20 dias de WhatsApp da Folha: flagrantes, denúncias, dicas de reportagem e fotos de cachorro

Daniela Braga

ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO

Após 20 dias no ar, a comunicação entre a Folha e os leitores pelo WhatsApp tem se mostrado uma experiência para lá de interessante.

São dezenas de mensagens por dia (milhares nos primeiros dias), muitas sugestões de pauta e pouquíssimo conteúdo impróprio –um ‘beijo no ombro’ para todos que questionaram a utilidade do serviço ou acharam que o número iria receber apenas material descartável.

A notícia sobre o princípio de fogo no auditório Simón Bolívar, do Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo, no último dia 21, chegou para a Folha por meio do WhatsApp.

A pane na emissão de passaportes em São Paulo, que atrasou entregas do documento, também foi descoberta pelo novo serviço.

Durante as últimas três semanas, leitores de várias cidades do Brasil enviaram imagens de protestos, alertas sobre falhas no transporte público, flagrantes de acidentes de trânsito, registros de pontos de alagamento, denúncias de corrupção em prefeituras e até dicas de pautas em outros países.

O WhatsApp não é apenas um novo canal de comunicação. É uma plataforma que abre possibilidades para que leitores que dificilmente entrariam em contato por outras vias; que o diga Matheus, 12, que fotografou o estrago que a chuva causou em seu bairro na zona leste de São Paulo (veja foto acima, na galeria).

Além de ampliar os canais de comunicação com o jornal, o WhatsApp, ativo nos bolsos de quase 40 milhões de brasileiros, deixa as pessoas mais à vontade para entrar em contato –falam como conversam com um amigo, são mais informais e dão retorno extremamente positivo quando a volta é no mesmo tom.

Os apelidos são prova: alguns chamam o jornal de “Fô” ou “Folhinha” antes de fazer uma pergunta ou mandar sugestões.

O estudante de administração Caio Faulin, 22, passou pelo WhatsApp uma sugestão do pai, que disse ter percebido um aumento do número de caminhões circulando livremente nas marginais, em São Paulo, durante o horário proibido.

Assim que a sugestão foi respondida e encaminhada para o caderno Cotidiano, Faulin agradeceu com um vídeo em que tenta fazer seu cachorro, Luigi, dizer obrigado para a Folha.

Cachorros, aliás, são uma constante no serviço:

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Catxorro, Popeye e Sophia e Maria Antonieta

Também recebemos dicas culturais: alguns leitores aproveitaram que dá para anexar arquivos de áudio nas mensagens de WhatsApp e enviaram músicas –outros até arriscaram a cantarolar direto no telefone.

Para participar, basta adicionar o nosso número na lista de contatos: (11) 99490-1649. A Folha não envia notícias pelo aplicativo, apenas recebe sugestões dos leitores.