Os tuítes de Eduardo Cunha são um Patrimônio Histórico dos Memes.

Preso desde 2016, o ex-deputado federal pelo MDB tinha um perfil ativo no Twitter –na véspera das eleições de 2018, ele voltou à ativa, controlado por sua filha, que tentou uma vaga na Câmara dos Deputados, mas teve pouco mais de 13 mil votos.

As quase 20 mil postagens que o ex-presidente da Câmara fez na plataforma ao longo do tempo comentam, em sua maioria, assuntos políticos da época ou abordam generalidades do dia a dia com uma pitada de religião.

Há uma prática comum no Twitter de ressuscitar postagens antigas de modo que se encaixem com temas quentes do noticiário. Eduardo Cunha e Neymar são dois alvos fáceis desse costume.

E foi isso que aconteceu nessas últimas horas.

É preciso explicar a quem os internautas estão se referindo?

(Penso que não, mas se você esteve em Marte desde quinta-feira (3), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, apareceu em vídeo em tom eufórico dizendo que menino veste azul, menina veste rosa. A internet vestiu memes).

Os comentários que se seguiram ao tuíte de 2012 de Eduardo Cunha estão para lá de divertidos.

Mas afinal, quem era o alvo original do tuíte de Eduardo Cunha?

Tratava-se da socióloga Eleonora Menicucci, anunciada como ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, cargo no qual ficou até o impeachment, em 2016.

Ela é amiga da ex-presidente Dilma Rousseff desde a década de 1960 e foi sua colega de prisão na ditadura militar.

Tanta polêmica em sua indicação se deu, em grande parte, a sua posição pró-aborto, que assustava a parte conservadora da sociedade, incluindo Eduardo Cunha, membro da bancada evangélica.

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