#hashtag https://hashtag.blogfolha.uol.com.br Mídias sociais e a vida em rede Wed, 08 Dec 2021 17:15:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Tempo que o brasileiro gasta no Google Meet cresce 20 vezes na pandemia https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/04/29/tempo-que-o-brasileiro-gasta-no-google-meet-cresce-20-vezes-na-pandemia/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/04/29/tempo-que-o-brasileiro-gasta-no-google-meet-cresce-20-vezes-na-pandemia/#respond Thu, 29 Apr 2021 13:23:33 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/google-meet-robyn-beck-afp-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=13770 Há um ano, o mundo encarava os efeitos de sua primeira pandemia em tempos globalizados. O home office virou rotina em muitas empresas que achavam ser impossíveis trabalhar remotamente. Reuniões, encontros, workshops, seminários, aulas e tantas outras atividades presenciais foram substituídas por plataformas digitais como Zoom, Google Meet, Discord, Skype, dentre outros.

Não que antes elas não fossem usadas, mas o crescimento registrado desde o início da crise sanitária mundial foi muito maior do que seria em condições normais de temperatura e pressão.

Apenas no primeiro trimestre, por exemplo, o lucro da empresa de videoconferências Zoom aumentou 1.123%.

Na guerra pelo maior número de usuários, o Google Meet, ferramenta do Google para reuniões por vídeo, passou a ser gratuito em 29 de abril de 2020.

De acordo com dados disponibilizados pelo Google, desde então o tempo dedicado ao Google Meet aumentou 20 vezes no Brasil. E o ritmo não para: de janeiro de 2021 até agora, o uso da plataforma no país cresceu 275%.

Para entender a relação dos brasileiros com o Google Meet, a empresa conduziu uma pesquisa online com 1.551 pessoas em todo o país*. A maior parte dos entrevistados (55,4%) usa o Google Meet várias vezes por semana, e um terço deles usa o Meet pelo menos uma vez por dia. As principais razões para o acesso à ferramenta são reuniões de trabalho ou estudo.

O Google Meet não é usado apenas para trabalho, no entanto. Cerca de dois em cada cinco entrevistados utilizam a plataforma para atividades pessoais: de encontro casual com amigos a chá de bebê, passando por aulas de desenho ou artesanato, eventos religiosos, namoro e terapia.

Confira abaixo os principais hábitos dos brasileiros conectados que usam o Google Meet, segundo a pesquisa do Google Brasil:

  • A maior parte dos entrevistados (55,4%) usa o Google Meet várias vezes por semana.
  • 34% dos entrevistados usam o Google Meet pelo menos uma vez por dia.
  • Mais de 73% dos entrevistados usam o Google Meet para estudar, 59% usam para o trabalho e 44% para a vida pessoal.
  • As principais atividades sociais apontadas no estudo como realizadas no Google Meet são encontros virtuais com amigos (31%) ou familiares (17%). Cerca de 7% usaram a ferramenta para encontro romântico ou para reunir-se com namorado(a) e cônjuges.
  • Os entrevistados também usaram a ferramenta para jogar online (11%) ou assistir a jogos de futebol (3%) com amigos.
  • Além de aulas de escola ou universidade (56%), os entrevistados utilizam o Meet para outras atividades de aprendizado, como aulas de idiomas (16%), música (8%), desenho (7%), culinária (6%) e artesanato (4%).
  • Os principais eventos apontados no estudo como realizados no Meet pelos entrevistados são os religiosos (17%), seguidos pelas festas de aniversário (14%). Mas, durante os últimos 12 meses, a plataforma também hospedou clubes de livro e saraus virtuais (7%), visitas a museus ou exposições de arte (6%), chás de bebê ou revelação, e também festas de casamento (ambas com 4%).
  • 15% dos entrevistados fazem exercícios físicos usando o Meet, enquanto 11,2 % têm sessões de terapia e 7%, de meditação.
  • 12% dos entrevistados usaram a ferramenta para trabalhos voluntários; 8% para entrevistas de emprego; e 7% para mentoria ou coaching.

*A pesquisa acima foi feita por meio da ferramenta Google Consumer Surveys, que exibe a pesquisa para as pessoas que acessam a web por meio da Rede de Display do Google e do aplicativo Google Opinion Rewards.

Novidades
A partir de maio, o Google Meet terá novos recursos.

  • Será possível ter mais autonomia sobre a exposição de sua tela (podendo destacar alguém, ou omitir a própria imagem, se quiser), escolher fundos animados e, para os rostos que estiverem com pouca nitidez, haverá ajuste automático do brilho. Já quem utiliza o Meet em movimento poderá economizar dados, sem afetar a qualidade das transmissões .
  • Melhoria da qualidade em qualquer dispositivo: para aprimorar a experiência das reuniões em vídeo quando a pessoa está em movimento, o Google Meet lançou o Modo de Economia. O recurso reduz o uso de dados e permite que as pessoas economizem no consumo de seus pacotes, uma novidade relevante para pessoas de países onde o custo de dados de internet costuma ser alto, caso do Brasil.
  • Mais espaço para visualizar conteúdos compartilhados por outros participantes: graças ao visual renovado e às ajustes na forma de fixar e ocultar conteúdos na tela, será possível fixar vários blocos e decidir em quais imagens se concentrar. Um exemplo: destacar uma apresentação e um participante, ou então vários participantes de uma só vez.
  • Não quer se ver na tela? Muitas pessoas que usam o Meet afirmaram que se concentram melhor e sentem menos cansaço quando não enxergam a própria imagem na tela. Por isso, agora será possível redimensionar, reposicionar e até ocultar sua própria imagem. Ao fazer isso, o espaço liberado na sua tela pode ser usado para ver os rostos dos demais participantes da reunião.
  • Ajuste automático de imagem para versão web. Desde 2020, quem utiliza o Meet em smartphones tem à disposição o modo low-high, que, por meio de inteligência artificial, aprimora automaticamente a nitidez da imagem quando a pessoa está num ambiente com pouca iluminação, ou quando há uma luz forte atrás. Agora, este recurso também estará disponível na versão web. Já os vídeos com rostos em pouca exposição receberão um ajuste automático de brilho, com objetivo de melhorar a visualização do interlocutor e tornar a conversa mais agradável.
  • Planos de fundo animados. Será possível incluir vídeos no seu plano de fundo visando privacidade e descontração. A princípio, haverá três opções: uma sala de aula, uma festa e uma floresta.
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Doria publica meme sobre Bolsonaro: ‘sai maluco todo dia isso’ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/04/10/doria-publica-meme-sobre-bolsonaro-sai-maluco-todo-dia-isso/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/04/10/doria-publica-meme-sobre-bolsonaro-sai-maluco-todo-dia-isso/#respond Sat, 10 Apr 2021 20:42:19 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/EyoI65KWgAEHrQv-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=13678 Em mais um capítulo da briga entre Jair Bolsonaro (sem partido) e João Doria (PSDB) nas redes sociais, o governador do estado de São Paulo chamou atenção do presidente por criticá-lo constantemente. O tuíte veio acompanhado do meme “sai fora maluco, todo dia isso”.

João Doria tem aproveitado para explorar o fato de o Butantan ser o principal fornecedor das vacinas no país, em oposição ao governo Bolsonar, criticado pela lentidão na vacinação e pouca oferta de imunizantes. A postura nas redes lhe garantiu o apelido de “João vacinador”. No final de março ele prometeu vacinar o presidente Jair Bolsonaro, bem como seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e demais aliados do presidente.

Na última quinta-feira (7), Doria também prometeu vacinar o presidente com antirrábica, produzida pelo Butantan, em resposta a xingamento que teria sido proferido durante jantar com empresários.

Bolsonaro e Doria, que foram aliados nas eleições de 2018, se desentenderam em meio ao combate a pandemia e devido as pretensões eleitorais de João Doria em 2022. Bolsonaro adotou tom crítico ao comentar medidas tomadas pelo governador, como distanciamento social e fechamento de comércio não essencial. O presidente passou a chamar publicamente Doria de “calcinha apertada”.

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Relembre vídeos clássicos e virais do YouTube https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2020/07/24/relembre-videos-classicos-e-virais-do-youtube/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2020/07/24/relembre-videos-classicos-e-virais-do-youtube/#respond Fri, 24 Jul 2020 09:00:41 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/taca-le-pau-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=12235 Em outubro de 2006 a gigante de tecnologia Google adquiria o YouTube, plataforma de vídeos que era o fenômeno do momento (mais ou menos o que o TikTok é agora).

Os números do YouTube no Brasil são impressionantes. De acordo com o Global Digital 2019, relatório anual da agência We Are Social, 95% dos usuários de internet brasileiros veem vídeos no YouTube.

Na última segunda (20), o Google completou 15 anos de operação no Brasil. A primeira sede da empresa no país foi em Belo Horizonte –a capital mineira é um polo tecnológico nacional.

Para comemorar essa data, e dada a importância tão grande do YouTube por aqui, o Google separou para o #Hashtag algumas curiosidades da plataforma durante a pandemia. O blog aproveita para relembrar alguns vídeos históricos. Confira.

Sertanejo
As lives viraram uma febre no meio da pandemia, mas ninguém conseguiu o feito de Marília Mendonça, com um pico de 3,3 milhões de pessoas vendo a transmissão ao mesmo tempo –no acumulado, foram mais de 54 milhões de espectadores. Nada menos que 7 de 10 lives de maiores audiência do YouTube são de artistas nacionais.

Exercícios
Visualizações de vídeos de exercícios com o complemento “em casa” ou “sem equipamento”cresceram mais de 200% na pandemia. Destaque para Carol Borba, com mais de 2,6 milhões de inscritos.

Faça você mesmo
A quarentena fez aumentar em 65% a busca por receitas, principalmente sobremesas e pães. Vídeos relacionados a fazer a própria máscara acumularam 130 milhões de views.

ASMR
Sussurros, sons de lábios estalantes e de mãos e dedos se esfregando são parte de um nicho de centenas de milhares de vídeos no YouTube, que têm a promessa de relaxamento e combate à ansiedade e à insônia. Febre desde 2018, vídeos ASMR foram visto mais de 1 milhão de vezes desde 15 de março (quando começou a quarentena no país).

Paródia
Os brasileiros têm uma fixação por paródias. Em 2017, os cinco vídeos mais vistos eram paródias, como as de Whindersson Nunes transformando “Shape of You” em “Eu Cansei de Ser Pobre” ou “Dez Pras Cinco“, adaptação de “Despacito”, feito por CastanhariKéfera.

Aproveite e relembre alguns vídeos virais do YouTube:  

  • Ticolé (2019): garotos da periferia de Porto Alegre fazem um som improvisado na rua com um geladinho (ou sacolé ou chups chups) e alcançam 20 milhões de views em duas semanas e terminam no top 10 de 2019
  • MC Loma – Envolvimento (2018): Um dos hits do Carnaval daquele ano foi lançado quase artesanalmente por três amigas pernambucanas.

  • Taca-le pau Marcos (2014): “Lá vem o Marcos, descendo a ladeira da Vó Salvelina. Taca-lhe pau nesse carrinho, Marcos”. O vídeo do primeiro dia de 2014 criou um bordão repetido Brasil afora.

  • Me dá meu chip, Pedro (2009): Em Vitória (ES), uma mulher grita desesperadamente pelo chip de seu celular no meio da madrugada na frente da casa do ex-namorado Pedro. Ela xinga ele de todos os modos possíveis.

  • Dança do Quadrado (2008): Num humor que não seria bem recebido hoje, um anão, um magrelo e um gordo em roupas de ginástica de mulheres dançam dentro de um quadrado imitando diferentes situações bizarras como um saci pulando em uma perna. A produção é do site de humor Kibe Loco, de Antonio Tabet, hoje conhecido pelo Porta dos Fundos.

  • Tapa na Pantera (2006): Um dos primeiros hits do YouTube brasileiro. “Depois, dizem que maconha vicia. Eu fumo há 30 anos, todos os dias, não pulo nenhum, e não estou viciada”, diz a personagem interpretada pela atriz Maria Alice Vergueiro no curta metragem de humor “Tapa na Pantera”, em que a protagonista discorre num monólogo sobre sua relação com a maconha de forma cômica.

  • As árvores somos nozes (2006): Outro hit pré-histórico.  O empresário baiano José Maria Queiroz pretendia lançar seu primeiro CD de música gospel. Com problemas de dicção, ele tentava articular a simples frase “o jardineiro é Jesus e as árvores somos nós”, sem sucesso.

