Nas redes dos Bolsonaros, tom é de cobrança de apoiadores
Nesta quinta (17), o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu a investigação criminal sobre movimentação financeira atípica envolvendo o gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), senador eleito e filho do presidente Jair Bolsonaro.
O principal investigado é um ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, que movimentou R$ 1,2 milhão em um ano.
O senador eleito argumentou em seu pedido ao Supremo que, embora não tenha tomado posse, já foi diplomado senador, o que lhe confere foro especial perante o Supremo —a nova Legislatura só se inicia em 1º de fevereiro.
Em maio do ano passado, o plenário da corte restringiu o foro especial de políticos aos atos cometidos durante o mandato e em razão do cargo. Os casos que não se enquadram nesses critérios —como é, em tese, o relativo a Flávio Bolsonaro— são agora remetidos às instâncias inferiores.
O assunto permaneceu toda a quinta entre os trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter. “Queiroz” e “Flavio Bolsonaro” foram duas das palavras que mais apareceram na plataforma.
O #Hashtag leu os comentários nas três principais redes sociais (Instagram, Facebook e Twitter) do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus três filhos (Flávio, Carlos, Eduardo).
Habitualmente, o tom em todas elas é de elogios e exaltação ao mandatário e sua prole, com menos visibilidade às desaprovações.
Dessa vez, no entanto, o clima era diferente. Além das já esperadas manifestações de pessoas ligadas à esquerda, o que se via, com muita frequência e como nunca antes desde a posse, em 1º de janeiro, eram mensagens de apoiadores da família criticando a atitude de Flávio Bolsonaro e exigindo uma explicação de todos os familiares –principalmente de Flávio.
Para se certificar de que o comentário não era de críticos, o #Hashtag só escolheu postagens de perfis que notadamente fossem pró-Bolsonaro, o que é fácil constatar olhando publicações e fotos.
O único dos quatro políticos do PSL a comentar o assunto foi Flávio Bolsonaro, em seu Instagram.
Muitos comentários estão na linha de “esperamos uma resposta”.
No Facebook de Jair Bolsonaro, mais mensagens de cobrança.
O mesmo se repetiu no Facebook de Flávio.
No Facebook de Carlos
E no Twitter de Eduardo (e em todas as outras redes de todos da família).
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