Usuários trocam perfis nas redes por símbolo antifascista

Mateus Camillo

A ascensão de movimentos fascistas e neonazistas no Brasil vem de alguns anos.

Mas desde a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência tem ganhando especial destaque pelo apoio que esses grupos dão ao governo.

No madrugada de domingo (31), inclusive, um deles, chamado de “Os 300 do Brasil” –armado e de extrema direita– foi protestar à frente do STF (Supremo Tribunal Federal). A líder, Sara Winter, foi alvo de operação da Polícia Federal na semana passada.

No domingo, um ato a favor da democracia, com a presença de torcedores de clubes rivais, encheu a avenida Paulista, em São Paulo, mas a polícia acabou reprimindo de forma violenta após tensão com um outro grupo que protestava

Atos fascistas vêm ganhando força, ao mesmo tempo que nos EUA o presidente Donald Trump promete designar grupos antifascistas como organização terrorista.

Nas redes sociais nesta segunda, uma onda antifascista tomou conta de diversos perfis no Brasil, nos EUA e em outros países. Usuários publicaram o símbolo do movimento Antifa (abreviação de antifascista) como resposta às repressões sofridas nos últimos dias.

O Antifa é um movimento com origem na Alemanha e nos Estados Unidos dos anos 20 e 30, quando o mundo vivia a ascensão da extrema direita ao poder com Adolf Hitler e Benito Mussolini. Células se organizaram para lutar contra organizações fascistas e nazistas.

Em 2016, com a chegada de Trump à presidência e a força que o movimento alt-right ganhou nos Estados Unidos, principalmente após Charlottesville, os Antifas ressurgiram com força para combater neonazistas. Importante ressaltar que geralmente são células independentes e sem uma liderança única.

Nas redes sociais, houve espaço para publicações sérias, como pessoas associando sua profissão como antifascista, bem como para memes como o “bom dia grupo” antifascista.