O sempre ativo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu uma sumida das redes sociais no domingo (17).

Seria até compreensível se nada de importante estivesse acontecendo no Brasil na tarde de ontem.

No entanto, o país finalmente iniciava sua vacinação com a Coronavac em São Paulo logo após a aprovação da Anvisa –a vacina de Oxford/Astrazeneca também foi liberada.

Enquanto outros líderes pelo mundo fizeram questão de aparecer ao lado da primeira vacina –ou eles serem o primeiro a receber a seringa para servir de exemplo–, Bolsonaro ficou mudo, como mostra o meme a seguir.

O presidente perdeu a corrida pela vacina para o governador de São Paulo João Doria (PSDB). Foi uma corrida em que ele se sabotou diversas vezes: afirmou que não iria comprar a “vacina chinesa do Doria”, duvidou de sua eficácia, disse que não iria se vacinar e estimulou seus seguidores a fazer o mesmo.

O ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi outro que sabotou a corrida federal. “Para que essa ansiedade?” e “A vacinação será no Dia D e na Hora H” foram algumas de suas falas que entraram para a história.

Em suma, enquanto São Paulo acelerava, o governo federal chutava a bola contra o próprio gol. Não iria ganhar nunca essa disputa.

Já que Bolsonaro não aparecia –ele e os bolsonaristas ensaiavam a narrativa que iriam imprimir nesta segunda–, usuários de redes sociais fizeram questão de lembrar tuítes antigos do presidente contra a vacina.

“Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”.

O print, como dizem, é eterno.

A história que o bolsonarismo tenta agora emplacar é de que “o governo Bolsonaro bancou a vacina do Butantan”.

O próprio presidente, que antes a desprezava, chamou na manhã desta segunda-feira (18) a Coronavac de “vacina do Brasil”.