#hashtag https://hashtag.blogfolha.uol.com.br Mídias sociais e a vida em rede Wed, 08 Dec 2021 17:15:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Guerra de versões sobre autoria de perfil Coronel Siqueira insufla redes sociais https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/30/guerra-de-versoes-sobre-autoria-de-perfil-coronel-siqueira-insufla-redes-sociais/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/30/guerra-de-versoes-sobre-autoria-de-perfil-coronel-siqueira-insufla-redes-sociais/#respond Tue, 30 Nov 2021 21:12:46 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/coronel-siqueira2-1-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=15108 Morreu nesta segunda-feira (29) em São Paulo (SP) de pancreatite Sérgio Vicente Liotte, advogado e geólogo de 48 anos a quem foi atribuída a criação do perfil do Coronel Siqueira, famoso no Twitter.

O personagem era um homem de meia-idade, bolsonarista, conservador e declaradamente ranzinza. Seu humor ácido, porém, revelava traços caricaturais do Brasil de hoje e dos atuais ocupantes do poder.

Mas, após o DCM (Diário do Centro do Mundo) noticiar a morte, ela foi negada pelo próprio perfil do Coronel Siqueira, dando início a uma história surrealista.

Como é comum com perfis virais e de paródia, o Coronel Siqueira nunca assumiu sua verdadeira identidade. Páginas como a dele costumam ter vários administradores, a fim de manter um ritmo frequente de postagens. Seria natural que fosse o caso aqui.

A Carta Capital, que publicava uma coluna assinada pelo personagem, também negou a morte do autor. “Siqueira segue vivíssimo”, escreveu o site. “Não tenho a menor ideia do que aconteceu. O cara que morreu deve ter dito que era o coronel e acreditaram. Sou só eu, sempre fui uma pessoa só”, disse o suposto autor à revista.

“Estão tentando me convencer seriamente de que eu não sou eu.”

Depois da repercussão, o perfil do Coronel Siqueira no Twitter e em outras redes sociais foi deletado.

Em live no DCM, a esposa de Sérgio Vicente Liotte, Patricia, reafirmou que o marido é o criador do Coronel Siqueira e disse que ele concedeu acesso a outras pessoas numa “conta multipessoal”.

“Esta é primeira vez que falo sobre Coronel Siqueira. Jamais imaginei que a morte do meu marido ia atingir o trending do Twitter. O Coronel Siqueira era uma forma de crítica à economia, ao governo, a situações do cotidiano no qual o brasileiro está envolvido. Eu não teria motivo de vir aqui falar no Twitter de um perfil que não pertencesse ao meu marido, até porque nesse momento de dor a última coisa que eu gostaria era de estar numa live”, afirmou.

“A internet é uma terra de ninguém, aonde as pessoas não tem o mínimo de empatia pela dor do outro.”

O diretor do DCM, Kiko Nogueira, questionou ao atual administrador da página satírica por que ele ainda não havia aparecido. “O cara está fazendo em torno da conta de quem aparentemente se apropriou um barulho que pra ele vai ser bom.”

A Carta Capital publicou nesta terça (30) a coluna do Coronel Siqueira com o título “A quem interessa matar o Coronel Siqueira?“. No texto, o suposto administrador da página mantém-se anônimo, reafirma que é o criador do perfil e dá detalhes até então inéditos, “pela primeira vez não do ponto de vista do Coronel, mas do autor”.

Diz morar na Europa desde antes de 2013 –e não em São Paulo ou Porto Alegre, como se pensava– e afirma que resolveu criar o perfil satírico “impressionado pela loucura dos bolsominions e por tudo que estava acontecendo”. Siqueira foi o primeiro nome que me veio à cabeça. Para o nome de Twitter, escolhi ‘direitasiqueira, uma homenagem a Sérgio Camargo [presidente da Fundação Palmares], cujo username é @sergiodireita1″.

O perfil, então, fez sucesso, atingindo mais de 150 mil seguidores desde sua criação em dezembro de 2019.

O autor do texto na Carta Capital diz controlar contas do perfil em várias plataformas (Twitter, Gmail, ProtonMail, Facebook, Instagram, Linktree e Spotify) e afirma ter produzido a foto usada como avatar no site This Person Does Not Exist, que utiliza inteligência artificial para gerar rostos ficcionais — Patrícia afirma que a imagem é a de um tio seu, morto há três anos.

