No Facebook, lives têm três vezes mais engajamento do que vídeos, mostra estudo
Você pode até estar enjoado de transmissões ao vivo nas redes sociais (e, de fato, a pandemia criou uma overdose delas), mas isso não significa que os demais usuários estejam.
Estudo realizado pela Socialbakers, plataforma global de soluções para empresas em redes sociais, mostra aumento em interações em lives no Facebook no primeiro trimestre de 2021.
O levantamento apontou que o engajamento em lives no Facebook foi três vezes maior do que as ocorridas em conteúdos postados em vídeo (considerando a mesma rede social) no primeiro trimestre deste ano.
Engajamento é a soma de curtidas, comentários e compartilhamentos.
De acordo com a Socialbakers, as interações em postagens de lives ao redor do mundo ficaram com 42 pontos de média, já as imagens com 13 e vídeos comuns com 12,5. Quando a análise é feita considerando somente as interações no Facebook no Brasil, a diferença é ainda maior. As lives têm a liderança com 64 pontos, enquanto imagens e vídeos possuem menos de 10 pontos de média cada.
Pensando nesse consumo, o Facebook se movimenta. Desde 28 de maio, nos Estados Unidos, a empresa uniu duas tendências pandêmicas –as compras online e as lives– e lançou o Live Shopping Friday. A plataforma contará com marcas famosas de moda e beleza oferecendo seus produtos online. A rede social pretende fazer com que os participantes interajam com perguntas e assim se sintam mais próximos de suas marcas preferidas.
“A tendência emergente de comércio ao vivo é indiscutivelmente o maior desenvolvimento na forma como as empresas negociam com os consumidores usando as redes sociais. Ela foi disparada pelas mudanças no comportamento do usuário durante a pandemia, que tornou necessário que as empresas fornecessem experiências de compra alternativas aos seus consumidores”, afirma Alexandra Avelar, gerente da Socialbakers no Brasil.
E a expectativa é que as interações nesse tipo de live sejam algo expressivo. “A tendência emergente de comércio ao vivo é indiscutivelmente o maior desenvolvimento na forma como as empresas negociam com os consumidores usando as redes sociais. Ela foi disparada pelas mudanças no comportamento do usuário durante a pandemia, que tornou necessário que as empresas fornecessem experiências de compra alternativas aos seus consumidores”, diz Alexandra Avelar.
Segundo a gerente da Socialbakers, o maior uso de lives se deve à intenção das marcas em oferecer uma vivência diferenciada aos seus clientes. “Esse tipo de interação nas redes sociais, principalmente no Facebook, fornece uma experiência de usuário ponta a ponta, desde a descoberta do produto por meio de vídeo e conteúdo ao vivo até a compra por meio de mensagens automatizadas ou personalizadas. O ponto principal é que todo o processo ocorre instantaneamente no ambiente do aplicativo”.
O estudo não traz dados de lives do Instagram, mas a rede social –que também pertence ao Facebook– também se movimenta. Neste mês de maio, a ferramenta lançou métricas para transmissões Ao Vivo e Reels com objetivo de fornecer aos usuários mais informações sobre o desempenho dos dois formatos na plataforma e ajudar criadores.
Nas métricas de Reels, o usuário terá acesso a informações como reproduções, contas alcançadas, curtidas, comentários, salvos e compartilhamentos. Já para as transmissões Ao Vivo, serão disponibilizados dados sobre contas alcançadas, pico de visualizações simultâneas, comentários e compartilhamentos. Essas informações também serão incluídas nas métricas do perfil.
“Os criadores sempre estiveram no centro do Instagram e são uma verdadeira inspiração para a comunidade. É importante para nós que eles possam contar suas histórias, construir uma audiência e desenvolver seus negócios na plataforma. Para isso, é fundamental que os criadores possam compreender o desempenho do conteúdo que desenvolvem para o Instagram. É incrível acompanhar a criatividade e autenticidade da comunidade em superfícies como Reels e transmissões Ao Vivo e, com o lançamento de Métricas para esses dois formatos, os criadores terão mais transparência sobre o seu desempenho e ferramentas para atingir novos públicos”, afirma Gonzalo Arauz, diretor de parcerias do Instagram para a América Latina.