PSDB ironiza indicação de ‘Democracia em Vertigem’ e internautas rebatem: ‘sentiu’
– Galvão…
– Fala, Tino.
– Sentiu.
Quem frequenta as redes sociais já deve ter visto esse diálogo.
Nas transmissões esportivas da TV Globo, é comum o repórter Tino Marco chamar pelo apresentador e dar a notícia de que algum jogador se lesionou.
O trecho é usado nas redes quando alguém acusa o golpe e parte para uma solução radical na estratégia de defesa.
É o que está acontecendo neste momento com o PSDB.
Na manhã desta segunda (13), “Democracia em Vertigem” foi anunciado como um dos indicados ao Oscar de melhor documentário longa-metragem.
Logo após o anúncio, as redes sociais entraram em vertigem e o assunto dominou o debate no Twitter.
Quase todos os trending topics são sobre o filme: “Documentário” (68 mil), “Vertigem” (88 mil) e Petra Costa (30 mil) são os termos mais citados.
No meio disso tudo, apareceu um “Sentiu”, com 7,5 mil tuítes.
Quem sentiu?
Para os internautas, o PSDB.
E a lesão é grave.
Novo troféu
Saiu o diagnóstico
Aécio, citado em 4 mil tuítes, não foi esquecido.
Imagens do momento do anúncio
Mais ibagens
Triste dia
Petra Costa, diretora do documentário, respondeu, mas apagou pouco depois.
Pouco mais de quatro horas após o primeiro tuíte, o PSDB fez mais uma postagem, dobrando a aposta.
“Democracia em Vertigem” revê a história recente do país, da ascensão de Lula à Presidência até o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, passando pelos escândalos de corrupção em que o PT, partido dos dois, se envolveu nesse ínterim.
Apesar de narrar uma história factual e abrangente, a cineasta Petra Costa emprega no filme o mesmo tom pessoal e intimista que havia usado em seus filmes anteriores.
Essa abordagem foi alvo de muitas críticas do documentário, que o consideram enviesado e parcial.
O PSDB foi um dos principais artífices do processo de impeachment. Logo após as eleições de 2014, o partido contestou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a apertada vitória de Dilma. O pedido posteriormente foi negado, mas ajudou a sedimentar o tumultuado ambiente político que resultaria na aceitação do processo de impeachment pelo então presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB), no final de 2015.
Almejando o Planalto, o PSDB acabou alijado das pretensões com a ascensão de Jair Bolsonaro, fenômeno eleitoral que fez Alckmin ter apenas 5% dos votos nas eleições de 2018.