Dilma já foi citada quase 7 milhões de vezes no Twitter em 2015
Uma das frases mais famosas do escritor britânico Oscar Wilde –autor, entre outros, do clássico ‘O Retrato de Dorian Gray’– é “a única coisa pior que falarem de você é não falarem de você”.
Jogando para o mundo da política, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) também tem um mote no estilo, o tal “falem mal, mas falem de mim”.
Se as frases forem verdadeiras, Dilma Rousseff está bem na fita nas redes sociais.
De acordo com levantamento da empresa de monitoramento AirStrip, a presidente já foi citada 6,84 milhões de vezes no Twitter até o último domingo (16), quando ocorreu a terceira grande manifestação do ano contra o seu governo.
Mas, assim como o tamanho das manifestações, o volume de menções à presidente na rede social está fraquinho, fraquinho na comparação com o início do ano.
O auge foi em março, com 2,01 milhões de menções. Foi a aparente auge da crise, com a explosão das denúncias da Operação Lava Jato e o protesto de 15 de março. Aliás, só naquele dia foram quase 300 mil menções.
Depois, arrefeceu. Está na casa das 600 mil menções mensais desde maio. Como em agosto teve 300 mil até o dia 16, o padrão deve ser mantido –a não ser que ocorra algum fato relevante até o final do mês.
Os termos relacionados a Dilma também mostram algumas curiosidades:
1) Lula é presença constante –os dois são quase indissociáveis, o que mostra ao ex-presidente que é (bem) difícil conseguir descolar sua imagem da atual mandatária;
2) No começo do ano, o senador tucano Aécio Neves, o candidato derrotado por Dilma nas eleições do ano passado, aparecia com frequência, mas depois caiu;
3) O lugar de Aécio como principal oposicionista foi ocupado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na segunda quinzena de junho, quando anunciou que faria oposição ao governo;
4) Alguns assuntos colam e descolam de Dilma ao longo do ano. No início do ano, por exemplo, estavam em evidência a saída de Marta Suplicy do PT e a aplicação da pena de morte ao brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira na Indonésia;
5) Pouco se atrelou à presidente sobre a Operação Lava Jato, embora este caso esteja no centro do pedido de impeachment –este sim, um termo sempre presente.