#hashtag https://hashtag.blogfolha.uol.com.br Mídias sociais e a vida em rede Wed, 08 Dec 2021 17:15:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Guerra de versões sobre autoria de perfil Coronel Siqueira insufla redes sociais https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/30/guerra-de-versoes-sobre-autoria-de-perfil-coronel-siqueira-insufla-redes-sociais/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/30/guerra-de-versoes-sobre-autoria-de-perfil-coronel-siqueira-insufla-redes-sociais/#respond Tue, 30 Nov 2021 21:12:46 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/coronel-siqueira2-1-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=15108 Morreu nesta segunda-feira (29) em São Paulo (SP) de pancreatite Sérgio Vicente Liotte, advogado e geólogo de 48 anos a quem foi atribuída a criação do perfil do Coronel Siqueira, famoso no Twitter.

O personagem era um homem de meia-idade, bolsonarista, conservador e declaradamente ranzinza. Seu humor ácido, porém, revelava traços caricaturais do Brasil de hoje e dos atuais ocupantes do poder.

Mas, após o DCM (Diário do Centro do Mundo) noticiar a morte, ela foi negada pelo próprio perfil do Coronel Siqueira, dando início a uma história surrealista.

Como é comum com perfis virais e de paródia, o Coronel Siqueira nunca assumiu sua verdadeira identidade. Páginas como a dele costumam ter vários administradores, a fim de manter um ritmo frequente de postagens. Seria natural que fosse o caso aqui.

A Carta Capital, que publicava uma coluna assinada pelo personagem, também negou a morte do autor. “Siqueira segue vivíssimo”, escreveu o site. “Não tenho a menor ideia do que aconteceu. O cara que morreu deve ter dito que era o coronel e acreditaram. Sou só eu, sempre fui uma pessoa só”, disse o suposto autor à revista.

“Estão tentando me convencer seriamente de que eu não sou eu.”

Depois da repercussão, o perfil do Coronel Siqueira no Twitter e em outras redes sociais foi deletado.

Em live no DCM, a esposa de Sérgio Vicente Liotte, Patricia, reafirmou que o marido é o criador do Coronel Siqueira e disse que ele concedeu acesso a outras pessoas numa “conta multipessoal”.

“Esta é primeira vez que falo sobre Coronel Siqueira. Jamais imaginei que a morte do meu marido ia atingir o trending do Twitter. O Coronel Siqueira era uma forma de crítica à economia, ao governo, a situações do cotidiano no qual o brasileiro está envolvido. Eu não teria motivo de vir aqui falar no Twitter de um perfil que não pertencesse ao meu marido, até porque nesse momento de dor a última coisa que eu gostaria era de estar numa live”, afirmou.

“A internet é uma terra de ninguém, aonde as pessoas não tem o mínimo de empatia pela dor do outro.”

O diretor do DCM, Kiko Nogueira, questionou ao atual administrador da página satírica por que ele ainda não havia aparecido. “O cara está fazendo em torno da conta de quem aparentemente se apropriou um barulho que pra ele vai ser bom.”

A Carta Capital publicou nesta terça (30) a coluna do Coronel Siqueira com o título “A quem interessa matar o Coronel Siqueira?“. No texto, o suposto administrador da página mantém-se anônimo, reafirma que é o criador do perfil e dá detalhes até então inéditos, “pela primeira vez não do ponto de vista do Coronel, mas do autor”.

Diz morar na Europa desde antes de 2013 –e não em São Paulo ou Porto Alegre, como se pensava– e afirma que resolveu criar o perfil satírico “impressionado pela loucura dos bolsominions e por tudo que estava acontecendo”. Siqueira foi o primeiro nome que me veio à cabeça. Para o nome de Twitter, escolhi ‘direitasiqueira, uma homenagem a Sérgio Camargo [presidente da Fundação Palmares], cujo username é @sergiodireita1″.

O perfil, então, fez sucesso, atingindo mais de 150 mil seguidores desde sua criação em dezembro de 2019.

O autor do texto na Carta Capital diz controlar contas do perfil em várias plataformas (Twitter, Gmail, ProtonMail, Facebook, Instagram, Linktree e Spotify) e afirma ter produzido a foto usada como avatar no site This Person Does Not Exist, que utiliza inteligência artificial para gerar rostos ficcionais — Patrícia afirma que a imagem é a de um tio seu, morto há três anos.

O colunista diz ter declarado ao repórter do DCM que era o único autor, mas teria ouvido do jornalista que a checagem apontava para Sérgio. “A situação foi virando uma mistura de Kafka com Black Mirror. Tinha alguém me acusando de, bem, não ser eu mesmo.”

O #Hashtag procurou o Twitter, mas a empresa afirmou que não pode dar detalhes sobre o perfil, uma conta privada, amparada na privacidade dos usuários e na legislação em vigor.

Assim, seguimos sem decifrar quem tem razão na guerra de versões.

Veja tuítes do Coronel Siqueira antes do perfil sair do ar e que tanto sucesso fizeram.

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Agora, para o Carnaval, bolsonaristas defendem o ‘fique em casa’ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/25/agora-para-o-carnaval-bolsonaristas-defendem-o-fique-em-casa/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/25/agora-para-o-carnaval-bolsonaristas-defendem-o-fique-em-casa/#respond Thu, 25 Nov 2021 21:17:31 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/bolsomich-320x213.png https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=15063 Nayani Real

Anúncios de flexibilização de medidas sanitárias contra a Covid-19 no Brasil colocaram o planejamento do Carnaval em debate nas redes sociais. A pauta divide opiniões e traz para o mesmo lado da moeda pessoas de perfis ideológicos diferentes. 

Políticos e personalidades conservadoras, inclusive o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), manifestam-se contra a realização da festa. Curiosamente, cientistas e opositores do governo também compartilham essa visão. 

Defensores das medidas sanitárias que apoiam a realização do Carnaval apontam incoerência nas declarações de conservadores e apoiadores do presidente, que há quase dois anos assumem um discurso contrário ao “fique em casa”. Do outro lado, o argumento é a suposta contradição entre a aglomeração e a defesa de medidas de isolamento social.

Há também casos como o da deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), que diz ter sido a favor das medidas de isolamento no começo da pandemia, e se opõe à realização do evento.

Atrás do trio

Entre políticos que mantiveram postura contrária ao presidente Bolsonaro com relação às medidas sanitárias, o governador de São Paulo, João Doria, foi um dos que virou alvo de críticas. O estado de São Paulo tem dezenas de cidades que cancelaram o evento do ano que vem. 

#VemDeZap: além do Twitter e do Instagram, mensagens do tipo também circulam no WhatsApp.

Autor desconhecido

Quem critica o presidente e o Carnaval, teme que o cenário piore após a festa.

Há o medo de novas variantes e o do aumento de casos no país.

Bloco do Nem-nem: nem vacina, nem carnaval

Por outro lado, muitos desconfiam dos motivos pelos quais o presidente e grupos que o apoiam se opõem à festa, já que teriam minimizado as medidas sanitárias, como o uso de máscara e a vacinação, desde o início da pandemia. O discurso de conservadores contrários ao carnaval têm sido apontado como contraditório e parte de uma estratégia bolsonarista.

Há quem acredite que a tentativa de banir o carnaval é uma medida higienista.

Hipocrisia ou não? Eis a questão

 

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Relembre quando Bolsonaro publicou o vídeo de golden shower nas redes 

 

 

 

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Retirada do Touro de Ouro do centro de SP vira meme nas redes https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/24/retirada-do-touro-de-ouro-do-centro-de-sp-novo-capitulo-escrito-com-memes/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/24/retirada-do-touro-de-ouro-do-centro-de-sp-novo-capitulo-escrito-com-memes/#respond Wed, 24 Nov 2021 21:23:30 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2022/11/touro-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=15046 A réplica brasileira do famoso Touro de Wall Street deveria permanecer na rua 15 de Novembro, no centro de São Paulo, por três meses, mas foi removida menos de dez dias após sua inauguração.

