O presidente Jair Bolsonaro desistiu de mais um dos seus decretos poucas horas após a publicação. Desta vez, o documento previa a integração das Unidades Básicas de Saúde, as UBS, em PPIs (Parceria Público-Privada). Na prática, a mensagem transmitida pelo governo é a de que o SUS (Sistema Único de Saúde) seria privatizado, a começar pela atenção básica.

Nas redes sociais, em especial no Twitter, usuários publicaram mensagens indicando oposição à ideia. As hashtags #DefendamOSUS e #SUSPublico dominaram as timelines colocando ainda mais pressão sobre o governo, que precisou gerenciar uma crise após a publicação do decreto.

A posição do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) foi unânime contra o decreto 10.530. O presidente do conselho, secretário de Saúde do Maranhão, disse, em nota, que junto com os colegas de outros estados iria se portar e manifestar em todas as instâncias “em defesa desse grande patrimônio nacional que é o SUS”.

Não foi preciso. Bolsonaro desistiu antes do sol se pôr.

Ao anunciar que novamente mudou de ideia, o presidente diz que não havia problema algum com o decreto e que ele não previa a privatização do SUS, sugerindo que sua desistência deveu-se a pressão.

ANÁLISE
Apesar de ter falhas, modelo de atenção primária do SUS é considerado um sucesso