Nas redes, direita pede impeachment de Gilmar Mendes por elo com tucanos
A força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná pediu na quarta-feira (6) a suspeição do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes no julgamento de reclamação movida por Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador de propinas em favor de tucanos.
O pedido se baseia em ligações trocadas entre o juiz e o ex-ministro e senador tucano Aloysio Nunes, cujo celular foi apreendido na última fase da Lava Jato.
Nesta quinta (7), perfis conservadores nas redes sociais se engajaram na hashtag “ImpeachmentGilmarMendes”, que se tornou o assunto mais comentado do Twitter.
Alguns não querem o impeachment apenas de Gilmar Mendes.
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que internautas se engajam no pedido de impeachment contra Gilmar Mendes, juiz que se tornou praticamente uma unanimidade entre direita e esquerda como um magistrado com uma, digamos, propensão a liberar da cadeia políticos envolvidos em corrupção.
Em 2017 tivemos ao menos dois casos.
Em maio, mais de 500 mil pessoas assinaram abaixo-assinado pedindo impeachment de Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandovski.
“Os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandovski proferiram diversas vezes decisões que contrariam a lei e a ordem constitucional. A recente soltura de Réus como José Dirceu (os três ministros votaram a favor) e Eike Batista (habeas corpus foi concedido por Gilmar Mendes) demonstra o descaso com o crime continuado e a obstrução à justiça que, soltos, eles representam”, afirmava texto no site Change.org, que coleta assinaturas digitais.
Em dezembro, um abaixo-assinado apenas contra Gilmar Mendes conseguiu mais de 1,5 milhão de assinaturas.
Os motivos eram algumas das decisões judiciais proferidas pelo juiz. “O ministro Gilmar Mendes, proferiu diversas vezes decisões que contrariam a lei e a ordem constitucional. A soltura de Réus como José Dirceu e Eike Batista, demonstra o descaso com o crime continuado e a obstrução à justiça que, soltos, eles representam.”
Apesar de petições online não terem, necessariamente, validade jurídica, servem como pressão popular em prol de uma causa. Outros abaixo-assinados digitais que ficaram populares foram pedindo a cassação dos deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ).