‘É uma pessoa covarde’, disse Eduardo Bolsonaro sobre silêncio em CPI em 2016
O deputado federal por São Paulo Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, disse durante uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em 2016 que usar um habeas corpus preventivo para se manter em silêncio durante CPI era ato de uma pessoa covarde.
Na última sexta (15), no entanto, ele nada falou sobre o habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, ao ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Eduardo Pazuello, que deve depor na CPI da Covid na próxima quarta (19).
Quem também não comentou nada a respeito do direito de permanecer em silêncio e não produzir provas contra si foi o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni. Defensor entusiasta da obrigação moral de falar em CPI, Onyx já críticou, em pelo menos três ocasiões, a concessão de habeas corpus preventivo para o silêncio em inquéritos parlamentares.
Relembre a postagem de Onyx Lorenzoni:
Relembre também a fala de Eduardo Bolsonaro:
O silêncio, antes tão criticado por ambos e que imperou em suas redes na última sexta (14), não passou despercebido. No Twitter, usuários voltaram a compartilhar as críticas dos bolsonaristas a desafetos no passado, quando os alvos de investigação não eram aliados. Veja algumas das publicações: