11 memes essenciais para entender os 100 primeiros dias do governo Bolsonaro
Se em 100 dias de governo Bolsonaro fica difícil falar em “nova política” ou “velha política”, podemos dizer com convicção que entramos em uma nova era de memes. Lula, Dilma, Aécio e Cunha foram substituídos por Bolsonaros, Queiroz, Moro, Damares e companhia. Confira o essencial desse período.
1º.jan
O meme caiu do cavalo
Ainda na posse, um dos cavalos que faziam a escolta do carro de Bolsonaro e Michelle se descontrolou por alguns segundos, o suficiente para gerar o primeiro meme do novo governo: “Corre que o cavalo comuna tá puto”, “o cavalo votou no Haddad” e outras variações divertiram a primeira tarde do ano.
3.jan
A internet veste memes
Num vídeo que viralizou, a ministra Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos, disse que o Brasil estava entrando em uma nova era. “Menino veste azul, menina veste rosa”. Era apenas o segundo dia útil de mandato, mas a fala serviu para aquecer os memes.
17.jan
PSL comunista
Em janeiro, uma comitiva de parlamentares recém-eleitos do PSL viajou à China para estudar um sistema de reconhecimento facial. O escritor Olavo de Carvalho, guru e ideólogo direitista, não gostou nada da aproximação dos congressistas com a ditadura chinesa, chamou-os de “palhaços”, e o assunto logo virou meme com a “comitiva comunista do PSL”.
17.jan
Quem não deve não teme
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) pediu ao STF que suspendesse investigação que envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz e seu gabinete. Ele foi atendido em um primeiro momento, o que gerou uma reação muito negativa por parte dos seguidores de Bolsonaro. Foi a primeira vez em seu governo que a família foi cobrada até por apoiadores convictos. Os memes também fizeram forte oposição.
22.jan
Memes suíços
A presença de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, rendeu bons memes. Começou com playlists no Spotify de músicas mais longas que o discurso de apenas seis minutos do presidente e terminou com o John Travolta procurando por Bolsonaro, Paulo Guedes, Sergio Moro e Ernesto Araújo, que, numa quebra de protocolo, desistiram de participar de entrevista coletiva ao final do evento.
30.jan
Mourão esquerdista
O vice-presidente Hamilton Mourão opinou em diversos assuntos ao longo desses 100 primeiros dias, quase sempre com um tom oposto ao do governo Bolsonaro. Foi assim, por exemplo, quando defendeu investigação contra o laranjal do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio. Olavo de Carvalho se irritou com a postura do general, chamou-o de “idiota” e disse que tinha “mentalidade golpista”. A ala da militância virtual completou com os memes: Mourão é comuna.
1º.fev
A senadora que roubava pastas
Único meme da lista que não nasceu de Bolsonaro ou de algum aliado próximo, mas merece entrar pelo surrealismo da situação. Na conturbada votação para presidente do Senado, em 1º de fevereiro, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) tomou das mãos de Davi Alcolumbre (DEM-AP) a pasta com o material que orientava a sessão, que só foi retomada no dia seguinte. Os memes rememoraram a fatídica apuração do Carnaval de SP em 2012 e a obra “A Menina que Roubava Livros”.
25.fev
Ó meme amado
Uma das medidas mais polêmicas do ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez foi o pedido do MEC a escolas para que cantassem o hino nacional em frente à bandeira do Brasil e filmassem as crianças. A ideia durou pouco tempo e logo entrou para a lista de recuos do governo. Esse período, porém, foi suficiente para que internautas postassem memes e usassem a decisão do então ministro para criticar as condições das escolas pelo Brasil.
6.mar
Chuva colorida de memes
Todo Carnaval tem seu fim, mas o de 2019 teimou em não acabar. Na noite da terça-feira de Carnaval, Jair Bolsonaro publicou um vídeo de uma cena em São Paulo em que um homem introduzia o dedo no próprio ânus e depois recebia urina no rosto, dizendo que “é isto que tem virado muitos blocos de rua no Carnaval brasileiro”. No dia seguinte, o presidente perguntou em uma rede social “o que é golden shower” (nome popular em inglês para o fetiche de urinar na frente de um parceiro ou sobre ele). Os memes explicaram…
2.abr
É mais que cinema, é Cinemarx
A exibição do documentário com viés de direita “1964: O Brasil Entre Armas e Livros” causou embate nas redes. À esquerda, a Cinemark, que havia alugado o espaço, foi criticada por permitir a projeção de um filme que defende uma ditadura; à direita, a rede foi acusada de censura por não mostrar o filme no Rio—ela alegou problemas técnicos. A empresa disse que não se envolvia em “questões político-partidárias”. Como “Lula: O Filho do Brasil” foi exibido, logo tacharam-na de “comunista”
4.abr
Eu, eu mesmo e o calendário
No início de abril, Moro entrou de vez para o governo Bolsonaro: criou um perfil no Twitter. Com objetivo de ser uma conta propositiva, defendendo medidas como o projeto anticrime, Moro talvez não esperasse virar meme logo de cara. Mas o ex-juiz não ajudou: postou uma foto com um calendário para provar que o perfil era dele mesmo. “Segurar calendário mostrando a data é pra provar que o refém ainda está vivo”, escreveu um internauta. O bloco com datas também ganhou versões alternativas, como essa com Lula
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