Contra o racismo, usuários deixam a tela preta no #BlackOutTuesday

Mateus Camillo

Se na segunda-feira (1º) as redes sociais foram inundadas com o símbolo antifascista, nesta terça-feira (2) o movimento #BlackOutTuesday (apagão de terça) domina todas as redes sociais.

Nele, usuários, famosos ou anônimos, deixam a tela totalmente preta como uma forma de protestar contra o racismo. A ideia é que seja o único post publicado nesta terça, por isso o nome de apagão de terça.

A ação surgiu após a morte de George Floyd na última semana, que chocou o mundo ao ser sufocado por um policial branco enquanto clamava “eu não consigo respirar”. A ação foi filmada, viralizou e deu início a uma série de atos pelos Estados Unidos.

O #BlackOutTuesday vem no ensejo do recrudescimento do #BlackLivesMatter, movimento que ganhou projeção em 2013 diante da indignação nos EUA pela absolvição de todas as queixas contra o vigilante branco George Zimmerman, que em 2012 atirou e matou o negro Trayvon Martin, na época com 17 anos, em Sandford, na Flórida.

Participam do #BlackOutTuesday jogadores de futebol, artistas e cidadãos comuns.

A estrela pop Anitta.

O ator Bruno Gagliasso.

A cantora Ludmilla.

A atriz Tata Werneck.

Samuel Umtiti é jogador de futebol do Barcelona.

Marcus Rashford é jogador de futebol do Manchester United.

Clubes de futebol como São Paulo e Flamengo.

E usuários anônimos no Brasil e em outros países.

Nas postagens, as pessoas pedem para não usar as duas hashtags ao mesmo tempo.

Muitos integrantes do movimento negro ressaltam que não basta publicar uma foto preta nas redes sociais.

“Blackout Tuesday não significa simplesmente postar uma foto com tudo preto e sair das redes sociais no dia. Significa parar de promover suas coisas por 24 horas e promover as vozes e projetos de criadores, escritores, diretores e ativistas negros. Passe adiante”.

A famosa frase de Angela Davis também foi lembrada.