#hashtag

Agora, para o Carnaval, bolsonaristas defendem o ‘fique em casa’

Folha — Thu, 25 Nov 2021 21:17:31 +0000

Nayani Real

Anúncios de flexibilização de medidas sanitárias contra a Covid-19 no Brasil colocaram o planejamento do Carnaval em debate nas redes sociais. A pauta divide opiniões e traz para o mesmo lado da moeda pessoas de perfis ideológicos diferentes.

Políticos e personalidades conservadoras, inclusive o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), manifestam-se contra a realização da festa. Curiosamente, cientistas e opositores do governo também compartilham essa visão.

Defensores das medidas sanitárias que apoiam a realização do Carnaval apontam incoerência nas declarações de conservadores e apoiadores do presidente, que há quase dois anos assumem um discurso contrário ao “fique em casa”. Do outro lado, o argumento é a suposta contradição entre a aglomeração e a defesa de medidas de isolamento social.

Há também casos como o da deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), que diz ter sido a favor das medidas de isolamento no começo da pandemia, e se opõe à realização do evento.

Atrás do trio

Entre políticos que mantiveram postura contrária ao presidente Bolsonaro com relação às medidas sanitárias, o governador de São Paulo, João Doria, foi um dos que virou alvo de críticas. O estado de São Paulo tem dezenas de cidades que cancelaram o evento do ano que vem.

#VemDeZap: além do Twitter e do Instagram, mensagens do tipo também circulam no WhatsApp.

Autor desconhecido

Quem critica o presidente e o Carnaval, teme que o cenário piore após a festa.

Há o medo de novas variantes e o do aumento de casos no país.

Bloco do Nem-nem: nem vacina, nem carnaval

Por outro lado, muitos desconfiam dos motivos pelos quais o presidente e grupos que o apoiam se opõem à festa, já que teriam minimizado as medidas sanitárias, como o uso de máscara e a vacinação, desde o início da pandemia. O discurso de conservadores contrários ao carnaval têm sido apontado como contraditório e parte de uma estratégia bolsonarista.

Há quem acredite que a tentativa de banir o carnaval é uma medida higienista.

Hipocrisia ou não? Eis a questão

Brasil ultrapassa os EUA na vacinação contra Covid, e Zé Gotinha ganha as redes

Carolina Vila-Nova — Tue, 16 Nov 2021 20:11:59 +0000

A notícia de que o Brasil ultrapassou os Estados Unidos no percentual de vacinados com o ciclo completo contra a Covid-19 ganhou impulso nesta terça-feira (16) depois que a informação foi compartilhada em uma rede social pelo cientista Eric Topol.

“O Brasil se une a 55 países ao ultrapassar a taxa de vacinação dos EUA”, escreveu Topol.

O cardiologista e fundador do Scripps Research Translational Institute usou dados do portal Our World in Data, vinculado à Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Esses dados apontam que, em 14 de novembro, 59,8% dos brasileiros já estavam com o esquema vacinal completo contra a Covid-19 –nos EUA, esse índice era de 57,6% na mesma data.

“Em país de Zé Gotinha, antivax não se cria”, comentou um internauta.

O Brasil atinge esse patamar mesmo com campanha antivacinação impulsionada pelo presidente Jair Bolsonaro, que já associou a vacina à Aids (é fake news) e retardou a compra dos imunizantes.

“As taxas de vacinação do Brasil são mais apesar do Jair do que por causa do Jair”, afirmou o americano Ian Bremmer, presidente do Eurasia Group. “Esforços de vacinação pública muito fortes e de longa data lá.”

Para especialistas, o fato de o Brasil ter um sistema de saúde público, gratuito e universal –o SUS– contribuiu para essa marca.

Não pegou muito bem para quem atribuiu o dado positivo a Bolsonaro.

