Até porque as contas oficiais são apenas a ponta deste iceberg. Acho que nem o Obama, com a ajuda da NSA e seus sistemas de ciberespionagem, conseguiria.

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