Spam para todo lado nas redes sociais
Talvez você tenha notado que seu Facebook ou o seu Twitter começou a ter um volume grande de mensagens cifradas ou altamente tentadoras para clicar, muitas vezes vindas de seus próprios amigos.
Já diria o sábio Pedro: “Bino, é uma cilada!”
Pois é: depois de invadir sem cerimônia os seus e-mails ao longo dos últimos anos, agora é a vez de infestar as redes sociais, segundo um estudo divulgado nesta semana pela Nexgate, uma empresa americana de segurança de dados.
De acordo com esta pesquisa, houve um aumento de nada mais, nada menos, 355% no volume de spam nas redes sociais no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior. Muitas vezes inflado pelas novas técnicas que os spammers têm em mãos em cada tipo de rede social.
“O spam baseado em texto ou em links evoluiram para se adaptar ao meio social. O spam em link não tem mais texto, apenas uma URL, provocando um usuário curioso e desavisado para clicar. Já o spam de texto inclui ataques de phishing que muitas vezes perguntam dados pessoais ou ‘correntes’ com um apelo simpático ou ameaçador que faça o usuário circular o spam”, indica o estudo. “Além disso, as redes sociais provém novos métodos para disseminar spam, como aplicativos e contas fake“.
E como é possível um crescimento tão rápido dos spams nas redes sociais? A resposta passa pelas ferramentas contidas nas redes sociais e pela capacidade de o spam viralizar se for eficiente: cerca de 40% das contas já serviram em algum momento para distribuir um spam, quase sempre por desavisados que foram enganados com um conteúdo atraente e retransmitiram aos seguidores.
“O spam social, por exemplo, é distribuído para centenas, milhares e até milhões de pessoas com um post. O spam por e-mail, por sua vez, atinge uma pessoa por vez, requerendo significativamente mais esforço [dos spammers] e tem barreiras muito maiores [dos programas antispams]. Enquanto for uma novidade, spams sociais marcam a próxima fase de ataques dos ‘caras maus'”, indica o estudo.
Sobre o nível de proteção que as atuais ferramentas dão contra este novo tipo de spam, a pesquisa não tem boas notícias: apenas 15% das URLs que apareceram nos spams estudados são detectados como tal. Além disso, 5% de todos os aplicativos de redes sociais são spams.
Um prato cheio para os spammers ganharem dinheiro.