Maior cientista pós-Einstein, Stephen Hawking recebe justa homenagem na internet

Morreu, nesta quarta-feira (14), aos 76 anos, em Cambridge, no Reino Unido, o físico britânico Stephen Hawking, considerado o maior cientista na era pós-Einstein.

Seu maior legado reside nas descobertas que fez, em 1974, sobre os buracos negros, quando concluiu que eles não são completamente escuros, como se pensava, mas emitem radiação térmica.

Sua vasta produção acadêmica, intelectual e literária resultaram, direta ou indiretamente, em tudo o que conhecemos sobre o universo até agora.

A repercussão de sua morte foi imediata. Stephen Hawking já figura entre os Trending Topics (assuntos mais comentados) do Twitter desde o início da madrugada.

Começamos com uma curiosidade que assusta quem duvida de que forças cósmicas regem o universo.

Vamos às datas: Stephen Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, exatos 300 anos após a morte de outro gênio da ciência, Galileu Galileu. E a morte do físico, nesta quarta, 14 de março, ocorre no mesmo dia em que nasceu Albert Einstein, só que no ano de 1879.

Stephen Hawking foi, sem sombras de dúvida, uma mente brilhante.

Em 1988 Stephen Hawking lançou “Uma Breve História do Tempo”. O livro se tornou best-seller e fez o físico famoso no mundo inteiro. O didatismo e a abrangência da obra fisgaram não apenas cientistas e intelectuais, mas pessoas que passaram, cada vez mais, a se interessar pelas questões fundamentais da origem do universo, contribuindo com a popularização da ciência.

Stephen Hawking havia acabado de concluir física no University College de Oxford, em 1962. Foi para Cambridge, e pouco depois, descobriu a esclerose lateral amiotrófica, uma rara e fatal doença degenerativa dos músculos. Os médicos deram, no máximo, três anos de vida ao promissor estudante. Erraram por mais de 50 anos.

E, apesar de sua condição, que o manteve para sempre na cadeira de rodas, –ele ainda perderia completamente a fala em 1985– o físico mostrava uma vontade imensa de viver, e considerava-se mais feliz do que antes do diagnóstico.

O perfil oficial da NASA relembrou uma conversa de Stephen Hawking com astronautas na Estação Espacial, em 2014. Assista ao vídeo (transcrevemos abaixo)

“Em 2007 eu experimentei uma simulação de microgravidade em um Zero G Flight. Para mim, foi uma pura sensação de liberdade. Quem me conhece diz que foi o sorriso mais autêntico que já dei. Eu fui um super-homem por aqueles poucos minutos. Eu não consigo imaginar como é para vocês, voar como super-homens por seis meses.”

Stephen Hawking notabilizou-se por frases sobre a compreensão do universo e a valorização do quanto entendemos dele até agora, mesmo que seja uma parcela ínfima de tudo que ainda pode ser descoberto.

O universo, a humanidade, a ciência, todos nós brindamos esses últimos 76 anos.

Sua tese de doutorado ““Properties of Expanding Universes” (Propriedades dos Universos em Expansão), apresentada aos 24 anos, foi a responsável por torná-lo conhecido no meio acadêmico. É possível baixá-la online no site da Universidade de Cambridge.

Uma das homenagens mais bonitas até agora foi a de seu colega e amigo, o físico Neil deGrasse Tyson.

“Sua morte deixou um vácuo intelectual em seu rastro. Mas não vazio. Pense nela como uma espécie de vácuo de energia permeando o tecido espaço-tempo que desafia a mensuração”.

Para quem não viu ou quer recordar o legado e a importância de Stephen Hawking, o filme “A Teoria de Tudo” celebra sua obra.

No Instagram, a hashtag #stephenhawking está sendo usada para homenagear o físico.

No blog Mensageiro Sideral, você lê mais sobre a morte do físico.