Um guindaste realizou na noite desta quarta-feira (24) a retirada da escultura instalada em frente à Bolsa de Valores, a mando da prefeitura da cidade. A peça foi considerada uma publicidade irregular, já que não contava com a autorização da comissão que fiscaliza a lei Cidade Limpa.

A iniciativa, que foi recebida nas redes com adjetivos como “cafonice”, “brega”, “viralatismo”, teve uma curta, porém intensa, estadia na cidade. Sofreu diversas intervenções políticas, como protestos enfatizando a situação de insegurança alimentar no país. Com a sua remoção, vários debates fomentados pela estátua voltaram a ser destaque nas redes sociais com os termos “Touro de Ouro”, “Gado de Ouro” ou apenas “Touro”. 

A ação rendeu novos memes, críticas e até slam sobre a fome. Concordando ou não, mais uma vez a internet se uniu para falar sobre ele, o Touro de Ouro.

Vive um drama.

Com trilha sonora.

Virou símbolo Ancap.

A curadoria de arte foi pesadíssima!

Muitos se preocuparam com o destino –e o manuseio do bicho.

Substitutos.

Valeu até pra contar causo!

Mais algum turista teve seus planos frustrados?

E é claro que também teve gente criticando o cenário social e político do país –com ou sem poesia.

Mas o touro tinha seus fãs, também.

Veja memes do início da história do Touro de Ouro.

 

 

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Aprenda a criar sua própria comunidade de Orkut https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/23/aprenda-a-criar-sua-propria-comunidade-de-orkut/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/23/aprenda-a-criar-sua-propria-comunidade-de-orkut/#respond Tue, 23 Nov 2021 23:01:15 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/FEam1-eX0AkXecM-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=15038 Não, você não viajou no tempo e esse texto não é de 2006.

As redes sociais têm passado por uma onda de nostalgia por tempos mais simples. Nada de influenciadores digitais, anúncios, métricas ou algoritmo. Estamos mesmo é com saudade do Orkut, rede social do Google que acompanhou o letramento digital de uma geração, a partir de 2004 e até o início da década seguinte.

Pra muita gente foi o primeiro contato com a internet e o berço de muita coisa que fazemos até hoje: memes, paquera virtual e, principalmente a reunião em grupos de pessoas que pensam como a gente, as comunidades.

O produtor de conteúdo Bruno Predolin, foi um dos grandes criadores de comunidades do Orkut. No total foram 715, algumas delas clássicas, como “Nos EUA, até pobre fala inglês”, “Onde você tá? Tô chegando!”, “Tô com preguiça de digitar”, “Finjo que tô dormindo”, dentre outras.

“O Orkut era uma escapatória de ideias criativas que eu tinha, eu dormia com um bloquinho do lado da cama para anotar ideias que possivelmente vinham de noite, enquanto dormia, eu deixava tudo anotadinho e criava no dia seguinte”, disse em entrevista ao #Hashtag em 2019.

Sempre nostálgico do Orkut, Predolin recentemente fez uma thread (sequência de tuítes) com comunidades que existiriam atualmente se o Orkut fosse vivo –obviamente, ele mesmo as criou.

Quer jogar um jogo?

Sejamos sinceros, quem sabe?

E tá tudo bem!

Até o Google não resistiu.

Fica o apelo.

Inspirado pela thread, o usuário @bazithiago criou um site em que você pode montar sua própria comunidade, como nos velhos tempos. Basta preencher o título, descrição e adicionar a foto de destaque. Ficou com vontade? Mate a nostalgia aqui. Quem sabe você não viraliza.

Pra quem é mais de Photoshop, também tem essa opção.

Divirtam-se!

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Entenda o significado do emoji do palhaço, popular entre jovens nas redes https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/como-o-emoji-do-palhaco-virou-simbolo-de-trouxice-entre-jovens-na-internet/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/como-o-emoji-do-palhaco-virou-simbolo-de-trouxice-entre-jovens-na-internet/#respond Mon, 22 Nov 2021 12:57:46 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/arte7-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=15015 No picadeiro da vida, quem nunca fez papel de palhaço? Nas redes sociais, tornou-se popular o emoji “clown face” (“cara de palhaço”). Se ele surge em um post, é sinal de que alguém foi “trouxa” e já pode cantar aquele verso clássico dos Engenheiros do Hawaii: “Muito prazer, meu nome é otário”. Tuiteiros e tiktokers comprovam isso. 

 

Reclamar do clima imprevisível da sua cidade, lamentar o preço da gasolina, dizer que está cansado de dar conselhos para aquela amiga que nunca te ouve ou mesmo criticar o Governo Bolsonaro. No Brasil de 2021, não faltam oportunidades para usar esse ícone.

Não faltam também opções de emoji. O “clown face” tem pelo menos 14 versões em diferentes plataformas, segundo mapeamento do site Emojipedia, a Wikipedia dos emojis. O palhacinho de sorriso forçado entrou oficialmente para a família em 2016, quando foi aprovado pela Unicode Consortium, organização que unifica modelos de inserção de caracteres em todo o mundo.

 

Em 2019, por motivo desconhecido, esse ícone começou a ganhar o espaço que hoje ocupa nos feeds e nos corações dos internautas. Foi o caso do publicitário paranaense Fred Cavalcante, de 29 anos. Para ele, o sucesso do ícone vai na esteira da tendência dos usuários de redes sociais em assumir o papel de “trouxas”. “Você se sente palhaço quando é traído, enganado pelo ex, quando se apaixona por alguém que deveria ser só uma ficada”, exemplifica.

Não satisfeito em usar o emoji em momentos de frustração, ele criou um filtro temático para o Instagram Stories. A cara de palhaço já estampou rostos de usuários da ferramenta mais de 5,1 milhões de vezes. O efeito de Fred vem acompanhado de frases como: “Eu acreditando que dessa vez ia ser diferente”; “Disse que não ia ser trouxa. Fui trouxa”; “Eu dando moral pros papos do ex”.

Fenômenos como o do “clown face” são frutos da evolução social e cognitiva da língua, explica o PhD em comunicação digital e professor da USP Luli Radfahrer. Ele compara o surgimento desses ícones à diferenciação de maiúsculas e minúsculas por monges copistas no século 9, ou à adoção do caractere “&” (chamado de “ampersand” ou “E comercial”) em substituição à palavra latina “et”, por volta do século 19.

“A língua é uma coisa móvel, maleável. Se você dá para o indivíduo qualquer forma de comunicação além da verbal, ele vai inventar, seja um atalho, seja um ajuste, alguma coisa para tornar a comunicação mais rápida.”

 

Radfahrer diz que um emoji “nada mais é do que uma palavra, uma ideia compartilhada, que cresce e se desenvolve sozinha”.

O valor dessa ideia, no entanto, pode variar entre diferentes gerações. O palhacinho, por exemplo, é mais comum entre os millenials e a geração Z. 

“Essa turma foi alfabetizada já usando emoji, não na escola, mas no convívio social. É do mesmo jeito que você aprende a usar palavrão e gíria. Os jovens são nativos dessa língua, enquanto os mais velhos estão aprendendo uma segunda língua e sentem dificuldade.”

 

Estudos à parte, Fred, publicitário que criou o filtro inspirado no “clown”, ficou tão feliz por ser convidado para esta reportagem que até pensou em rasgar a “carteirinha de trouxa”. “Já me senti palhaço muitas vezes na vida, mas são nestes momentos, como o dessa entrevista, em que a gente se sente um pouco menos trouxa, né?”

E você, respeitável público deste picadeiro, fica agora com uma seleção de tuítes sobre o emoji oficial do otário. Confira abaixo!

Papai ou mamãe, já se perguntou se seu filho é mais um viciado no emoji de palhaço?

 

Tem até rinha de versões do emoji de palhaço. Escolha sua favorita!

 

Existe um código implícito para quem deve ou não receber o emoji de palhaço.

 

O emoji de palhaço é uma tendência internacional!

 

E a privacidade para ser “trouxa” em paz?

 

Como toda celebridade, o palhacinho também tem seus haters!

Compraria?

 

Serve para criticar o Governo Bolsonaro…

 

Só falta o ingresso

 

E o vencedor da rinha de emojis de palhaço é…

 

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Marília Mendonça estourou nas redes a partir de 2015 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/marilia-mendonca-estourou-nas-redes-a-partir-de-2015/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/marilia-mendonca-estourou-nas-redes-a-partir-de-2015/#respond Sat, 06 Nov 2021 00:44:04 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/marilia-mendonca1-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=14925 Uma das maiores vozes do sertanejo e da música brasileira contemporânea nos deixou hoje. Marília Mendonça, 26, foi uma das vítimas fatais em acidente de avião na serra em Piedade de Caratinga, cidade a 309 quilômetros de Belo Horizonte. A cantora tinha um show marcado para a noite desta sexta (5).  Também morreram o produtor e tio de Marília Mendonça, além do piloto e do copiloto da aeronave.

Marília Mendonça ficou conhecida como uma das maiores expoentes do feminejo, vertente do sertanejo em que as mulheres são protagonistas em voz e eu-lírico. Ela começou a cantar em 2014. O primeiro hit está gravado na cabeça de todo fã do gênero musical: “Infiel”, lançado em 25 de julho de 2015 pela gravadora Som Livre. Mas foi a partir de 2016 que a cantora começou a conquistar as redes sociais. Veja curva de crescimento de seguidores da Marília Mendonça no Instagram, de 2015 a 2021. Ela atingiu 1 milhão de seguidores em 4 de junho de 2016, e no final do ano já tinha 3,2 milhões. Hoje, soma mais de 38 milhões.

O primeiro milhão de curtidas na página oficial da cantora no Facebook chegou em 7 de maio de 2015, uma mostra de que na época o Facebook ainda atingia o público antes que o Instagram. Atualmente, o perfil possuía 5 milhões e 600 mil pessoas de likes. Os dados são do Crowdtangle, ferramenta do Facebook.

Marília Mendonça era puro carisma e um fenômeno. Em 2017, aos 22 anos, se tornou a artista mais vista no YouTube no Brasil, com mais de 3 bilhões de visualizações em seu canal. “Marília Mendonça é muito Brasil, é aquela música brega, sertaneja, romântica e que fala a verdade”, ela se definiu para a Folha em entrevista para o especial  Música Muito Popular Brasileira.

Em 2018 e 2019, ela gravou shows gratuitos em praças públicas de todas as capitais do Brasil. Ela os anunciava de surpresa em suas redes sociais, e conseguia reunir centenas de milhares de pessoas nas gravações que resultaram em seu quarto álbum ao vivo, “Todos os Cantos”.

Marília Mendonça também foi uma das primeiras artistas brasileiras a fazer uma live na quarentena. Em 20 de março de 2020 ela abriu uma transmissão ao vivo com violão em mãos e um copo de cerveja. Mal sabia que ditaria tendência.

Ela se tornou uma das artistas mais assistidas do mundo com um pico de audiência de 3,3 milhões de visualizações simultâneas com seu show de 11 de abril.

No Spotify, seus números também impressionavam. Em 2019 e 2020, foi a artista mais ouvida no Brasil na plataforma.