Galvão Bueno vira apresentador de Brasil Urgente e Cidade Alerta nos memes ao narrar confusão em Brasil x Argentina

Mateus Camillo — Sun, 05 Sep 2021 20:25:46 +0000

O duelo entre Brasil e Argentina deste domingo (5) pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, na Neo Química, foi suspenso. Com apenas 7 minutos de partida disputada, agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) entraram no gramado e interromperam o duelo. Uma confusão generalizada tomou conta do gramado.

Horas antes do jogo, a Anvisa confirmou que quatro atletas argentinos descumpriram regras de quarentena contra a Covid-19 para pessoas oriundas da Inglaterra. Eles haviam dado informações falsas, omitindo que estiveram em terras inglesas. Em nota divulgada neste domingo (5), o órgão disse que acionou a Polícia Federal e que os argentinos deveriam ser imediatamente isolados.

Não foi o que aconteceu e os hermanos entraram em campo.

“O futebol não pode ser um mundo à parte do resto dos cidadãos do mundo. Não se pode dar o direito de querer burlar a lei, da Conmebol ou do próprio governo brasileiro. Basta, chega, o futebol não pode aceitar ‘jeitinhos'”, criticou o narrador Galvão Bueno em transmissão ao vivo na Globo, que não poupou nenhuma entidade envolvida no episódio.

“É uma vergonha mundial… Nós estamos apresentando uma vergonha pro mundo inteiro. A argentina não podia entrar com jogadores que não cumpriram a lei. Por que a CBF mediou isso? Quem do governo brasileiro deu essa autorização?”, seguiu o narrador.

O nome do apresentador chegou aos assuntos mais comentados do Twitter, assim como “vergonha mundial”, termo utilizado por Galvão Bueno.

Confira repercussão nas redes sociais.

Não poupou críticas a ninguém.

Domingão do Galvão.

Argentina, décime que se siente (alerta: nenhum argentino foi preso até agora).

Terceira via.

Gênio da comunicação.

Cadê os nomes?

Galvão Bueno: “não é uma brincadeira, a lei tem que ser cumprida”.

Galvão Bueno faz sua estreia no noticiário policial.

O humorista Marcelo Adnet viralizou ao narrar CPI da Covid como se fosse Galvão Bueno. Agora Galvão Bueno narra como se fosse a imitação…

Alô, Fifa, uma sugestão.

Zé Gotinha x Canarinho Pistola.

A lei tem que ser cumprida.

Nas redes, o sentimento é o mesmo de Galvão Bueno: “que vergonha”.

O brasileiro ficou esperando o WO.

Hermanos, era tão simples…

Nos memes, Messi já está preso.

É, a coisa cresceu.

Sobrou até para o Gabigol.

Será que o Frota vem aí?

O brasileiro não perde o humor.

Um brasileiro que está feliz (pra quem não lembra: Lineu era agente sanitário).

1000 pontos no Cartola.

Orgulho da OMS? Brasil respeita protocolos contra Covid na abertura dos Jogos e movimenta as redes sociais

Matheus Moreira — Fri, 23 Jul 2021 18:19:56 +0000

A primeira medalha das Olimpíadas é simbólica e foi dada ao Time Brasil pelos usuários das redes sociais. A razão? A delegação brasileira optou por enviar apenas quatro pessoas para o desfile das nações olímpicas para não colocar em risco atletas e membros da delegação tupiniquim.

A atitude vai na contramão das ações de membros do alto escalão do governo brasileiro, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, que já participou, sem máscara, de dezenas de eventos que causaram aglomerações, chegando até a remover a máscara de uma criança que pegou no colo.

A expectativa para a entrada da delegação brasileira era grande, sendo o Brasil um país rico em medalhistas em diversas modalidades. Os porta-bandeira brasileiros deste ano foram Bruninho, jogador de volêi e medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 (e prata em Pequim-2008 e Londres-2012) e Katleyn Quadros, judoca bronze em Pequim em 2008.

Nas redes sociais, as opiniões se dividiram entre aqueles que esperavam a tradicional festa brasileira no desfile, com dezenas de atletas, e os que prontamente compreenderam a decisão como sinal de respeito ao mais de meio milhão de mortos pela Covid-19 no Brasil.

