Enquanto o jurista Luiz Fachin era sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado para o cargo de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira, uma batalha se dava nas redes sociais em torno do assunto.

Assim que a sabatina começou, opositores do governo federal –cabe à presidente Dilma Rousseff indicar nomes dos ministros do STF– ‘subiram’ a hashtag #FachinNão, defendendo que o jurista não deveria ser aprovado pelo Senado. Ela chegou a estar na liderança dos trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter no Brasil.

Na outra contra, tuiteiros pró-governo contra-atacaram com a hashtag #FachinSim.

Nas postagens, as duas partes defendem as razões de suas escolhas. No geral, os contrários criticam a suposta tendência progressista de Fachin, que seria a favor do casamento gay e da ocupação de terras pelo MST. Aliás, em boa parte da sabatina no Senado ele se defendeu deste tipo de crítica. Já os defensores enaltecem tais virtudes progressistas.

Até o momento, o #FachinNão vai ganhando a ‘briga’, com mais de 53 mil postagens com a hashtag. #FachinSim tem pouco mais de 13 mil menções.

Veja algumas das postagens. Intercalados, já que não quero ser acusado de ajudar ninguém:

A favor de Fachin: Reitores, acadêmicos, juristas renomados, professores, OAB. Contra Fachin: PSDB, Malafaia, VEJA, Sheherazade. #FachinSim

— Dilma Bolada (@diImabr) May 12, 2015

#FachinNao

— Danilo Gentili (@DaniloGentili) May 12, 2015

Se Dilma indicasse Jesus Cristo para o STF, a oposição iria questionar porque Ele expulsou os vendilhões do templo. #FachinSim

— Black cesar (@Pedro33ferreira) May 12, 2015

O Senado hoje vai decidir se prefere ficar do lado do Brasil ou do lado do PT. #FachinNao

— Josué de Abreu (@Paulox36) May 12, 2015

#FachinSim Não é engraçado ver senadores indiciados em inquéritos e sob suspeita querendo dizer se o Fachin pode ou não ser Ministro do STF?

— Regina Salomão (@ReginaSalomo) May 12, 2015

E aí, senadores, vão ficar com o PT ou vão ficar com o Brasil? #FachinNao pic.twitter.com/gGCaOb5ql5

— Stalin Burrinho (@StalinBurrinho) May 12, 2015

Fachin tem sido criticado por suas qualidades: apoiar reforma agrária e uma concepção moderna de família. #FachinSim pic.twitter.com/7wb83RKi9r

— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) May 12, 2015

#FachinNao em primeiro lugar nos TT's. Os senadores precisam de menos assessores técnicos e mais Twitter.

— Flavio Morgenstern (@flaviomorgen) May 12, 2015

A presença de um homem sério e profissional brilhante como o professor Luiz Fachin no STF é homenagem ao direito e à cidadania. #FachinSim

— Luiz E. Greenhalgh (@Greenhalgh_) May 12, 2015

#FachinNao precisamos de punição para o terrorismo do MST, não um juiz que aplauda os horrores que eles praticam.

— Paula Rosiska (@paularosiska) May 12, 2015

Após a aprovação (ou não) pela Comissão de Constituição e Justiça, a escolha de Fachin para o STF será votada no Plenário do Senado. Se aprovado, ele ficará com a vaga de Joaquim Barbosa, que deixou a Suprema Corte no ano passado.