Há algo em comum entre vários dos últimos tuítes de Trump.

“Alguns ou todos os conteúdos compartilhados neste Tweet são contestáveis e podem ter informações incorretas sobre como participar de uma eleição ou de outro processo cívico. Saiba mais“.

O presidente Donald Trump iniciou sua prometida cruzada contra o resultado das eleições nos Estados Unidos.

O discurso na madrugada desta quarta (4) foi uma declaração ilegítima de vitória contra o democrata Joe Biden. Na fala, ele também prometeu entrar na Suprema Corte para conquistar a vitória.

E logo depois iniciou uma série de tuítes que se arrastaram ao longo do dia questionando o processo eleitoral e colocando em xeque a apuração. Ele alegou, sem provas, que adversários estariam “tentando roubar” e que há cédulas surpresas.

Acossadas pela desinformação que circula nas redes, as plataformas garantiram que agiriam rápido. De fato, geralmente em poucos minutos depois de postados, os tuítes de Trump já ganhavam o selo de conteúdo questionável e perdiam relevância.

O Facebook e o Instagram agiram da mesma forma, com mensagens sobre a confiabilidade do sistema eleitoral americano.

Depois de 2016, em que nada fizeram, as principais redes sociais melhoraram a tentativa de barrar a desinformação circulando pelas principais autoridades.

E agora a linha do tempo dos tuítes de Trump está monotemática.

Para usuários das redes sociais, a tática parece desespero.

Para apoiadores de Trump e Bolsonaro, trata-se de censura.

No entanto, nenhum tuíte de Biden ganhou o mesmo selo. Por um motivo simples: não havia desinformação ali.