 

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Numa internet jurássica, ‘Tapa na Pantera’ foi um dos primeiros vídeos virais do Brasil https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2020/06/03/numa-internet-jurassica-tapa-na-pantera-foi-um-dos-primeiros-videos-virais-do-brasil/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2020/06/03/numa-internet-jurassica-tapa-na-pantera-foi-um-dos-primeiros-videos-virais-do-brasil/#respond Wed, 03 Jun 2020 19:55:00 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/maria-alice-vergueiro1.png https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=11888 Em uma internet jurássica perto da de hoje, um vídeo estrelado pela atriz Maria Alice Vergueiro, que morreu nesta quarta-feira (3), aos 85 anos, viralizou em uma época que viralizar ainda nem tinha o significado atual.

“Depois, dizem que maconha vicia. Eu fumo há 30 anos, todos os dias, não pulo nenhum, e não estou viciada”, diz a personagem interpretada pela atriz Maria Alice Vergueiro no curta metragem de humor “Tapa na Pantera”, em que a protagonista discorre num monólogo sobre sua relação com a maconha de forma cômica.

Dirigido por Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes, foi produzido para participar de festivais de curtas em São Paulo e Gramado (SP), mas acabou publicado no YouTube sem autorização dos produtores –um golpe do destino, pois ninguém se recordaria do vídeo se não fosse esse acaso.

A peça ficcional é cheia de pérolas que viraram bordões por anos na internet brasileira numa época em que Orkut e MSN eram as principais ferramentas e o YouTube, surgido em 2005, ainda engatinhava como principal player de vídeo do mundo –em outubro de 2006 o Google compraria a plataforma.

Até então, o que geralmente viralizava eram cenas engraçadas da televisão, como a inesquecível entrevista do sanduíche-iche-iche.

O mérito do Tapa na Pantera esteve em uma produção bem feita, com uma personagem arquetípica (uma madame rica maconheira progressista), interpretado por uma atriz talentosa com um timing perfeito do início das redes sociais.

Quem era novo demais ou velho demais em 2006 talvez não se lembre, mas o vídeo inaugurou a era viral no país. Na escola, na faculdade ou no trabalho, a performance da senhora maconheira foi assunto por semanas. Foi um trending topic antes de ser cool.

Obviamente, o legado para o teatro brasileiro da dama do underground ou ainda a velha dama indigna, conhecida por seu despudor e suas atuações performáticas, seria o mesmo se não fosse o “Tapa na Pantera”.

Mas é inegável que sua participação nessa obra-prima do humor nacional fez seu nome ganhar uma projeção maior num palco novo e com uma audiência jovem, a internet.

Confira a íntegra do vídeo original, que conta mais de 8 milhões de visualizações –número que parece baixo mas era bastante significativo para o período.

 

São incontáveis os trechos memoráveis em apenas 3m34s.

“Eu acho que eu não faço apologia da maconha, quem quiser fuma, quem não quiser não fumar.

“Claro, eu fumo um cachimbo, porque o que faz mal é o papelzinho”

“Tapa na pantera, como a gente chama, tá tudo quieto, de repente, dá um tapa na pantera, a pantera começa a perceber coisas que o mundo real não percebe”

“Dizem que afeta a memória, que você começa num assunto e acaba no outro, de vez em quando me dá um branco assim… você fica…. de repente você fica…. tem assim…. uma coisa de…. você vai, entende, você vai… depois… você se pergunta a si mesmo… pra onde eu vou ir? hahahaha”

“Eu sinto que minha memória anda meio esquisita, quero lembrar uma palavra, esqueço, de repente esqueço onde estou, um dia desses esqueci meu nome, me chamavam Helena, eu olhava, será que sou eu? aí eu peguei minha carteira de identidade, aí me reconheci, Maria Alice, e fui ao médico, claro. O médico começou a tomar nota e perguntou desde quandoa senhor está sentindo isso, eu falei “desde quando a senhora está sentindo isso?”, “isso o que doutor?” e saí de lá sem saber o que era isso”.

“Fumo aqui, e tomo um chá, fumo aqui, e tomo um chá, fumo aqui, e tomo um chá”.

“Todas as vezes que eu fumo, ou seja, todos os dias da minha vida, eu dou risada, ou seja, eu sou uma pessoa feliz, a risada é sem dúvida um grande radar”.

“Será a erva que me faz feliz ou eu já tinha uma tendência à felicidade?”.

Colaborou: Marina Lourenço

 

 

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Ano bissexto traz um dia a mais para compartilhar memes em 2020 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2020/02/29/ano-bissexto-traz-um-dia-a-mais-para-compartilhar-memes-em-2020/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2020/02/29/ano-bissexto-traz-um-dia-a-mais-para-compartilhar-memes-em-2020/#respond Sat, 29 Feb 2020 16:58:14 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/ER8HEQwXkAAk9jh-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=11077 Rebeca Oliveira

A cada quatro anos um fenômeno acontece: o ano bissexto. A explicação é a seguinte: a Terra leva exatamente 365,24219 dias para dar uma volta completa em torno do Sol. Mas, se fôssemos calcular o ano novo com precisão ia dar um baita trabalho. Para não ficar “quebrando” os dias pelo meio e aproveitar o tempo perdido, foi criada a estratégia de arredondar esse tempo e adicionar um dia, a cada quatro anos, para equilibrar os calendários. Ele é incluído ao fim de fevereiro, o mês mais curto do ano.

 

Acontece que isso deixou algumas pessoas um pouco confusas.

 

Quebrou a corrente:

 

Um tópico que deixa muita gente em dúvida é o aniversário dos nascidos em 29 de fevereiro.

 

O que você faria?

 

Um gap no espaço-tempo.

 

Mas teve quem solucionasse o mistério:

 

O importante é viver esse momento único.

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Conheça os memes que mais despertaram interesse no Google em 2019 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/12/11/conheca-os-memes-que-mais-despertaram-interesse-no-google-em-2019/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/12/11/conheca-os-memes-que-mais-despertaram-interesse-no-google-em-2019/#respond Wed, 11 Dec 2019 08:00:51 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/meme-do-riquinho-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=10487 Todo final de ano o Google publica lista dos assuntos que mais despertaram o interesse dos brasileiros.

São diversas categorias, como “geral”, “como fazer”, “o que é”, “por quê”, dentre outras.

Para 2019, o Google acaba de liberar apenas uma, a de memes.

Mas é exatamente ela que interessa ao #Hashtag, o blog de memes da Folha.

A lista, tan tan tan, é a seguinte:

Meme do Riquinho
O nome dela é Jenifer
Caneta Azul
Tô nem aí
Juntos e Shallow Now
Vem tranquilo
Meme do Curso
Fabio Assunção
Joelma
3 reais

Esses são os termos que mais cresceram nas buscas no Brasil em 2019.

Não entendeu algum deles? Vem com a gente!

MEME DO RIQUINHO

Se você não viu nenhuma postagem do meme do riquinho, você simplesmente não acessou as redes sociais em 2019. O meme funciona como uma sátira para desigualdades sociais e privilégios da classe mais abastada do Brasil.

O NOME DELA É JENNIFER

Uma música, que virou meme, que no fim virou lembranças. Em janeiro, “O nome dela é Jennifer”, música do cantor Gabriel Diniz, estourou e foi o hit do verão. Como a música dizia que ele encontrou ela no Tinder, ganhou paródias e versões. Em maio, no entanto, um acidente aéreo encerrou a meteórica carreira do cantor.

 

Gabriel Diniz, 28, morto em acidente aéreo. Foto: Raul Spinassé/Folhapress

CANETA AZUL

Caneta azuuuul, azuuul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
Caneta azuuuul, azuuul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra

Essa música, que estourou em outubro, é grudenta e com isso merece entrar na lista de memes de 2019.

TÔ NEM AÍ

A menina Ana Beatriz, do Rio de Janeiro, fez sucesso com o “Tô nem aí”, logo no começo do ano.

“Gente, tá choveeeeendo. Caraaaaaca. Olha o relampiano”, começa a garotinha.

Ao que a mãe diz que ela não pode ficar mexendo no celular, Ana Beatriz responde:

“TÔ NEM AÍ”.

Impossível não rir.

JUNTOS E SHALLOW NOW

Na apresentação do Oscar, Lady Gaga e Bradley Cooper cantaram juntos a música “Shallow”, da personagem de Gaga no filme “Nasce Uma Estrela”.

Em junho, a cantora Paula Fernandes lançou, com Luan Santana, a versão brasileira dessa música: “Juntos e Shallow Now”. Pra quê? A internet não reagiu bem e a música virou meme.

Delicie-se com a versão brazuca.

VEM TRANQUILO

Uma briga que virou um meme por causa do “vem tranquilo, vem tranquilo”. É isso.

MEME DO CURSO

Que curso? Essa é graça (ou não). Ninguém sabe que curso é esse do meme. Surgiu entre amigos que se conheceram em grupos de criação e compartilhamento de memes. Um deles dizia que os colegas tinham que fazer um curso que “transforma vidas”. Mas nunca dava mais detalhes. De uma forma que só as redes sociais podem explicar, esse meme se alastrou Brasil afora.

FÁBIO ASSUNÇÃO

Memes que usam o rosto do ator Fábio Assunção associando-o ao consumo de álcool e drogas foram um dos mais buscados de 2019. Isso mostra o lado indesejado dos memes, quando passa de uma brincadeira saudável para algo que ofende e agride outra pessoa.

JOELMA

Depois de Chico Buarque triste/feliz e Faustão triste/feliz, em 2019 foi a vez de Joelma triste/feliz ganhar a internet.

TRÊS REAIS

O meme dos 3 reais veio à tona depois de uma entrevista realizada pelo É de Casa, da TV Globo, em janeiro.

A apresentadora Ana Furtado, velha conhecida dos memes da internet, conversou com a artesã Raquel do Amaral sobre o trabalho de criar carteiras. Ao perguntar sobre o valor de produção, Ana ficou extremamente surpresa com o baixo custo. A reação das duas viralizou nas redes.

 

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Cresce o número de pais conectados na frente dos filhos; veja dicas para largar o celular https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/10/06/cresce-o-numero-de-pais-conectados-na-frente-dos-filhos-veja-dicas-para-largar-o-celular/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/10/06/cresce-o-numero-de-pais-conectados-na-frente-dos-filhos-veja-dicas-para-largar-o-celular/#respond Sun, 06 Oct 2019 05:00:10 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/arte-catarina-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=10082 O novo normal. Assim a ONG Common Sense Media qualificou os resultados de sua mais recente pesquisa sobre uso de celulares por pais e filhos nos Estados Unidos.

Se é esperado que as crianças e adolescentes passem cada vez mais tempo nos smartphones, os resultados com os adultos também preocupam.

Em 2019, 39% dos filhos acham que seus pais ficam muito tempo na frente dos aparelhos, contra 28% em 2016.

Pelo menos eles admitem isso. Subiu de 29% (2016) para 52% (2019) a porcentagem de pais que sentem passar tempo excessivo com o smartphone.

Essa é uma realidade mundial, com a qual pais, filhos e educadores terão de conviver em nível crescente.

As dicas a seguir, voltadas aos adultos, buscam ajudar a criar estratégias para melhorar esse cenário.

Zonas livres
Escolha um ambiente da casa no qual o celular não é permitido, como a mesa de jantar. Reúna a família para contar histórias ou brincar de jogos de tabuleiros

Xô, tentação
Não leve o celular para o ambiente em que estiver com as crianças. Se não tiver como, deixe o celular virado com a tela para baixo, para não ver as notificações. Caso não funcione, ative o modo noturno ou desabilite as notificações do aparelho.

Agora não
O melhor jeito de não retornar uma mensagem é não vê-la. Se isso não for possível, tente o raciocínio: isso realmente precisa ser respondido agora? Muitas vezes, não. Crie o hábito de só mexer em tarefas de trabalho depois que as crianças dormirem.

Seja franco
Se for imprescindível responder um email, conte a verdade para os filhos. Avise que vai precisa ficar conectado por um tempo, mas que depois estará disponível em tempo integral para eles.

Você é o exemplo
Crianças de todas as idades costumam imitar e repetir os hábitos de adultos. Não adianta exigir que os filhos fiquem longe do celular se você não faz o mesmo.

Papel
Hoje em dia os celulares têm tudo disponível em poucos toques. Mas o bom e velho papel pode ajudar a família a ficar menos conectada. Por isso, investir em livros físicos para a contação de histórias à noite é uma boa saída.

Aproveite o momento online
Será impossível passar o tempo todo offline. Nos momentos de ambos online, tente mostrar no celular vídeos, notícias, fotos, aplicativos que considere importantes para formação das crianças e aproveite o gancho para contar histórias do passado.

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Vício em celular é semelhante a crack ou heroína, afirma autor

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Termo internauta está morrendo, mas não tem um substituto à altura https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/08/23/termo-internauta-esta-morrendo-mas-nao-tem-um-substituto-a-altura/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/08/23/termo-internauta-esta-morrendo-mas-nao-tem-um-substituto-a-altura/#respond Fri, 23 Aug 2019 04:30:16 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/termo-internauta-esta-morrendo-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=9827 Em 12 de março de 1989, o cientista inglês Tim Berners-Lee e o cientista belga Robert Cailliau criavam o www (World Wide Web) nos laboratórios do Cern (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), na Suíça.

Eles inventaram um protocolo —uma série de regras— para que programas de computador, os navegadores, pudessem acessar informações organizadas em páginas, ou websites.

Depois, inventaram o http, escreveram a linguagem HTML e criaram os primeiros servidores.

O primeiro site da história continua no ar e é uma espécie de metasite com detalhes do projeto revolucionário do Cern que inventou a web.

O acesso a ele só se tornaria público, no entanto, mais de dois anos depois: em 23 de agosto de 1991.

É comum a confusão entre internet e www, que não são a mesma coisa. Sistema global de comunicação de dados, a internet remonta à década de 1960 e tem o www como um de seus serviços.

Atualmente, cerca 4 bilhões de pessoas usam a internet no mundo, o que representa mais da metade da população mundial. Os dados são da UIT, agência da ONU para informação e comunicação.

Foi com o www que a internet se popularizou de vez e pariu uma palavra conhecida por todos que viveram os anos 90: internauta, pessoa que usa a rede — o dia do internauta é comemorado nesta sexta (23), em homenagem ao nascimento do website pioneiro.

Debruçando um pouco sobre a etimologia do termo, o sufixo “nauta” tem origem do grego, “naútés”, que se refere a marinheiro, marujo. Unindo o “nauta” ao “inter” de internet criou-se “internauta” —quem navega a web.

Fazia muito sentido, então, chamar alguém de internauta, afinal, era algo totalmente novo e a pessoa se deslocava para uma atividade específica: o uso da internet por meio da web.

Era preciso ligar o computador, o que levava um tempo, conectar a internet discada, o que levava um tempo ainda maior, e carregar página por página, sempre lentamente.

O conteúdo acessado era, de forma geral, de curiosidade. Aficionados pela Segunda Guerra Mundial, por exemplo, encontravam páginas de outros aficionados e mergulhavam na leitura daquele assunto.

O primeiro embrião de redes sociais surge em 1994, com o Geocities, em que os sites eram agrupados em “cidades”, conforme o tema tratado.

No Brasil, em 1996 entra no ar o UOL, que tem participação acionária minoritária da Folha, e o bate-papo do UOL vira uma febre entre os internautas brasileiros.

Por anos, convivemos bem com o termo internauta.

Mas já faz algum tempo que ele se tornou um tanto estranho aos nossos ouvidos. E isso tem a ver com a própria evolução da tecnologia.

Os novos smartphones e aplicativos usam uma outra arquitetura e ecossistema. Spotify, Instagram e Uber foram criados a partir de uma lógica bastante diferente da das páginas da web.

Mais importante, contudo, é a penetração que a hiperconectividade representa no nosso dia a dia. Do nascer ao pôr do sol e, em alguns casos, até durante o sono, usamos a internet para tudo. Na smarTV, no PlayStation 4, na academia, no carro, no trabalho, para falar com nossos pais, enfim, em absolutamente tudo.

Com isso, a palavra internauta, que designava alguém que tinha o objetivo específico de acessar a internet, perde um pouco o sentido.

“Hoje não mais ‘navegamos’ nas ambiências digitais, hoje atuamos, comunicamos e interagimos nas diferentes possibilidades de rede. Com isso, dou preferência ao uso de termos como ‘público conectado’ ou ‘audiência conectada’ que refletem melhor nossa atuação nas redes e, mais ainda, refletem a consolidação do digital como um elemento de presença destacada na sociedade”, afirma Elizabeth Saad, professora da ECA-USP e pesquisadora de estratégias e desenvolvimento de novas linguagens para conteúdo digital.

Para usar uma metáfora, não dizemos que somos “respirantes” porque respiramos.

É por isso que, nas redes sociais da Folhaquando aparece alguma chamada com “Internautas dizem…“, com frequência algum seguidor responde: “A Folha parece minha avó falando internautas kkk”.

Ou dá uma sonora bronca.

O que leva a um novo dilema: que palavra usar no lugar?

“Por mais jurássico que seja, o termo está aí e deve ser usado (até porque não temos nada diretamente melhor que isso). A internet democratiza o discurso, então não faz sentido descartar algo tão icônico em toda a história digital, ainda mais quando se dá pra fazer bastante memes brincando com a galera mais antiga”, diz Juny Santana, organizador do MemeAwards, premiação de memes da internet.

Faltam sinônimos que sejam tão abrangentes ou acessíveis. Surfista, navegante, leitor, consumidor, usuário, seguidor, todas são imprecisas em algum grau.

Usuário até é usado para nos referimos a quem usa determinada rede social —usuários de Facebook, Instagram, Twitter, etc— mas também não dá conta da totalidade das pessoas conectadas.

As sugestões da professora da USP são boas e fazem sentido, mas não encaixam nos títulos jornalísticos.

Há ainda o aspecto geracional. Pessoas com 25 anos ou mais vivenciaram a fase inicial da internet e são mais apegadas ao termo. O mesmo não acontece com quem nasceu no século 21.

“Eu já nasci em uma geração que não usava mais a palavra “internauta”. E ela soa um pouco estranho para mim, já que não escuto ninguém usando ela. Na minha opinião, algumas palavras mudaram ou perderam o uso com o tempo. Já não faz mais sentido separar pessoas que são “internautas” das que não são, até porque é muito difícil encontrar alguém hoje que não acessa a internet”, diz a influenciadora mirim Dudinha Yamazaki.

Prova disso são as análises de busca do Google. Comparando “internauta” com “YouTuber” nos últimos 12 meses, por exemplo, vemos uma diferença acachapante.

Pensando nesse paradoxo, o #Hashtag propôs a pesquisadores, especialistas e influenciadores a seguinte reflexão: “Ainda faz sentido usarmos a palavra ‘internauta’ em 2019? Por quê?“.

Confira, a seguir, o resultado do “Tendências e Debates” do #Hash.

Spoiler: a maioria não vê mais sentido. A palavra internauta está na UTI.

