Nas redes, usuários sentem saudade de Dilma saudar mandioca após Bolsonaro saudar cloroquina
Movimentos cristãos e conservadores realizaram ato pró-Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios neste domingo (19). Em faixas e cartazes, eles cobraram do STF (Supremo Tribunal Federal) o julgamento de políticos que foram alvo da Operação Lava Jato.
O presidente Jair Bolsonaro, que contraiu o novo coronavírus, saiu à frente do Palácio da Alvorada no fim da tarde e mostrou uma caixa de cloroquina aos apoiadores, medicamento sem eficácia comprovada no combate à Covid-19.
Na verdade ele não apenas mostrou o medicamento. O presidente deu à cloroquina tratamento de Simba, do Rei Leão.
Para delírio dos seguidores ali presentes.
A cloroquina no pedestal como uma fórmula milagrosa.
Cena fetichista.
Saudar a mandioca x saudar a cloroquina.
Sim, saudando a cloroquina.
Para quem não se lembra, em junho de 2015 a ex-presidente Dilma Rousseff fez um discurso na abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em que saudou a mandioca.
“Nenhuma civilização nasceu sem ter acesso a uma forma básica de alimentação e aqui nós temos uma, como também os índios e os indígenas americanos têm a deles. Temos a mandioca e aqui nós estamos e, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu tô saudando a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil”, disse Dilma de um fôlego só.
Essa saudação entrou para o folclore brasileiro e agora está sendo recuperada. Com saudades daquele tempo.
O mundo não dá voltas, ele gira e capota.
Saudades de saudar a mandioca, né minha filha?
Mandioca é versátil…
e saborosa.
Diferentes saudações.
Os adolescentes de amanhã vão brigar pelos atos dos pais de hoje.
Quem nunca saudou o sol?
Lá na terra plana…
No aguardo dos memes.
Na verdade, o meme foi feito.
Na semana passada, a Sociedade de Infectologia afirmou que é “urgente que a cloroquina seja abandonada para qualquer fase da Covid-19″.