Há uma dificuldade com design no governo Bolsonaro e os memes já identificaram isso

Mateus Camillo

Governo novo empossado e mudanças importantes acontecendo em diversas áreas. Há muito o que se falar de política, mas isso eu deixo para a editoria de Poder.

O assunto agora é design. E, bom, parece que o governo Bolsonaro não está muito familiarizado com as novas tendências na área.

Logos simples e minimalistas renderam comentários a cada atualização nas redes sociais.

“A justiça é cega, beleza, mas não pode tirar a venda nem pra fazer a logo?”, escreveu Savio Gabriel Santos na página do Ministério da Justiça.

“Iti Malia”, comentou Maelle Cleys para a nova imagem do Ministério do Turismo. Para quem não está acostumado com o linguajar dos memes, iti malia é uma expressão usada quando se quer dizer que algo é muito fofo.

Mas por que os internautas estão elogiando as nuvenzinhas do MTur?

É que por alguns dias no final de 2018 o ministério teve uma outra foto em seu perfil oficial, muito menos “iti maliável”.

Levantou-se, então, o seguinte questionamento:

O Ministério do Turismo afirma que “o avatar usado atualmente nas redes sociais do Ministério do Turismo foi veiculado nas próprias redes da pasta pela primeira vez em 2016 e não há qualquer relação da arte com a nova gestão. Ela segue um padrão de identidade visual que preza por uma linguagem simples, lúdica e divertida”.

A pasta afirma ainda que os fundos variam de acordo com as estações do ano ou datas comemorativas (outono, inverno e Natal, como na imagem abaixo). O objetivo, segundo o ministério, é incentivar as viagens domésticas, por isso a tipografia com temas leves e simples.

Quem também entrou na discussão de design foi o Itamaraty, que está revendo seu posicionamento em diferentes frentes, com o novo chanceler Ernesto Araújo.

Aparentemente, a estética na internet é uma dessas frentes.

O Ministério das Relações Exteriores fez em seu perfil oficial no Twitter uma publicação citando aproximação entre Brasil e Estados Unidos (ocorrida, por sinal, nos governos Lula e Dilma), uma das principais bandeiras de Bolsonaro.

Até aí, nada de tão grave. O problema é que clicando na imagem não se consegue ler absolutamente nada.

Para quem não entende muito de computação, o tuíte a seguir explica (com pouco humor) porque está assim:

Aécio de Papelão, um perfil sempre satírico, sugeriu um curso para o pessoal do Itamaraty.

Alguns estão pedindo emprego:

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