Interesse por impeachment já foi (bem) maior, aponta Google

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Eduardo Cunha e Dilma Rousseff se cumprimentam em evento em Brasília (Pedro Ladeira/Folhapress)
Eduardo Cunha e Dilma Rousseff se cumprimentam em evento em Brasília (Pedro Ladeira/Folhapress)

Sentiu o cheiro de impeachment no ar, com toda essa crise político-econômica acontecendo? Saiba então que já esteve mais forte –pelo menos no que depender das buscas do Google.

A busca pelo termo ‘impeachment’ no site é crescente nos últimos três meses, mas está bem longe de alguns picos registrados em outros tempos, em especial no início do ano.

O gráfico abaixo mostra a participação da busca por ‘impeachment’ no Google desde 2004, quando o site começou a compilar os dados.

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Para explicar como o gráfico funciona: o Google calcula a participação do termo no total de buscas e dá valor 100 ao ponto mais alto. A partir daí o gráfico é montado baseado na comparação com este ponto mais alto.

No caso desde gráfico, o valor 100 foi atribuído ao mês de fevereiro deste ano, com março ficando bem próximo (98). Foi quando ocorreram o primeiro ‘panelaço’ durante discurso de Dilma na TV (12 de março) e o primeiro protesto chamado por grupos contrários ao atual governo (15 de março).

Comparando com todo o período, busca-se mais por impeachment agora do que na média. Porém, em outros momentos essa busca foi substancialmente maior. Além do início do ano, são os casos do auge do escândalo do mensalão (final de 2005), os protestos de junho de 2013 e as eleições do ano passado.

Explicações? A mais provável é que a tese do impeachment de Dilma ter começado a ser ventilada no início do ano, com o avanço da Operação Lava Jato, levando os internautas a buscar mais informações sobre o assunto naquele momento do que agora, que o assunto é quase onipresente. Tanto é que um dos termos associados a ‘impeachment’ nas buscas do início do ano foi ‘Collor’ –ou seja, um interesse grande por como se deu a saída de Fernando Collor do poder em 1992.