As reações solidárias ao ‘Charlie Hebdo’ após ataque terrorista

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A hashtag #CharlieHebdo está no topo dos trending topics mundiais após o jornal satírico francês ser atacado por terroristas, matando 12 pessoas, incluindo o diretor do periódico e quatro cartunistas. Já foi usado no Twitter em mais de 1,4 milhão de postagens desde que o ataque foi noticiado.

O tom, no geral, é de solidariedade ao jornal e condenando o ataque.

Como, por exemplo, o ativista islâmico Iyad El-Baghdadi, dono do tuíte sobre o caso com mais retuítes:

“Como um muçulmano, matar pessoas inocentes em nome do Islã é muito, muito mais ofensivo do que qualquer cartum que possa ser feito”

Embora seja comum que, com o passar das horas, o que é solidariedade vire ódio nas redes sociais.

Além do #CharlieHebdo, outras hashtags ligadas ao atentado subiram na França.

Uma delas é a #JeSuisCharlie (Eu Sou Charlie, em francês), encampada pelos jornais franceses “Le Monde” e “Le Figaro”, dois dos mais importantes do país.

Também chama atenção a hashtag #IslamNonCoupable, uma tentativa das pessoas de evitar que o atentado se torne um motivo para que a direita francesa culpe os muçulmanos (em geral, imigrantes de ex-colônias francesas e que hoje formam o grosso das classes menos abastadas do país) e justifiquem tanto a redução de seus direitos quanto a escalada da repressão contra eles.

“Não é porque Hitler era alemão que todos os alemães são nazistas, façam a reconciliação”

“Devemos realmente parar de igualar o Islã ao terrorismo”

Outros termos chegaram aos trending topics na França graças ao atentado, principalmente nomes dos mortos (Wolinski, por exemplo), ou hashtags criadas para acompanhar o caso, como #attentat e #fusillade.

No Brasil? Demorou um pouco para termos sobre o atentado chegar aos trending topics. Só por volta das 15h que a hashtag #CharlieHebdo e o termo Maomé apareceram.

Assim como os franceses, por aqui os brasileiros que usam a hashtag #CharlieHebdo estão mais preocupados com a liberdade de expressão e em evitar culpar os muçulmanos.

Veja algumas das manifestações:

Já quem usa Maomé é, no geral, quem ainda pensa em fazer piadinhas com o episódio.