Nas redes sociais, compartilhava momentos de seu dia a dia, sempre com muito bom humor. Nesta sexta-feira (5), poucas horas antes do acidente, publicou um vídeo entrando no avião e sonhando com a culinária mineira.

Marília Mendonça deixa um filho, que completa 2 anos em dezembro, e um legado imenso no sertanejo e na música popular brasileira. E um Brasil mais sofrido.

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O impressionante crescimento de Maurício Souza nas redes após post homofóbico e demissão https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/02/o-impressionante-crescimento-de-mauricio-souza-nas-redes-apos-post-homofobico-e-demissao/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/02/o-impressionante-crescimento-de-mauricio-souza-nas-redes-apos-post-homofobico-e-demissao/#respond Tue, 02 Nov 2021 16:04:10 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/mauricio-insta-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=14871 O futebol é o esporte número 1 do brasileiro. Tirando Olimpíadas ou torneios mundiais, em que o país acompanha com afinco outros esportes, incluindo o vôlei, no restante do tempo há, em geral, pouco interesse por outras modalidades.

Os números nas redes sociais de atletas que não pertencem ao futebol refletem essa realidade. Um convocado de Tite terá facilmente milhões de seguidores, mesmo que não seja dos mais conhecidos como Neymar, Gabriel Jesus e Firmino. Enquanto um integrante da seleção masculina de vôlei será bem menos popular.

Era esse o caso do central de 33 anos Maurício Souza. De janeiro a maio de 2021, ele oscilou no Instagram de 102 mil seguidores para 103 mil.  A partir de junho, teve seu primeiro crescimento, chegando a 165 mil em julho e 248 mil em agosto.

Dois motivos explicam esse boom. O início das Olimpíadas, em que esteve em evidência, e a intensificação de seu posicionamento político de apoio a Bolsonaro –o post com mais engajamento é um vídeo do presidente da República em apoio à derrotada campanha olímpica, com 636 mil visualizações, 50 mil curtidas e 80 mil comentários.

No entanto, nada se compara ao que aconteceu após o post homofóbico que culminou em sua demissão do Minas Tênis Clube em meio a pressão de usuários das redes sociais, da torcida e de patrocinadores.

Em 25 de outubro, Maurício possuía 241 mil seguidores, cifra que passou para 2,6 milhões em uma semana –um aumento superior a dez vezes.

O gráfico abaixo, com os números do mês de outubro, mostra isso de forma evidente. Os dados são do Crowdtangle, ferramenta do Facebook.

 

Toda a nata do bolsonarismo saiu em apoio ao jogador. Maurício, com 33 anos, não é mais garoto, e não lhe resta tanto tempo de carreira profissional em alto nível. Mas os números nas redes sociais o credenciam para ser um novo expoente do bolsonarismo, seja em um cargo público como deputado federal em 2022 ou comentarista em alguma emissora alinhada ao governo.

Maurício vem postando publicações direcionadas a esse público, mostrando sua “família tradicional”, agradecendo apoio de políticos como a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), atacando quem o ataca e compartilhando “beijo hétero” entre o Superman e a Mulher Maravilha com uma legenda “Bom dia”.

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Jovem viraliza ao se vestir de realidade, a fantasia mais assustadora no Brasil de 2021 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/10/31/jovem-viraliza-ao-se-vestir-de-realidade-a-fantasia-mais-assustadora-no-brasil-de-2021/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/10/31/jovem-viraliza-ao-se-vestir-de-realidade-a-fantasia-mais-assustadora-no-brasil-de-2021/#respond Sun, 31 Oct 2021 03:00:29 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/realidade-1-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=14858 “O que me assusta hoje em dia?”

Foi essa pergunta que Letícia Duarte de Oliveira Costa, 21, fez a si mesma quando recebeu o convite da sua empresa para ir fantasiada para o Halloween na última quinta (29), em Belo Horizonte (MG). O traje mais assustador ganharia um prêmio.

