Londrinos usam redes sociais para organizar doações a vítimas de incêndio na Grenfell Tower

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POR GUILHERME ZOCCHIO

Moradores de Londres estão usando as mídias sociais para coletar roupas, produtos de limpeza e alimentos aos sobreviventes do incêndio que atingiu o edifício Grenfell Tower, na madrugada desta quarta-feira (14).

Na capital do Reino Unido, um grande incêndio no prédio, que conta com 24 andares e 120 apartamentos, deixou pelo menos 17 mortos —quantidade que autoridades estimam ser maior, já que pessoas não conseguiram deixar o local devido às chamas.

A Folha usou a ferramenta Wayin para fazer um levantamento sobre o assunto. A hashtag #Grenfelltower é um dos tópicos mais falados no Twitter desde que o caso foi noticiado, às cinco horas da manhã no horário de Brasília.

Já foram mais de 600 mil tuítes sobre o tema até a publicação deste texto. A média, por ora, é de 476,5 postagens por minuto na rede a respeito do evento no mundo inteiro, segundo o monitoramento utilizado pela reportagem. Na média, um trending topic gera entre 50 e 100 tuítes por minuto e dificilmente chega às 100 mil postagens.

Os londrinos estão usando as mídias para divulgar o endereço dos locais de entrega —e também de retirada por parte dos sobreviventes— das doações. Pelo Twitter, eles ainda mostram maneiras de chegar aos pontos de arrecadação e retirada mais próximos.

Nas redes, usuários também compartilham links de sites de crowdfunding para arrecadar dinheiro às vítimas da tragédia.

No Instragram, internautas divulgam fotos do que já foi recebido. Além disso, no Facebook páginas de estabelecimentos comerciais e instituições como igrejas, ONGs e organizações comunitárias oferecem suas sedes para abrigar, organizar e distribuir os itens arrecadados.

A iniciativa é semelhante à campanha desencadeada, em 11 de abril, após as três explosões em Dortmund, na Alemanha, que atingiram um ônibus com o elenco do Borussia Dortmund. O time seguia para o jogo das quartas de final da Liga dos Campeões contra o Monaco, quando foi alvo de um artefato caseiro de detonação.

Em ambos os casos, as mídias sociais foram usadas para articular redes de solidariedade.

No caso de Dortmund, o clube alemão, à época, criou uma campanha no Twitter para dar abrigo aos torcedores do adversário francês, que não teriam onde dormir naquela noite, com a hashtag #bedforawayfans (hospedagem para torcedores visitantes).

(texto atualizado às 9h de quinta-feira (15) para incluir novas informações)