Veja as reações:

Acompanhe as últimas notícias sobre as Olimpíadas de Tóquio.

A repercussão do silêncio de Wizard nas redes: ‘Tigrão na internet, tchutchuca na CPI’

Mateus Camillo — Wed, 30 Jun 2021 17:43:38 +0000

O empresário Carlos Wizard ficou calado na CPI da Covid, exercendo direito obtido por um habeas corpus junto ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele permanece quieto em todas as perguntas feitas pela comissão do Senado. Apenas responde “respeitosamente, vou permanecer em silêncio” ou alguma variação dessa frase.

Na véspera de se apresentar à CPI, Wizard disse que faria depoimento com “palavras simples e verdadeiras”.

Quem assistiu ao não depoimento, pode ouvi-lo apenas em sua fala inicial, na qual afirmou que desconhece a existência de um gabinete paralelo e que apenas se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro em eventos públicos.

“A minha disposição em servir ao país combatendo a pandemia e querendo salvar vida faz com que eu seja acusado de pertencer a um suposto gabinete paralelo. Eu afirmo aos senhores com toda veemência que desconheço qualquer governo paralelo. Se por ventura, gabinete paralelo existiu, eu jamais tomei conhecimento ou tenho qualquer informação a esse respeito”, afirmou.

“Jamais participei de uma única sessão em privado, reunião em privado, com o presidente da República. Participei de eventos em que estava presente ele e centenas de outros convidados”, completou.

Se Wizard exerceu seu direito constitucional de não falar, os usuários das redes sociais exerceram o direito de lembrar o que ele já disse no verão passado.

Aqui, ele ironiza óbitos.

“Tigrão na internet, tchutchuca na CPI”, escreveu um usuário.

“É constrangedor o sorriso do Wizard ao falar das mortes, é humilhante, é tripudiar sobre cadáveres”, escreveu @JSPendot.

Diferença de comportamento.

“Seu silêncio ofende meio milhão de brasileiros que conheceram o silêncio eterno”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Revolta nas redes pelo silêncio.

Eduardo Bolsonaro, próximo do bilionário Wizard, já criticou quem permanece em silêncio na CPI.

Wizard entrou com um bilhete escrito “Isaias 41:10”, referente à Bíblia.

Permanece em silêncio?

Duelo de escolas de idiomas.

Siga o não depoimento em tempo real.

Anúncio de Copa América no Brasil causa indignação nas redes; país tem 462 mil mortos por Covid-19

Matheus Moreira — Mon, 31 May 2021 15:23:20 +0000

A Copa América será realizada no Brasil, anunciou a Conmenbol nesta segunda-feira (31).

O evento inicialmente ocorreria na Colômbia e Argentina, mas o primeiro deixou de ser a sede em meio a onda de protestos no país.

Depois, a entidade sul-americana divulgou que a Argentina seria a única sede. Na noite deste domingo, porém, o avanço da pandemia no país fez com que desistisse do torneio.

A Conmebol usou suas redes sociais para agradecer ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua equipe por “abrirem as portas do país” para o evento. Bolsonaro e sua gestão são investigados pela CPI da Covid para apuração de suspeita de omissão no combate a pandmia, compra, uso e divulgação de medicamentos sem eficácia e com efeitos colaterais, recusa em comprar vacinas e boicote a medidas de isolamento e proteção, como uso de máscaras.

A Colômbia, que sediaria o evento em parceria com a Argentina, foi descartada pela Conmembol por causa das manifestações que pedem mais justiça e ação do governo colombiano para conter a onda de violência e a crise economica acentuada pela pandemia. Por semanas, o Estado, sob comando de Ivan Duque, reprimiu com violência os protestos. Pelo menos 54 pessoas morreram.

A Argentina, que passou a ser a única sede, desistiu após a piora da pandemia da Covid-19 em seu território. A média de mortes diária no país aumentou para 485 —no Brasil, a média de mortes diárias é de 1.800 e o país já perdeu 462 mil cidadãos para o vírus, o segundo maior número do mundo.