A mensagem chegou só na véspera do evento, restando-lhe pouco tempo de preparação. Cogitou não ir com nada, mas o clima de descontração e confraternização a empolgou. Fez o que qualquer cidadão com internet faria: jogou no Google para ter ideias.

Não estava gostando dos resultados. Ou eram fantasias muito elaboradas, com maquiagens demoradas, ou itens chochos.

Até que ela resolveu fazer o questionamento acima.

“Não foi nada difícil achar a resposta, dado os eventos dos últimos anos no Brasil, com várias coisas tenebrosas. Nessa vibe, lembrei dos preços dos supermercados. Vai ser isso”, afirma Letícia, que estuda educação física na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e trabalha como social media numa empresa de cosméticos.

Comprou a folha amarela, escreveu ela mesma com o pincel, colou os barbantes, e, voilà, os anúncios de produtos de supermercado estavam prontos.

Arroz, R$ 24,99 um pacote de 5 kg. Café, R$ 14,99 um pacote de 500 g. Bilhete do metrô, R$ 4,50.

Publicou a fantasia no Twitter e o post viralizou. Até 23h deste sábado (30), são 20 mil retuítes e 153 mil curtidas.

No trabalho, ela também fez sucesso.

“Riram demais, quiseram tirar foto, falaram que eu ‘zerei o Halloween'”, diz.

Letícia conta que pesquisou preços em quatro supermercados diferentes e calculou a média, porque queria achar valores condizentes com a realidade. “A realidade já é suficientemente assustadora”, justifica.

Ao final do expediente, ela e seus colegas foram beber e comer em um dos muitos botecos de BH.

“As pessoas na rua me perguntavam se esses valores estavam em oferta, porque perto da casa delas a gasolina já estava a mais de R$ 7 e a alcatra, R$ 40.”

“Eu percebi que o buraco é mais embaixo. Minha fantasia era para ser assustadora, mas existem vários lugares do Brasil que estão piores”, diz.

Nas redes sociais, a reação foi a mesma. “Me fala onde a gasolina está com esse preço que eu vou aí encher vários tanques”, ouviu.

Apesar da repercussão, Letícia não ganhou o prêmio, –terminou em segundo lugar.

Questionada sobre porque estuda educação física e trabalha como social media, afirmou ter motivação financeira.

Ao ouvir deste repórter que ele nunca achou que social media seria uma área valorizada, Letícia resumiu o Brasil de 2021.

“Pra você ver a realidade desse país!!!”

Mais Halloween:
Filha de Michael Jackson se fantasia de Van Gogh para festa de Halloween

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Facebook muda nome de empresa para Meta, e brasileiro volta à 5ª série https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/10/28/facebook-muda-nome-de-empresa-para-meta-e-brasileiro-volta-a-5a-serie/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/10/28/facebook-muda-nome-de-empresa-para-meta-e-brasileiro-volta-a-5a-serie/#respond Thu, 28 Oct 2021 22:34:12 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/FC0CxblXMAUtdxV-320x213.png https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=14828 A empresa Facebook Inc. mudará de nome e passará a se chamar Meta. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (28), com a ressalva de que a rede social continuará sendo Facebook. A mudança ocorre em meio a uma crise de imagem, escândalos sobre decisões algorítmicas e o policiamento de abusos em suas plataformas. Meta será usado para identificar o grupo que administra Facebook, Instagram e Whatsapp.

O novo nome, “Meta”, vem de metaverso, uma nova aposta das gigantes de tecnologia. O metaverso funcionaria como um universo virtual amplo, conectado com todo tipo de ambiente digital. Ao contrário da realidade virtual usada majoritariamente no mundo dos games, o metaverso poderia ser aplicado em outras áreas –no trabalho, para a realização de shows, exibição de filmes ou simplesmente como um espaço para relaxar. A empresa anunciou investimento de US$ 50 milhões (R$ 272,5 mi) na tecnologia.