NÃO

Nem a palavra internauta nem a palavra internet fazem mais sentido. A internet está se fragmentando em redes compartimentadas e por conta disso a ideia de “internauta” – pessoa que navega por toda a rede – é cada vez mais uma utopia que uma realidade atual. 

Ronaldo Lemos, advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e colunista da Folha

Considerando que no Brasil temos mais smartphones ativos do que brasileiros e, em tese, todos os brasileiros são internautas o termo perde um pouco o sentido. Seria como chamar de humanos, pessoas, homo sapiens, não tem sentido nomear pessoas iguais de forma diferente. Não temos costume de nomear na mídia espectadores de TV de forma distinta do restante da população, porque nomeamos usuários de internet?

Edney Souza, diretor acadêmico na Digital House Brasil e organizador da Social Media Week São Paulo

Não tem mais sentido essa palavra. Quando surgiu esse termo, a gente ainda dizia que o internauta estava no ciberespaço, e nem ciberespaço faz mais sentido, nessa vida 24h/7, totalmente conectados. 

Pollyana Ferrari, professora e pesquisadora em Comunicação Digital da PUC-SP

Internauta é uma palavra que parece tratar de um alienígena, algo de outro planeta. E por um período realmente foi assim, quem mexia com tecnologia e internet estava em outra sintonia mas hoje, com celulares e aplicativos na mão de todos é difícil não enxergar o internauta como o nosso próprio ser atual. Somos todos nerds de alguma maneira.

Cid, do blog Não Salvo

O termo internauta se tornou obsoleto quando a internet deixou de ser um “evento” em nossas vidas e se tornou algo presente em nossa rotina. Em 2019, não falamos mais “internautas” para denominar as pessoas que estão na internet, pois quem está nesse ambiente, não precisa mais ser chamado de algo. Na minha opinião, só designamos uma nomenclatura específica quando citamos “usuários”, de uma rede social específica ou de algum site ou app.

Nathalie Abrahão Córdova, especialista em redes sociais

SIM

Por mais jurássico que seja, o termo está aí e deve ser usado (até porque não temos nada diretamente melhor que isso). A internet democratiza o discurso, então não faz sentido descartar algo tão icônico em toda a história digital, ainda mais quando se dá pra fazer bastante memes brincando com a galera mais antiga.

Juny Santana, organizador do MemeAwards, premiação de memes da internet

A palavra ‘internauta’ está relacionada à geração dos millennials pois está atrelada ao ato de “entrar na internet” algo que não faz parte da realidade da geração atual que nasceu com o smartphone nas mãos e desconhece o universo desconectado ou da conexão discada. O astronauta navegante do espaço da world wide web está no contexto de quem passou pela fita cassete, pelo CD, pelo pendrive e agora se adaptou ao bluetooth e ao streaming. Portanto, sim, faz sentido a utilização da palavra ‘internauta’ em 2019, pois a internet é feita por e para pessoas e a mistura geracional nesse espaço o torna mais diverso e curioso.

Tamara Demuner, mestra em tecnologias da inteligência e design digital 

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Premiação MemeAwards quer mostrar que meme é assunto sério https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/07/16/premiacao-memeawards-quer-mostrar-que-meme-e-assunto-serio/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/07/16/premiacao-memeawards-quer-mostrar-que-meme-e-assunto-serio/#respond Tue, 16 Jul 2019 09:00:56 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2019/07/meme-nazare-320x213.png https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=9627 “Queremos ser encarados de uma forma séria e não como uma brincadeira. Meme é uma linguagem que existe e os brasileiros dominam. As marcas usam como referência, as personalidades gostam de aparecer. Nós queremos que os produtores de memes possam se profissionalizar, criar um mercado, existir como negócio”.

A afirmação é de Juny Santana, 27, gerente de projetos da Flocks, realizadora do MemeAwards, evento que irá premiar os melhores memes do ano. A cerimônia acontece em São Paulo no dia 26 de agosto, no espaço WebForce.

A premiação será dividida em cinco categorias: melhor meme em imagem, melhor meme em vídeo, melhor artista em meme, melhor trilha sonora, e o conjunto da obra.

O MemeAwards é idealizado por sete canais criadores de memes: South America Memes, O Brasil que Deu Certo, LDRV, ETlândia, Macintosh 1984, BCharts e Bad Vibes Memes.

O objetivo, segundo Juny Santana, é valorizar o trabalho do criador de meme (chamado de “mememaker”). “Eu vejo que tem garoto que vai pra escola de manhã e passa a tarde produzindo meme. Outros trabalham 12 horas por dia e depois ainda produzem memes como uma segunda jornada. Queremos dar um valor real para isso com a premiação”.

Qualquer pessoa que produza meme pode participar do concurso, dividido em três fases. Na primeira, é preciso fazer a inscrição na plataforma oficial do evento (www.memeawards.com.br), até 21 de julho.

O comitê avaliador dos memes, que é feito pelos próprios líderes das comunidades, será realizado entre 21 de julho e 31 de julho. Os cinco melhores memes de cada categoria serão postos a júri popular, na mesma plataforma, de 1º de agosto até 14 de agosto. O prêmio será um troféu e uma surpresa ainda não divulgada.

O MemeAwards terá apresentação de Raony Phillips, criador da websérie Girls in the House.

A Flocks gerencia canais digitais, oferecendo suporte no gerenciamento de redes, criação de posts, produção de audiovisual e campanhas, dentre outros. Ela foi fundada em 2016 por Marcelo Madureira (Casseta & Planeta) e Pedro Paulo Magalhães.

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Qual é a diferença entre meme e mene?

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Com uso de deepfakes, memes entram em uma nova era https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/06/25/com-uso-de-deepfakes-memes-entram-em-uma-nova-era/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2019/06/25/com-uso-de-deepfakes-memes-entram-em-uma-nova-era/#respond Tue, 25 Jun 2019 16:12:35 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/bolsonaro-rainha-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=9445 Sábado, 22 de junho. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) dá uma entrevista na saída do centro médico do Palácio do Planalto e comenta sua relação com o Congresso. “Pô, querem me deixar como rainha da Inglaterra? Este é o caminho certo?”, indagou.

Como é de praxe nas redes sociais, a frase rapidamente virou meme, com diversas montagens de Bolsonaro como rainha da Inglaterra.

O que chamou atenção no episódio foi este vídeo.

Enquanto as montagens usuais de internet utilizam uma imagem e um software de edição de fotos (principalmente o Photoshop), dessa vez foi uma deepfake que viralizou pouco tempo após a notícia.

