Nas redes, primárias argentinas preocupam bolsonarismo e alentam esquerda brasileira

Foi um resultado surpreendente.

A chapa de oposição liderada por Alberto Fernández, que tem a ex-mandatária Cristina Kirchner como vice, venceu com larga vantagem as primárias presidenciais argentinas realizadas neste domingo (11).

Irritado e com olhos marejados, o atual presidente Mauricio Macri afirmou que “kirchnerismo não tem credibilidade e isola a Argentina do mundo”.

O assunto movimentou direita e esquerda… brasileira.

A Argentina é, afinal, um de nossos maiores parceiros comerciais.

No Rio Grande do Sul, Bolsonaro disse que o país vizinho pode virar Roraima se “esquerdalha” vencer na Argentina e que não quer “irmãos argentinos fugindo para cá”.

Mais tarde, por acordo Mercosul-União Europeia, negou ruptura com a Argentina, mas atacou o kirchnerismo.

O núcleo duro do bolsonarismo está preocupado com a prévia das eleições.

Já a esquerda brasileira teve um raro momento de alento nestes últimos meses.

Confira a repercussão no Twitter nesta segunda (12).

Filipe Martins é assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, e muito próximo de Eduardo Bolsonaro.

O youtuber de direita André Guedes comparou a polarização Cristina x Macri com PT x PSDB, que perdurou por 16 anos no Brasil.

O perfil conservador Dama de Ferro instruiu Macri a mudar a postura daqui para a frente.

Para o general Paulo Chagas, Argentina não pode repetir erros do Brasil.

O perfil Joaquin Teixeira, conhecido por seu jeito irreverente, se questionou se não há milícia virtual na Argentina igual à brasileira.

Faltou um argentino conservador na Virgínia!

O co-fundador do Movimento Brasil Conservador Rodrigo Moller fez uma metáfora a seus seguidores

Para @oiluiz, Argentina dá um aviso ao Brasil sobre o que teria acontecido se o eleito fosse Alckmin, por exemplo.

Para Leandro Ruschel, o país vizinho não tomou um “choque de liberalismo” ao estilo Paulo Guedes e preferiu por uma inclusão “gradual”.

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) lembrou o impacto no mercado financeiro.

O MBL (Movimento Brasil Livre), que tem procurado se distanciar do bolsonarismo, vê também com preocupação o resultado no país vizinho.

Já no lado da esquerda brasileira, a Socialista Morena criticou fala de Bolsonaro.

Para Dilma Bolada, o Brasil pode se tornar o país mais isolado do mundo em 2020.

Para o deputado federal Bohn Gass (PT-RS), os argentinos não querem é “virar um Brasil de Bolsonaro”.

Para o líder do MST, Bolsonaro “acusou a derrota”.

A ex-presidente Dilma Rousseff diz que “Lula Livre ganha força na Argentina”

Leia mais sobre a direita brasileira no blog Saída Pela Direita.