A notícia bombou nas redes assim que foi anunciada. Além das dúvidas quanto ao que é exatamente o metaverso, também fez surgiu o espírito de 5ª série do brasileiro. Veja reações:

Namastê.

Dia triste para os concorrentes.

Agora já podemos dobrar a meta.

Zuckerberg ou Heisenberg?

Mudaram as estações. Nada mudou?

Acompanhe em folha.com/tec.

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Jogadores de vôlei se manifestam contra homofobia em resposta a Maurício Souza https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/10/26/jogadores-de-volei-se-manifestam-contra-homofobia-em-resposta-a-mauricio-souza/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/10/26/jogadores-de-volei-se-manifestam-contra-homofobia-em-resposta-a-mauricio-souza/#respond Wed, 27 Oct 2021 00:14:44 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/16352922106178943203271_1635292210_3x2_md-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=14801 Parece até mentira, mas a orientação sexual de um personagem de quadrinhos escancarou um racha entre os jogadores de vôlei no Brasil e gerou o afastamento de Maurício Souza do Minas Clube.

Recapitulemos: há duas semanas foi anunciado que o novo Superman, filho de Clark Kent, será bissexual em nova HQ da DC. O fato aparentemente inofensivo causou incômodo no jogador da seleção brasileira masculina de vôlei, Maurício Souza, que publicou nas redes sociais: “A é só um desenho, não é nada demais  Vai nessa que vai ver onde vamos parar…”

O companheiro de seleção, Douglas Souza, também reagiu à notícia, mas celebrando. “Engraçado que eu não ‘virei heterossexual’ vendo os super-heróis homens beijando mulheres….. Se uma imagem como essa te preocupa, sinto muito mas eu tenho uma novidade pra sua heterossexualidade frágil kkkkkkkk Vai ter beijo sim. Obrigado DC por pensar em representar todos nós e não só uma parte. ❤️”, publicou no Instagram.

A repercussão da discussão nas redes foi grande. Bastante criticado, mas também com apoio de seus seguidores, Maurício chegou a dizer que “Hoje em dia, o certo é errado, e o errado é certo… Não se depender de mim. Se tem que escolher um lado, eu fico do lado que eu acho certo! Fico com minhas crenças, valores e ideias”.

Somente após duas semanas, o Minas Tênis Clube, clube de Maurício Souza, se posicionou em nota contra a homofobia, mas defendendo liberdade para que os atletas expressem suas opiniões em redes sociais.

“O clube é apartidário, apolítico e preocupa-se com inclusão, diversidade e demais causas sociais. Não aceitamos manifestações homofóbicas, racistas ou qualquer manifestação que fira a lei. A agremiação salienta que as opiniões do jogador não representam as crenças da instituição sociodesportiva”, afirmava a nota.

 O posicionamento do clube não caiu bem para os sócios, torcedores e patrocinadores. Fiat e Gerdau pediram por “medidas cabíveis” contra o jogador “no espaço mais curto de tempo possível”.
Na tarde desta terça-feira (26), o Minas Tênis Clube resolveu punir o atleta e afastá-lo do elenco. Segundo a agremiação, ele terá de pagar uma multa e se retratar antes de ser reintegrado –mas não terá seu contrato rescindido.
Outros jogadores de vôlei também se posicionaram contra a homofobia. Carol Gattaz, capitã da equipe feminina do Minas, que já teve relações públicas com mulheres, foi uma delas.
Douglas Souza agradeceu o posicionamento da Fiat: “obrigado por entender que homofobia não é liberdade de expressão ou opinião”.
Fabi Alvim e Sheilla Castro foram bicampeãs olímpicas com a seleção brasileira.
Maurício Souza é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e tem histórico de declarações e publicações homofóbicas. Após a repercussão, o Minas Tênis Clube, pressionado por seus patrocinadores, resolveu punir o atleta e afastá-lo do elenco. Segundo a agremiação, terá de pagar uma multa e se retratar antes de ser reintegrado –mas não terá seu contrato rescindido.
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