Deepfakes são manipulações de vídeos que utilizam inteligência artificial e conseguem trocar rosto de pessoas de forma praticamente imperceptível.

O autor do vídeo foi o editor de mídias Bruno Sartori, 30, de Unaí (MG).

Ele trabalha com edição de vídeos há mais de 15 anos e vem estudando as deepfakes há um ano.

“Sempre gostei de fazer paródias, influenciado pelo cartunista Maurício Ricardo.  Tenho vídeos antigos em que já trocava os rostos das pessoas. Com as deepfakes, esse resultado está muito mais real”, diz.

A tecnologia vem evoluindo rapidamente. “Antes, eu levava 30 dias para conseguir realizar o processo de machine learning. Agora, em três, quatro dias, isso já é possível”.

Como a máquina já estava treinada para o rosto de Bolsonaro, foi possível, em uma hora, produzir a deepfake.

Um de seus primeiros vídeos a viralizar foi o Bolsonaro de Chapolin Colorado confundindo o próprio slogan.

Por enquanto, o usuário caseiro ainda não consegue produzir uma deepfake. É preciso uma placa muito potente e um estudo aprofundado de linguagens de programação, como python.

“Encontrei um espaço que não era ocupado por ninguém”, afirma Sartori.

As deepfakes podem ser danosas e agravar o quadro de mentiras, boatos e desinformações que circulam nas redes.

Sartori vê, no entanto, o outro lado da moeda.

“Toda ferramenta pode ser usada para bem e para o mal. As que existem e as que vão ser inventadas. Quando surgiram as deepfakes, eu vi que poderia ser usado para algo bom, como o humor”.

Enquanto os memes começam a ganhar uma nova cara, leia entrevista com Bruno Sartori.

Qual foi seu primeiro contato com deepfake?
Eu me lembro de ver um vídeo no YouTube, por acaso, sobre essa tecnologia [de deepfake], e fui pesquisar a respeito. Isso está fazendo um ano. Os resultados então eram muito ruinzinhos frente ao que temos hoje, mesmo assim já eram impressionantes. Como eu sempre gostei de fazer paródias, eu acabei imaginando que entender essa tecnologia me ajudaria muito em meus vídeos. Já pensou colocar qualquer ator para cantar uma música que eu escrevi? Isso para mim era fantástico.

O que exatamente são deepfakes?
Deepfakes são vídeos falsos, manipulados por bibliotecas de código aberto para aprendizado de máquina. Esses códigos trabalham com scripts, geralmente em Python [linguagem de programação]. O processo basicamente se resume em codificar a imagem A e depois decodificá-la em imagem B. Como é uma inteligência artificial, quanto mais ela vai aprendendo mais detalhes ela vai te dar no produto final. Depois de analisar outros rostos, ela vai emular o que sabe, como aquele rosto se comportaria naquela posição.

Existem outros métodos de manipulação de vídeo?
Tem outros métodos que copiam todo o vídeo, mas eu não consegui fazer rodar. Acredito que precise de placas ainda mais potentes, mas eu já estou estudando para conseguir entender. São deepfakes que copiam todos os movimentos, enquanto os atuais copiam só os rostos. Quando a gente chegar nesse nível a coisa vai ficar bem complicada. Existem muitas variações na forma de obter uma deepfake. Há também aplicativos que não fazem com muita qualidade, como o FakeApp e FaceSwap.

Quando começou esse boom?
Há um ano, pouca gente conhecia. Começou em fóruns da internet com o pessoal usando para colocar rosto de atriz famosa em rosto pornográfico. Eu fiquei sem entender como uma tecnologia que podia ter uma destinação tão fantástica estava sendo usado para pornografia. Eu vi que tinha um potencial maior.

Como você aprendeu a fazer essas manipulações?
Como eu entendo de edição de vídeo, e não entendo disso, busco tutoriais para aprender a alterar o código e vou testando. O que é bom para mim pode não ser bom para outros. As variações vão ocorrer assim, de acordo com cada método que cada profissional utiliza. 

A deepfake já está acessível ao grande público?
Já existem deepfakes muito boas, mas esses resultados não são feitos por usuários comuns. Primeiro porque a maioria das pessoas estão no celular, e é preciso um computador com uma placa potente para essa edição. Se o usuário tem um placa menos poderosa, vai levar meses para ter um resultado não tão bom. Com a minha placa leva dias. Por enquanto o usuário caseiro não consegue fazer com a qualidade que não dê para perceber que é falso. Até o meu eu fico “ainda faltou isso, aquilo”

E quando as deepfakes atingirão outro nível?
Isso vai depender da evolução da tecnologia. Ela está evoluindo muito rapidamente. Há um ano eu precisaria de um mês em um computador potente para fazer todo o processo de machine learning. Quanto mais tempo ele processa, mais nítido vai ficando. O processamento começa com a imagem bem embaçada e vai pegando nitidez de acordo com o tempo que ele vai treinando esses rostos. Há um ano eu levava 30 dias para ter um rosto. Hoje eu levo de 3 a 4 dias por causa da evolução da tecnologia. Por enquanto, essas deepfakes são feitas por poucas pessoas. E creio que isso não vai ser feito no celular pelo menos nos próximos 4 ou 5 anos. 

As deepfakes podem ser danosas. Como vê isso?
Toda ferramenta pode ser usada para bem e para o mal. As que existem e as que vão ser inventadas. Tem muito potencial de dar dano à honra das pessoas, mas vai de cada um. Eu até já fui procurado para fazer esse tipo de trabalho, mas obviamente não faço, primeiro porque é antiético, segundo porque é facinho de achar qualquer pessoa que fizer um vídeo que repercutir muito. É só a polícia querer ir atrás.

Mas as deepfakes não podem agravar o cenário que temos hoje?
As pessoas acreditam no que elas querem acreditar, independente de ser real ou não. Pode ser vídeo, pode ser foto. A gente tem Photoshop há anos. Tem algumas fotos que são nitidamente montagens, mas as pessoas continuam a querer acreditar no que estão vendo. Olha a mamadeira de piroca. Quem em sã consciência acreditaria numa besteira dessa? Então com ou sem os deepfakes, o caminho vai ser esse de fake news em cima de fake news.

