Campanha contra direitos dos deficientes era um viral (bem ruim)
Durou menos de 24 horas um dos piores virais que já vi na vida.
A não ser que você tenha passado sua segunda-feira em Marte (ou não se importa com o que acontece nas redes sociais), deve ter visto algo sobre um suposto movimento pelo fim dos direitos dos deficientes.
concordo, nossa sociedade devia agir pra evitar q deficiente mental tivesse o direito de comprar espaço em outdoor pic.twitter.com/h56Jo6CmBt
— TRAGEDIA (@IgorSeco) 30 novembro 2015
Um outdoor foi colocado em Curitiba, e uma página sobre ela foi criada no Facebook, causando muita indignação e, acreditem, algum apoio.
Quando fiquei sabendo disso, não dei muita pelota. Sabia que era um viral: era uma coisa muito absurda para ser verdade, estamos próximos do Dia Mundial das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro)…
E saber que algo é um viral é o mais eloquente motivo para achar que o viral é ruim.
Só restava saber de quem seria.
A resposta veio logo (mais um sinal que o viral foi ruim, ele não durou muito tempo): é uma campanha da Prefeitura de Curitiba, mais precisamente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência da cidade.
Mas o viral não foi muito bem aceito. Veja algumas das reações:
Não importa o contexto, o fato é que a prefeitura de Curitiba botou um outdoor "pelo fim dos privilégios a deficientes".
— Alberto Lage (@AlbertoLage) 1 dezembro 2015
tou indo na coletiva do outdoor daqui a pouco eu lhes informo que agência assumiu o atentado
— toonda ♪ (@toonda) 1 dezembro 2015
os cara vao fazer um viral online mas colocam um outdoor fisico solto, com uma msg merda pra um monte de gente na rua ver e quiçá concordar
— Danilo Sanches (@danilo_sanches) 1 dezembro 2015
o próximo outdoor devia ser pelo fim do retardo na propaganda
— Este vão (@petyk) 1 dezembro 2015
Então você cria uma coisa absurda, faz um outdoor e depois diz que era outra coisa. Tá fácil ser publicitário hein.
— Turbiani (@caioturbiani) 1 dezembro 2015
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Para encerrar, fico com as palavras do amigo Jairo Marques, repórter/colunista/blogueiro desta Folha e, usando seu próprio termo, um ‘malacabado’: