Descoberta de molécula que pode indicar vida em Vênus era o que faltava para o ano de 2020

A descoberta de uma molécula em Vênus que pode indicar vida microbiana extraterrestre “preocupa” usuários das redes sociais. Afinal, o ano é 2020, né pessoal?

Nesta segunda (14), uma equipe internacional de pesquisadores anunciou a detecção de fosfina na atmosfera de Vênus, gás que, na Terra, só existe por atividade industrial ou produzido por micróbios de ambientes anaeróbicos (sem oxigênio). O trabalho foi publicado no periódico científico Nature Astronomy.

O assunto causou rebuliço nas redes e foi parar nos trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter, com mais de 280 mil menções nesta segunda. Os usuários especulam se há, de fato, vida no segundo planeta mais próximo do Sol do nosso Sistema Solar e, mais do que isso, como seria a aparência física desses seres.

Algumas pessoas publicaram imagens de extraterrestres com formatos humanoides. Brincadeiras à parte, é sabido que, se existir vida em Vênus, será microbiana. As características do planeta são bens diferentes da Terra: com efeito estufa arrasador, tem temperaturas de 470 graus Celsius na superfície e pressão atmosférica cem vezes maior.

Nas nuvens de Vênus, porém, as temperaturas são mais amenas —cerca de 30 graus Celsius. E é aí onde cientistas apontam como locais mais prováveis para a existência de vida. O renomado astrônomo Carl Sagan, por exemplo, evocou essa ideia.

Ainda assim, em ano de pandemia e após o surgimento de um vírus desconhecido, que provocou milhares de mortos em todo o mundo, usuários brincam nas redes e se dizem preocupados com a descoberta. “Possíveis sinais de vida em Vênus? Estamos em 2020 e eu não me metia nisso”, escreveu no Twitter João Marques.

Outras pessoas lembraram que, em 2020, já testemunhamos a nuvem de gafanhotos e tragédias, entre elas a explosão no Líbano.

Outras pessoas brincaram que a vida em Vênus seria algo parecido com o retratado na obra “O Nascimento de Vênus”, do pintor italiano Sandro Botticelli (1445-1510).

A realidade, entretanto, é bem diferente. Na década de 1970, imagens da superfície de Vênus foram enviadas à Terra a partir da série de missões soviética Venera. O material foi transmitido antes dos equipamentos serem destruídos pelo calor e pela pressão do planeta e mostram paisagem completamente desértica.

Mesmo assim, um usuário afirmou que pretende se mudar para Vênus, afinal, diz, o planeta não deve ser tão mais quente que Salvador.

Algumas pessoas apontaram o planeta como a próxima vítima dos humanos.

E outros escreveram que a vida em Vênus, na verdade, foi descoberta, na verdade, por Chapolin.

Fato é que a notícia surpreendeu muita gente. “2020 ainda promete muito”, diz @rogeriopBR.

 

O achado aumenta o interesse por Vênus, e a Nasa já planeja novas missões para o planeta. Leia mais aqui.