Mas estamos falando de algo novo.
As deepfakes ficarão mais aprimoradas e causarão estranheza. Mas o Photoshop já fazia isso e as pessoas passaram a entender como ele funcionava o Photoshop, como eram as manipulações, e não se impressionam mais tanto assim com edições de fotos. As pessoas vão entender a tecnologia do deepfake e perceber que aquilo não é verdadeiro. Eu acho que o pessoal vai usar deepfakes mais para memes como eu estou usando do que para criar um vídeo falso, que vai motivar as pessoas a espalhar e criar notícia falsa. Claro, vai acontecer, algumas pessoas vão fazer esse uso ruim, mas logo vão falar “ah é deepfake”,  assim como a gente fala “ah é Photoshop”.

Você acha preciso alertar que é um vídeo deepfake?
Eu acho que depende do caso. A gente está vendo o presidente na cara de uma rainha, não é possível que alguém vai acreditar que é real. Eu não acredito que uma pessoa vai ver a cara do Bolsonaro numa rainha e vai achar que é real. Eu não consigo acreditar nesse nível de falta de noção das pessoas. Eu coloco a hashtag #deepfake no título para dar uma ênfase que é uma obra digital, que é um processamento de dados que transformou aquilo. 

Qual deepfake que produziu você gosta mais?
Eu fiz um vídeo em que peguei uma apresentação do Marcelo Adnet na vila militar do Chaves e coloquei o rosto do Bolsonaro. Existem ângulos dificílimos de copiar, porque às vezes o nariz é maior ou menor, aparece o rosto original por trás ou a iluminação atrapalha bastante. Foi um dos trabalhos mais difíceis, mas eu alcancei um resultado que surpreendeu até a mim. Não é porque eu que fiz, mas eu acho que é a deepfake com esse tipo de tecnologia mais real da internet. 

Nesse caso de Bolsonaro da rainha da Inglaterra o que surpreendeu foi a agilidade com que você colocou no ar [poucas horas depois de a notícia ter saído].
A deepfake varia muito a questão de produção. Quando eu tenho um rosto treinado, como o do Bolsonaro, eu só exporto o vídeo e coloco lá para treinar. Como já tem o rosto anterior, ele processa mais rápido e consegue reproduzir o movimento. Em uma hora ficou pronto. O rosto dele eu treinei com uma tecnologia intermediária e levei uns 14, 15 dias. Foi o mesmo que usei no Adnet. Hoje já estou fazendo um treinamento com um outro código, imagino que vai ficar melhor a luz, o rosto, a nitidez. Se eu não tiver o rosto, eu preciso de uns quatro dias para treinar, e depois transfiro para imagem. Como eu disse, antes eram 30 dias, a tecnologia está evoluindo. 

E além da parte de códigos, existe também um trabalho técnico?
Eu recebo do processamento as imagens brutas, com defeitos, com sobreposições onde não deveria, com trechos do vídeo original. Eu preciso corrigir cor, nitidez, embaçamento. A pós-produção é que faz a mágica para que a deepfake fique imperceptível. 

E como está lidando com essa repercussão das deepfakes?
Eu comecei com trabalhos só voltados para a minha cidade. Sempre eu gostei de fazer uma coisa local, nunca pensei no nacional.  Aqui em Unaí todo mundo conhecia os meus vídeos, meus canais, minha pessoa. Você sai na rua e a pessoa comenta com você se gostou ou não gostou. A questão nacional só tinha acontecido algumas vezes anteriores, com vídeos que bombaram no Facebook. Mas foi coisa rápida. Agora parece que pintou um nicho, apareceu um espaço que não era ocupado por ninguém. 

E quais têm sido as reações?
Os comentários que mais vejo são: “fantástico, merece um Oscar, genial”. De quarta pra domingo sete mil pessoas me seguiram no Twitter. Eu posto um vídeo e viraliza muito rápido. Eu praticamente não vi crítica. Devo ter recebido uns 20 mil comentários e se três ou quatro pessoas reclamaram foi muito. Nem mesmo os bolsonaristas. Sei que é questão de tempo para aparecer, para bots apontarem para mim. Mas eu sou super tranquilo em relação à crítica. A repercussão é só uma coisa momentânea, logo as pessoas se acostumam [com deepfakes] e vai passar, outras pessoas vão começar a fazer, vai saturar, e se eu não buscar um mercado diferente, se eu não buscar me aprimorar, as pessoas vão esquecer. 

Teme ameaças ou perseguição?
Eu sou muito tranquilo com internet, não tenho medo, até porque sou jornalista, já fui ameaçado, já fui preso por político, por abuso de autoridade, eu demonstrei que não estava errado. Se Bolsonaro, se pessoal dele vir atacar, é natural, eu só vou ignorar. Se acontecer é pior para os poderosos, fica feio, eles vão piorar a situação. Imagina se o Bolsonaro abre um processo contra um jornalista por fazer umas caricaturas de forma diferente, porque para mim isso nada mais é que uma caricatura de um jornal. [A deepfake] Não é só uma zoeira, um meme, tem toda uma crítica social e um contexto em cima de cada vídeo. Se você olhar o vídeo é relacionado ao tempo em que ele está sendo publicado, aos acontecimentos, eu não faço um meme por fazer, não está ali por acaso, teve um contexto. Se você observar a rainha está usando rosa, que a Damares disse ser cor de menina, eu fiz questão de achar um vídeo com ela de rosa para pôr a cara dele. 

Quais mais usos você prevê para essas tecnologias?
A gente vai ter no futuro a possibilidade de refazer filmes em que os atores não vão só falar em português, eles vão gesticular em português. Tem tecnologia já para isso, eu estou estudando. Além disso vai ser possível copiar a voz desse ator. Ou seja, ele não vai só falar e gesticular em português, mas a voz vai ser a original do ator, com a mesma entonação, o mesmo ritmo de respiração, a mesma autenticidade. Você vai poder trazer Raul Seixas à vida para ele gravar uma música que não conseguiu gravar, dá para fazer um seriado do Chaves, com o Chaves de verdade, e a voz do dublador que morreu. As possibilidades são infinitas, teremos videochamada em que você vai falar em português e a pessoa vai ouvir no idioma dela. Como eu prevejo coisas grandiosas, eu sou esperançoso, eu não penso no lado ruim, eu não tenho essa maldade pra conseguir raciocinar e imaginar o que de ruim pode estar vindo. Também será possível recuperar imagens ruins ou velhas e transformar em imagens de alta resolução. 

EVOLUÇÃO

Sartori mostrou exemplo da mesma cena feita com duas tecnologias diferentes. De um ano atrás:

E com a tecnologia atual:

Saiba mais sobre deepfakes.

 

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