Antes de Atibaia, Queiroz teria se escondido em Guarujá; nas redes, usuários falam em ‘looping temporal’
Até parece roteiro de filme: antes de ser encontrado em Atibaia, Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, teria se escondido em Guarujá, litoral paulista.
As cidades do roteiro são as mesmas que figuraram em processos do ex-presidente Lula, desafeto do clã Bolsonaro. Os dois municípios paulistas ficaram em evidência em todo o Brasil nos últimos anos em casos de corrupção envolvendo o petista.
De acordo com reportagem da TV Bandeirantes, antes de ser preso em Atibaia, Queiroz teria se hospedado em um imóvel de 200 metros quadrados de frente para o mar, em Guarujá. Ele teria ficado cinco meses no apartamento da família do advogado Frederico Wassef, que foi responsável pelas defesas de Flávio e do presidente.
Na semana passada, Queiroz foi preso em outro imóvel de Wassef, em Atibaia. O advogado afirmou à Veja que Queiroz ficou abrigado em suas propriedades por causa de um suposto plano para matá-lo atribuindo à família Bolsonaro a responsabilização pelo crime.
A coincidência com a história de Lula, claro, virou motivo de piadas nas redes. Muitos usuários afirmam que estamos vivendo uma espécie de looping temporal.
Outros usuários sugerem que Márcia Aguiar, a mulher de Queiroz, está escondida em São Bernado do Campo, onde Lula tem apartamento. Ela é considerada foragida pela Justiça.
Atibaia e Guarujá são protagonistas na novela da política brasileira, afirmam usuários. Muitos dizem que os enredos se tornaram melhores do que séries televisivas.
O mundo dá volta, meus amigos. Mais uma ironia do destino.
O eixo Atibaia-Guarujá bugou a cabeça de muita gente.
Desde a prisão de Queiroz, Atibaia tem sido chamada nas redes de Gotham City, cidade dos filmes do Batman, de “Noronha dos políticos” e até de “Abbottabad brasileira”, em referência à região no Paquistão onde o terrorista Osama Bin Laden foi morto por militares norte-americanos em 2011.
Investigado no esquema das “rachadinhas” quando era deputado estadual no Rio, Queiroz é o elo entre o clã presidencial e figuras do submundo miliciano no Rio. Pesquisa Datafolha publicada na noite de quinta (25), porém, mostra que a popularidade do presidente segue estável após a prisão do ex-assessor de Flávio.