Resumão do que aconteceu nas redes nesta quarta de protestos pela educação
Esta quarta (15) foi marcada por protestos contra os cortes na educação. Milhares de pessoas saíram às ruas em ao menos 167 cidades, em manifestações que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou serem feitas por imbecis e “idiotas úteis” usados como “massa de manobra”.
Os atos ocuparam ruas e avenidas de todas as capitais e do Distrito Federal. Foram realizados inclusive em pequenos municípios, como Felipe Guerra (RN), de 5.734 habitantes, e na terra indígena Alto Rio Negro, na fronteira entre Amazonas e Colômbia.
Nas redes sociais, só se falava disso. A hashtag #TsunamidaEducação, por exemplo, teve mais de 600 mil tuítes e permaneceu entre os trending topics (assuntos mais comentados do Twitter) durante mais de 10 horas.
Faremos um breve resumo do que aconteceu nas redes para quem não conseguiu acompanhar.
De Dallas, no Texas, Bolsonaro disse:
O presidente ainda completou que os manifestantes não sabiam calcular 7×8. A resposta foi imediata:
Fernando Haddad (PT), candidato derrotado à Presidência e ex-ministro da Educação, esteve no ato em SP. Ele respondeu Bolsonaro:
A apresentadora Rachel Sheherazade, do SBT, antes associada à direita, adota desde a ascensão de Jair Bolsonaro um tom de crítica. E não foi diferente com o “idiota útil”.
Nome em alta no Congresso, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) comentou a frase.
Partidários do bolsonarismo acusaram a esquerda de tentar um terceiro turno na marra.
A presença de militantes de partidos como PT e PSOL e cartazes e faixas com “Lula Livre” trouxeram um debate sobre a divisão de pautas nos protestos.
A ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel, militante de direita, foi irônica:
Mas houve argumentos contrários a ela:
E suscitou debates até sobre os protestos contra a Dilma em 2015 e 2016.
A Folha esteve em diversos protestos pelo país. Na Paulista, por exemplo, constatou:
Diversos famosos também apoiaram o movimento.
A direita, mais para o final do dia, levantou algumas hashtags de apoio ao governo. Uma que teve destaque foi a #BrasilcomWeintraub. O ministro da Educação passou mais de seis horas dando depoimento aos deputados na Câmara sobre os motivos do corte na área. Ele culpou Dilma e Temer.
Weintraub ainda explicou que convenceu Bolsonaro a manter cortes.
E como tudo nas redes, em que há defensores e detratores, o ministro também foi criticado.
O que não podia faltar é a ressurreição dos tuítes de Eduardo Cunha!
O pesquisador Fabio Malini, da UFES, tuitou um vídeo muito legal. Trata-se de um código que coleta direto do Twitter as mensagens sobre determinado conteúdo/hashtag e printa na tela, ao vivo, o conteúdo coletado. Quanto maior é a rapidez da queda das mensagens, maior o nervosismo e a temperatura da rede.
Por fim, conhece o GPS Ideológico, produzido pelo DeltaFolha, o núcleo de jornalismo da dados da Folha?
Fica o convite para conhecer. A ferramenta analisa comportamento de 1,7 milhão de usuários e influenciadores políticos.