Figura entre os Trending Topics (assuntos mais comentados) do Twitter nesta segunda-feira (27) a hashtag #MensalinhoDoTwitter.

Para quem ficou longe do noticiário no final de semana, o #Hashtag contextualiza.

No último domingo (26), a Folha noticiou que uma agência está sendo acusada de contratar perfis de influenciadores digitais para fazer propaganda a favor do PT no Twitter. Os tuítes não informavam que eram pagos, nem exibiam qualquer informação sobre a empresa ou político que os contratou.

Esta prática é proibida pela legislação atual, que especifica que só é permitida propaganda eleitoral em redes sociais no modelo de impulsionamento, em que candidatos, partidos e coligações contratam diretamente a rede social.

É nesse cenário que a aparece a hashtag #MensalinhoDoTwitter, apoiada por grupos de direita que pedem agilidade na apuração do Twitter e criticam a militância de esquerda.

Nos últimos meses, páginas e perfis ligados à direita têm sido removidos pelas principais redes sociais. Em julho, por exemplo, o Facebook descobriu uma rede composta por 196 páginas e 87 perfis que violavam as regras de autenticidade da rede. Elas tinham conexão com páginas e perfis ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre), grupo político de direita que se notabilizou durante os protestos pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

Há uma semana, Facebook e Twitter suspenderam centenas de contas falsas do Irã e da Rússia. As páginas disseminavam informações falsas e atuavam em diversas regiões do planeta. Trump acusou as redes sociais de “silenciarem milhões”.

Confira repercussão:

OUTRO LADO

Estamos averiguando, afirma Gleisi Hoffmann, presidente do PT, sobre acusações de pagamento por comentários a favor do partido.

Procurado, o Twitter afirmou que “as regras do Twitter estabelecem os conteúdos e comportamentos permitidos na plataforma, e violações a essas regras estão sujeitas às medidas cabíveis. Além disso, o Twitter criou um canal exclusivo que está em funcionamento durante o período eleitoral para recebimento de eventuais ofícios que sejam encaminhados pela Justiça Eleitoral no Brasil”.