O colunista diz ter declarado ao repórter do DCM que era o único autor, mas teria ouvido do jornalista que a checagem apontava para Sérgio. “A situação foi virando uma mistura de Kafka com Black Mirror. Tinha alguém me acusando de, bem, não ser eu mesmo.”

O #Hashtag procurou o Twitter, mas a empresa afirmou que não pode dar detalhes sobre o perfil, uma conta privada, amparada na privacidade dos usuários e na legislação em vigor.

Assim, seguimos sem decifrar quem tem razão na guerra de versões.

Veja tuítes do Coronel Siqueira antes do perfil sair do ar e que tanto sucesso fizeram.

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Entenda o significado do emoji do palhaço, popular entre jovens nas redes https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/como-o-emoji-do-palhaco-virou-simbolo-de-trouxice-entre-jovens-na-internet/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/como-o-emoji-do-palhaco-virou-simbolo-de-trouxice-entre-jovens-na-internet/#respond Mon, 22 Nov 2021 12:57:46 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/arte7-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=15015 No picadeiro da vida, quem nunca fez papel de palhaço? Nas redes sociais, tornou-se popular o emoji “clown face” (“cara de palhaço”). Se ele surge em um post, é sinal de que alguém foi “trouxa” e já pode cantar aquele verso clássico dos Engenheiros do Hawaii: “Muito prazer, meu nome é otário”. Tuiteiros e tiktokers comprovam isso. 

 

Reclamar do clima imprevisível da sua cidade, lamentar o preço da gasolina, dizer que está cansado de dar conselhos para aquela amiga que nunca te ouve ou mesmo criticar o Governo Bolsonaro. No Brasil de 2021, não faltam oportunidades para usar esse ícone.

Não faltam também opções de emoji. O “clown face” tem pelo menos 14 versões em diferentes plataformas, segundo mapeamento do site Emojipedia, a Wikipedia dos emojis. O palhacinho de sorriso forçado entrou oficialmente para a família em 2016, quando foi aprovado pela Unicode Consortium, organização que unifica modelos de inserção de caracteres em todo o mundo.

 

Em 2019, por motivo desconhecido, esse ícone começou a ganhar o espaço que hoje ocupa nos feeds e nos corações dos internautas. Foi o caso do publicitário paranaense Fred Cavalcante, de 29 anos. Para ele, o sucesso do ícone vai na esteira da tendência dos usuários de redes sociais em assumir o papel de “trouxas”. “Você se sente palhaço quando é traído, enganado pelo ex, quando se apaixona por alguém que deveria ser só uma ficada”, exemplifica.

Não satisfeito em usar o emoji em momentos de frustração, ele criou um filtro temático para o Instagram Stories. A cara de palhaço já estampou rostos de usuários da ferramenta mais de 5,1 milhões de vezes. O efeito de Fred vem acompanhado de frases como: “Eu acreditando que dessa vez ia ser diferente”; “Disse que não ia ser trouxa. Fui trouxa”; “Eu dando moral pros papos do ex”.

Fenômenos como o do “clown face” são frutos da evolução social e cognitiva da língua, explica o PhD em comunicação digital e professor da USP Luli Radfahrer. Ele compara o surgimento desses ícones à diferenciação de maiúsculas e minúsculas por monges copistas no século 9, ou à adoção do caractere “&” (chamado de “ampersand” ou “E comercial”) em substituição à palavra latina “et”, por volta do século 19.

“A língua é uma coisa móvel, maleável. Se você dá para o indivíduo qualquer forma de comunicação além da verbal, ele vai inventar, seja um atalho, seja um ajuste, alguma coisa para tornar a comunicação mais rápida.”

 

Radfahrer diz que um emoji “nada mais é do que uma palavra, uma ideia compartilhada, que cresce e se desenvolve sozinha”.

O valor dessa ideia, no entanto, pode variar entre diferentes gerações. O palhacinho, por exemplo, é mais comum entre os millenials e a geração Z. 

