Após vídeo obsceno, internautas pedem impeachment de Bolsonaro com base em lei
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) publicou nesta terça-feira (5) em sua conta oficial no Twitter um vídeo de uma cena que causou polêmica no Carnaval paulistano. Um homem aparece dançando sobre um ponto de táxi após introduzir o dedo no próprio ânus. Na sequência, surge outro rapaz que urina na cabeça do que dançava.
Mirando a sua base de eleitores conservadores, o presidente escreveu:
O vídeo teve repercussão instantânea tanto na própria publicação que ele fez quanto na internet de forma geral.
No Twitter, três trending topics (assuntos do momento) no Brasil referem-se ao tema: “#ImpeachmentBolsonaro”, “Presidente da República” e “Golden Shower”.
Sobre o pedido de impeachment, os internautas recorreram à lei 1.079 (conhecida como “lei do impeachment”) da Constituição Federal, que dispõe sobre os crimes de responsabilidade.
- Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República.
Consta entre os crimes contra a probidade na administração “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”, item no qual esse tuíte com o vídeo obsceno se encaixaria.
“Representação indecorosa internacionalmente”
“Tenta destruir a imagem”
Há quem já preveja “chuva de pedidos de impeachment”
E ainda há espaço, nas postagens, para ironias:
E aqui você lê mais do debate que o vídeo gerou sobre a postura do presidente .
Se há base, de fato, para um pedido de impeachment, somente o desenrolar dos fatos e as análises jurídicas subsequentes poderão mostrar. Mas já não restam dúvidas de que o presidente deu início a mais uma crise em seu governo.
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