“O que tinha para ser gasto, roubado, já foi”

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Você já deve ter trombado com a frase do título deste post nos últimos dois dias, principalmente se faz parte da turma que é contra a Copa do Mundo.

A frase em questão veio de um texto postado pelo jornalista Thiago Falcão em seu Facebook em 19 de maio, mas que ganhou uma grande dimensão ao ser “repostado” por Joana Havelange, 37, uma das executivas do COL (Comitê Organizador Local) da Copa.

Não bastasse o cargo, ainda carrega todo o simbolismo (nesta altura, negativo) de seu sobrenome, o mesmo de seu avô, o ex-presidente da Fifa João Havelange, e de ser filha do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira.

Joana

Joana trabalha desde a criação do comitê depois de ter sido nomeada pelo seu pai, que acumulava os cargos de presidente da CBF e do COL na ocasião. Teixeira deixou as duas entidades em março de 2012 pressionado após ser envolvido em escândalos de corrupção no Brasil e na Fifa.

Atualmente, Joana raramente participa dos eventos da Fifa e perdeu poder após a saída do pai da CBF.

Apesar de sua atuação se limitar aos bastidores da organização da Copa, Joana recebe um dos maiores salários do comitê. Ela ganha cerca de R$ 80 mil mensais. Joana formou-se em administração pela Universidade Estácio de Sá.

Pois bem. A reação à frase nas redes foi intensa graças a Joana. Apesar de outros famosos como a apresentadora Adriane Galisteu e o cantor Latino também terem postado o texto, é graças à executiva do COL que o “o que tinha para ser roubado, já foi” corre o risco de virar uma espécie de slogan da Copa a partir de agora.

Projeção

Na noite de ontem, Joana tentou se retratar. Culpou “oportunistas” de quererem “criar problemas para a organização da Copa”. Confira:

“Infelizmente eu não posso nem replicar algo positivo numa página pessoal que oportunistas vem invadir meu currículo pessoal buscando criar problemas para a organização da Copa. Eu postei um texto que corre pelas mídias sociais que levantava o espírito num momento tão importante no nosso país. De fato não atentei para a frase que está gerando polêmica. Não concordo com ela e lamento não ter me atentado para ela. Lamento também que na reta final dos preparativos estamos falando sobre isso enquanto o mundo inteiro foca a atenção no nosso país no maior evento do planeta. EU acredito no meu país, sou brasileira com muito orgulho e sei que vamos fazer uma Copa linda, porque podemos, sabemos e estamos no caminho para fazer a #copadascopas. Vamos que vamos Brasil!”

De fato o texto já corria nas redes sociais. Mas, pela posição que ocupa, deveria ter mais cuidado com o que posta.

(Com Sérgio Rangel, do Rio)