Nas redes sociais, em especial no Twitter, brasileiros estão indignados com o anúncio. O governo Bolsonaro, segundo documentos e depoimentos apresentados na CPI da Covid, não respondeu aos emails da Pfizer com oferta de vacinas contra Covid-19. Mas sua equipe foi rápida em dar uma resposta à Conmebol.

Veja algumas das reações:

Alguns memes:

No primeiro quadro, o protagonista de Meu Malvado Favorito escreve “não podemos fazer a Copa América na Coômbia por causa de protestos em massa”. No segundo quadro “Argentina acabou de avisar que não poderá ficar com a Copa América por causa do número alto de casos da Covid-19”. No terceiro, “Brasil, no entanto, será o anfitrião perfeito porque eles têm protestos em massa e altos índices de casos de Covid”. No quarto quadro “Espera, Brasil tem protestos em massa E muitos casos de covid?”

Conheça alguns dos possíveis mascotes:

Doria publica meme sobre Bolsonaro: ‘sai maluco todo dia isso’

hashtag — Sat, 10 Apr 2021 20:42:19 +0000

Em mais um capítulo da briga entre Jair Bolsonaro (sem partido) e João Doria (PSDB) nas redes sociais, o governador do estado de São Paulo chamou atenção do presidente por criticá-lo constantemente. O tuíte veio acompanhado do meme “sai fora maluco, todo dia isso”.

João Doria tem aproveitado para explorar o fato de o Butantan ser o principal fornecedor das vacinas no país, em oposição ao governo Bolsonar, criticado pela lentidão na vacinação e pouca oferta de imunizantes. A postura nas redes lhe garantiu o apelido de “João vacinador”. No final de março ele prometeu vacinar o presidente Jair Bolsonaro, bem como seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e demais aliados do presidente.

Na última quinta-feira (7), Doria também prometeu vacinar o presidente com antirrábica, produzida pelo Butantan, em resposta a xingamento que teria sido proferido durante jantar com empresários.

Bolsonaro e Doria, que foram aliados nas eleições de 2018, se desentenderam em meio ao combate a pandemia e devido as pretensões eleitorais de João Doria em 2022. Bolsonaro adotou tom crítico ao comentar medidas tomadas pelo governador, como distanciamento social e fechamento de comércio não essencial. O presidente passou a chamar publicamente Doria de “calcinha apertada”.

‘Pólvora’ de Bolsonaro é estopim para memes sobre guerra Brasil x EUA

Mateus Camillo — Wed, 11 Nov 2020 12:24:54 +0000

Na terça-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estava uma metralhadora discursiva.

Primeiro, disse que o Brasil tem que “deixar de ser um país de maricas”, em referência ao combate à Covid-19.

Depois, afirmou que “tem que ter pólvora” para fazer frente a candidato a chefe de Estado que quer impor sanção por causa da Amazônia, em clara referência ao democrata Joe Biden –o brasileiro ainda não reconheceu a vitória do americano.

O presidente da Câmara Rodrigo Maia respondeu. “Entre pólvora e maricas, uma economia frágil e um estado às escuras”.

Bolsonaro menosprezar a doença que já matou 160 mil brasileiros causa espanto, mas não é novidade.

A última fala do presidente, no entanto, originou uma série de memes nas redes sociais por sugerir uma ameaça velada aos Estados Unidos, país que possui um orçamento de guerra muito superior ao tupiniquim.

“Exército Brasileiro” e “Forças Armadas” estão entre os assuntos mais comentados desde a noite de terça no Twitter. Confira os memes que circulam.

Em caso de guerra, a grande sorte é que os americanos teriam dificuldade de encontrar o Brasil no mapa.

Bolsonaro é alvo de memes após derrota do amigo Trump

Mateus Camillo — Sun, 08 Nov 2020 00:37:08 +0000

A torcida do presidente Jair Bolsonaro pela reeleição de Donald Trump foi inequívoca.

