Como foi a experiência de assistir à primeira partida de um clube brasileiro na Libertadores transmitida somente pelo Facebook
Pela primeira vez na história um time brasileiro teve uma partida da Libertadores transmitida somente pelo Facebook.
A novidade aconteceu na noite desta quinta-feira (7), no duelo entre Huracán (ARG) e Cruzeiro, na Argentina, na estreia dos times pela competição continental.
O time mineiro venceu por 1 a 0, mas a partida em si é o que menos importa nesse texto, e sim como foi a experiência de ver o jogo pela plataforma Facebook Watch, com mais de 200 mil pessoas ao mesmo tempo.
Para começar, segui os passos iniciais que eu havia lido (Entre no aplicativo do Facebook, toque no ícone assistir. Na barra de pesquisa, procure por “Conmebol Libertadores” e siga a página. Os jogos serão adicionados à sua lista) e não consegui encontrar.
Achei mais fácil ir direto na página da Conmebol Libertadores. Desse jeito, o ícone “ao vivo” aparece na própria página e você já cai na tela com a transmissão.
A experiência pode ser dividida em duas: mobile e desktop.
Começo pelo desktop, pois estava no meio do trabalho, com a segunda tela ligada no jogo.
Primeiro você tem que maximizar a tela se não quiser ter uma experiência cheia de poluição: comentários, likes, corações e enquetes pululam na sua tela.
Deve haver quem goste de interagir (de fato há pois os comentários estavam a todo vapor), mas se você quer ter a experiência do futebol, e só o futebol, aumente a tela.
Os comentários, aliás, podiam ser chatos, mas não deixavam de ser divertidos. Além da torcida pelo Cruzeiro, rolou uma espécie de FlaxFlu: os que gostavam da transmissão pelo Facebook e os que estavam achando horrível.
Como a Brenda Kened: “Transmissão ótima, só quem tem internet ruim tá reclamando! Vai cruzeirão cabuloso”
E o Esdras Alcantara: “Isso é uma desgraça de transmissão”.
Por aqui, a internet do trabalho estava normal, então a transmissão transcorreu em boa qualidade.
Com a tela maximizada, a experiência é como se você tivesse assistindo à partida pela televisão.
O narrador Téo José, o comentarista Rodrigo Bueno, o apresentador Abel Neto e o repórter de campo Vinícius Nicoletti, todos contam com vasta experiência em canais esportivos (a junção de todos eles ao mesmo tempo dava a sensação de você estar com Globo, ESPN, Fox Sports, Esporte Interativo sincronizados ao mesmo tempo).
E o quarteto trazia análises, comentários e bastidores, tal qual nos canais tradicionais.
No intervalo (os comerciais seguem vivos!), eles avisavam como fazer para assistir à partida pelo Facebook Watch (o que era um pouco estranho, afinal, quem via aquilo já estava vendo pela plataforma…).
Também na pausa, Abel Neto mostrou alguns comentários dos internautas que apareceram no meio da transmissão –as mensagens, contudo, falaram apenas de futebol, e não da qualidade da live.
No mobile, tudo se repete: os comentários e reações pululam na sua tela, e só maximizando para ter a experiência plena da partida. Comparando com a tela do computador, o jogo até perde a graça, por isso, deve ser bastante usada por quem está em deslocamento no transporte público (ou no meio de uma aula da faculdade).
Ou pela maioria, afinal, vivemos num mundo mobile first.
Por fim, um pós-jogo com o vestiário do Cruzeiro, até a chegada da tela azul, que sinalizava que a transmissão havia acabado.