Último pedido de Weintraub ao sair do MEC, abraço em Bolsonaro vira símbolo da vergonha alheia
Jéssica Nakamura
Nesta quinta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro finalmente resolveu o problema que estava “tentando solucionar”. Abraham Weintraub foi demitido –e não preso, como poderia ocorrer caso ele insistisse em seguir atacando as instituições.
Mas talvez seu grande ataque tenha sido o vídeo em que anuncia sua saída do Ministério da Educação, considerado por internautas um forte concorrente ao prêmio de vergonha alheia do ano.
Conforme colocado pelo ator Armando Babaioff, “tudo é constrangedor”, a começar pelo título: “Palavras do coração”.
“Um pouco emocionado” e munido de sua “colinha”, Weintraub não discute os motivos de sua demissão, mas abre o seu coração para o presidente, dizendo que o seguirá apoiando e desejando sorte nesse “desafio gigante que é tentar salvar o Brasil”.
No entanto, duvidamos que Bolsonaro tenha aberto seu coração para Weintraub, pois, nos pouco mais de três minutos de vídeo, o presidente mantém-se parado feito uma estátua, evitando a todo custo contato visual com o ex-ministro, com a câmera –e até com os olhos de ressaca de Capitu, a cachorrinha de Weintraub, se ela ali estivesse.
Afinal, como pontuou o músico Marcelo D2, um dia frio, um bom lugar para ler um livro e…
E se o título do vídeo já lhe causou um arrepio de vergonha alheia, o último pedido de Weintraub pode ser fatal –mas talvez não tanto quanto sua realização. “Abracinho?” suplicou o ex-ministro da Educação, ao que se seguiu aquele que é, provavelmente, o abraço mais constrangedor que o Brasil presenciou nos últimos tempos.
A internet, para variar, não perdoou.
Teve gente que se lembrou de outros abracinhos mais recíprocos dados por Weintraub.
Teve quem recordou e viveu outro abracinho igualmente constrangedor.
E houve até quem incitasse uma espécie de “abracinhozaço” no presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia que, questionado sobre a possibilidade de Weintraub ir para o Banco Mundial –anunciada pelo próprio como uma certeza–, respondeu: “É porque não sabem que ele trabalhou no Banco Votorantim, que quebrou em 2009, e ele era um dos economistas. Mais alguma pergunta?”
Enquanto isso, parte da rede social ansiava pela reação de William Bonner e Renata Vasconcellos no Jornal Nacional.
Aliás, coube ao Felipe Neto colocar Bonner nos Trending Topics do Twitter. Logo após a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, na manhã desta quinta, o influenciador prometeu trocar seu nome na rede social para “Eu amo William Bonner” por um mês, caso o jornalista apresente o JN desta noite usando uma gravata laranja.
Esse texto vai ficando por aqui. Mais alguma pergunta?