Na história recente do Brasil, nunca um presidente havia se manifestado de forma tão clara para um candidato nas eleições dos EUA. Seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), fez tanta torcida pró-Trump que incomodou a ala militar.

Mais: enquanto vários líderes ao redor do mundo já parabenizaram o democrata Joe Biden pela vitória, o governo brasileiro por enquanto silenciou.

Esse alinhamento tão acentuado de Bolsonaro com o trumpismo preocupa em um governo Biden, ainda mais porque o atual presidente americano ameaça não reconhecer a derrota alegando fraudes –apesar de não mostrar nenhuma prova.

No entanto, se depender dos memes que circulam nas redes sociais, Bolsonaro deveria ligar o sinal de alerta.

Confira seleção feita pelo #Hashtag.

“Eu sei que um dia vou te encontrar”

Sozinhos?

Sonhos de um internauta.

Influenciadores que fazem oposição a Bolsonaro comemoraram resultado.

Reações distintas.

Nos memes, Bolsonaro caiu nas lágrimas.

Aquele susto.

Veja memes que circulam no WhatsApp.

Bolsonaro está sendo chamado de o “Mick Jagger” da política.

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Os memes da derrota de Trump

Movimento nas redes repete pergunta que levou Bolsonaro a querer agredir jornalista

Mateus Camillo — Sun, 23 Aug 2020 22:16:25 +0000

“Presidente @jairbolsonaro, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”

Um movimento político teve início nas redes sociais neste domingo (23) após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que tem vontade de agredir um repórter do jornal O Globo depois de ser questionado sobre os depósitos feitos pelo ex-policial militar Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O movimento começou com jornalistas de todo o Brasil, colegas de profissão do repórter do jornal o Globo, e se estendeu para anônimos e famosos.

Políticos de oposição, como a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS), influenciadores, como Felipe Neto, artistas de renome internacional, como Anitta, e milhares de outras pessoas republicaram em seus perfis a pergunta que incomodou o presidente.

As hashtags #respondeBolsonaro, respondeJair e #respondepresidente estão sendo utilizadas no Twitter.

Segundo o pesquisador Fabio Malini, especialista em extração de dados do Twitter, no final da noite deste domingo mil tuítes com a frase eram gerados a cada 40 segundos, um número bastante representativo.

É uma das maiores mobilizações espontâneas contra o mandatário presenciada nas redes desde que ele assumiu o mandato, em janeiro de 2019.

Nos perfis do presidente em todas suas redes sociais, há uma enxurrada de comentários com a pergunta e relatos de ocultamento de alguns desses posts para que não fique em evidência nas páginas. No entanto, basta entrar nos últimos posts de Bolsonaro e ver que a mensagem predomina nos comentários.

Neste domingo, durante uma visita de cinco minutos a ambulantes da Catedral de Brasília, o jornalista questionou o presidente sobre os motivos para o ex-assessor do seu filho Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e sua mulher terem repassado R$ 89 mil para a conta de Michelle.

Inicialmente, o presidente rebateu perguntando sobre os supostos repasses mensais feitos pelo doleiro Dario Messer à família Marinho, proprietária da Rede Globo.

Segundo a revista Veja, em depoimento no dia 24 de junho, Messer disse que realizou repasses de dólares em espécie aos Marinhos em várias ocasiões a partir dos anos 1990. A família nega qualquer irregularidade.

Após a insistência do repórter sobre os pagamentos à primeira-dama, Bolsonaro, sem olhar diretamente para o repórter, afirmou: “A vontade é encher tua boca com uma porrada, tá?”.

Em nota, o jornal O Globo repudiou a fala do presidente.

“O GLOBO repudia a agressão do presidente Jair Bolsonaro a um repórter do jornal que apenas exercia sua função, de forma totamente profissional, neste domingo”.

Confira o movimento:

Políticos também entraram no movimento.

O presidente da OAB Felipe Santa Cruz disse que houve a volta do “perfil autoritário”.