Futebol ao lado de vítimas de desabamento de ciclovia no Rio choca internautas
‘Menos humanos’. Assim o padre Fabio de Melo, popular nas redes sociais, classifica a reação das pessoas que continuaram a jogar bola a poucos metros de onde estavam as duas vítimas do desabamento de trecho da ciclovia Tim Maia, na zona sul do Rio, nesta quinta-feira (21).
A menos de 50 metros dos 2 corpos da tragédia em São Conrado, um grupo continua o futvôlei.
Na ciclovia que cai estamos todos menos humanos.— Snap: fabiodemelo3 (@pefabiodemelo) 21 de abril de 2016
As mais de 5.000 curtidas do post do padre encontraram eco nos comentários feitos na imagem que o fotógrafo Felipe Dana colocou em seu perfil do Facebook. Chocados, internautas lamentaram a “banalização da morte”, a “indiferença explícita” e “uma insensibilidade total em relação ao próximo”.
Confira outras reações:
Os corpos achados mortos pela queda da ciclovia deixados na areia e-as-pessoas-continuaram-curtindo-a-praia-jogando-bola-rindo. Eu to sei lá — Iana Corga ✠ (@ianacorga) April 21, 2016
Dois corpos cobertos na areia após acidente com ciclovia no Rio. Perto dali, gente toma sol, bebe cerveja e joga bola. O Brasil está doente.
— Mauricio Savarese (@MSavarese) April 21, 2016
2 mortos no desabamento da ciclovia. E ao lado dos corpos, jovens jogam bola alegremente. A sociedade esta doente. pic.twitter.com/M8WUBued2O — Vida de gado. (@malcon10x) April 21, 2016
Chocada com a queda da ciclovia da niemeyer! E mais ainda com dois corpos encontrados na praia e as pessoas jogando bola perto como se nada!
— Vicky pues (@oralevicky) April 21, 2016
ACIDENTE
O Corpo de Bombeiros retomou por volta das 6h desta sexta-feira (22) as buscas por uma possível 3ª vítima do desabamento da recém-inaugurada ciclovia Tim Maia.
A ciclovia foi inaugurada em 17 de janeiro passado a um custo de R$ 44,7 milhões. O trecho que desabou tem cerca de 50 metros.
O secretário municipal obras da Prefeitura do Rio, Alexandre Pinto da Silva, disse que não é possível afirmar ainda se houve erro de projeto. “Na verdade, toda ressaca [no mar] é prevista, mas temos que ver as condições do local e investigar as causas do acidente”.