Jornalista americano ‘mexe’ com biscoito Globo e brasileiros contra-atacam nas redes sociais

Sarah Mota Resende

biscoito globo
Se David Segal, jornalista do “The New York Times”, publicação dos EUA, acompanhar as redes sociais e tiver alguma noção do nosso idioma — ou um intérprete capaz de traduzir memes e expressões características do português brasileiro –, ele certamente “aprendeu” a lição de não cutucar o patrimônio da orla carioca chamado biscoito Globo.

Para quem chegou de supetão neste post, vamos aos fatos, com calma — já compilo as melhores tiradas, aguenta aí.

No sábado (13), em texto publicado no site do jornal nova iorquino, Segal afirma que o biscoito Globo, iguaria de polvilho, doce ou salgado, vendido nas praias cariocas, parece uma “bolacha de ar e sem gosto”. Em outra passagem, diz que mordê-lo é como “se seus dentes estivessem em uma festa para a qual a língua não foi convidada”.

Ao explicar que o biscoito é feito de farinha de mandioca, o americano ainda menciona o episódio em que a presidente afastada Dilma Rousseff, durante cerimônia com índios, em junho de 2015, saúda a raiz.

Ao longo da reportagem, entre alguns elogios à cena gastronômica da cidade, Segal ressalta que ela tem restaurantes listados no guia “Michelin”, “bares excelentes e suco barato em qualquer lugar”. Mas ele também não deixa passar em branco críticas a determinados tipos de restaurantes, como os self-service por quilo.

Entre outras alfinetadas, por assim dizer, o jornalista ainda afirma que os atletas e torcedores estrangeiros que visitam o Rio por ocasião da Olimpíada descobrem na culinária local um “segredo infeliz” da cidade.

Desde então algo aconteceu na internet brasileira:

Voltemos ao biscoito Globo, alimento pelo qual centrou-se o contra-ataque dos brasileiros. É que cariocas consideram o aperitivo, cuja tradição e fabricação vêm de décadas, quase como um patrimônio nacional. Se você, caro leitor, ainda não experimentou, saiba que ele harmoniza bem com mate gelado, sol, água do mar e areia.

Pela redes sociais, adeptos e defensores ferrenhos do biscoito não aguentaram quietos a crítica do americano. Mas também houve a turma do “deixa disso”, os que nunca provaram e sequer conheciam e, em escala menos expressiva, aqueles que não, hum, vão muito com a cara — e o gosto — do petisco.

Veja as reações e tire suas própria conclusões:

Muito trabalho para o Itamaraty

Aqui, não!

Não aceitamos

É quase patrimônio, cara!

Cabeça tá onde, amigo?

Ouviram, gringos?

Queremos esse projeto de lei já!

Colar de beijos

Imagens falam mais que palavras…

Que morder medalha o que!

Teve quem não discordasse tanto assim de Segal…