“Essa turma foi alfabetizada já usando emoji, não na escola, mas no convívio social. É do mesmo jeito que você aprende a usar palavrão e gíria. Os jovens são nativos dessa língua, enquanto os mais velhos estão aprendendo uma segunda língua e sentem dificuldade.”

 

Estudos à parte, Fred, publicitário que criou o filtro inspirado no “clown”, ficou tão feliz por ser convidado para esta reportagem que até pensou em rasgar a “carteirinha de trouxa”. “Já me senti palhaço muitas vezes na vida, mas são nestes momentos, como o dessa entrevista, em que a gente se sente um pouco menos trouxa, né?”

E você, respeitável público deste picadeiro, fica agora com uma seleção de tuítes sobre o emoji oficial do otário. Confira abaixo!

Papai ou mamãe, já se perguntou se seu filho é mais um viciado no emoji de palhaço?

 

Tem até rinha de versões do emoji de palhaço. Escolha sua favorita!

 

Existe um código implícito para quem deve ou não receber o emoji de palhaço.

 

O emoji de palhaço é uma tendência internacional!

 

E a privacidade para ser “trouxa” em paz?

 

Como toda celebridade, o palhacinho também tem seus haters!

Compraria?

 

Serve para criticar o Governo Bolsonaro…

 

Só falta o ingresso

 

E o vencedor da rinha de emojis de palhaço é…

 

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Motoristas de ônibus bem-humorados viralizam nas redes https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/03/motoristas-de-onibus-bem-humorados-viralizam-nas-redes/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/11/03/motoristas-de-onibus-bem-humorados-viralizam-nas-redes/#respond Thu, 04 Nov 2021 02:52:33 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/motorista-de-onibus-320x213.png https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=14889 O trabalhador brasileiro sabe bem das dores e delícias do transporte público em dia útil e horário de pico. Mas não dá pra ficar de cara fechada o tempo todo. Ao menos é o que sugere o motorista de ônibus do Rio de Janeiro em vídeo que viralizou nesta semana.

Entre os grandes momentos registrados por um passageiro, ele permite que uma pessoa entre sem pagar a passagem “Tá me devendo uma Brahma, hein?”, pergunta sobre Wakanda, país fictício dos quadrinhos e filme “Pantera Negra”, canta “Hakuna Matata” de “Rei Leão”, provoca torcedores do Flamengo e informa que “vai rolar pagode”. Assista:

O carisma conquistou os internautas. O vídeo despertou até o desejo de andar de ônibus e pegar carona nesse bom humor.

Fale somente o indispensável.

 

Ele não foi o único a viralizar recentemente. Leandro Arara chamou atenção no TikTok por ser um motorista de ônibus e um homem gay. Nos vídeos, ele trata com bom humor o estranhamento das pessoas ao saber de sua orientação sexual. “Como é que dirige um ônibus sendo gay?”, perguntou uma passageira.

Depois de viralizar, Leandro conta, em outro TikTok, que um passageiro disse não ter visto diferença na direção de um homem gay e de um homem hétero. Ele ironiza: “Gente, cada doideira. Vou falar na empresa para fazer um crachá para mim escrito ‘motorista gay’, para identificar. O pessoal não está conseguindo lidar com isso. Afinal, tem diferença? Não tem, gente. É normal”.

Leandro usa o TikTok para compartilhar sua rotina como motorista e comentar assuntos recentes, como os posts homofóbicos do jogador de vôlei Maurício sobre o filho do Superman nos quadrinhos. E agradece o carinho dos fãs: “Eu tô amando! Não parem.”

E você, já viveu alguma história interessante em um ônibus? Mande para interacao@grupofolha.com.br.

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Spa, família reunida e se tornar youtuber estão entre os sonhos de crianças que viralizaram nas redes https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/09/14/spa-familia-reunida-e-se-tornar-youtuber-estao-entre-os-sonhos-de-criancas-que-viralizaram-nas-redes/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/09/14/spa-familia-reunida-e-se-tornar-youtuber-estao-entre-os-sonhos-de-criancas-que-viralizaram-nas-redes/#respond Wed, 15 Sep 2021 02:40:49 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/163167332661415bee4660a_1631673326_3x2_md-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=14627 Já parou para relembrar os seus sonhos de criança?

Dos mais absurdos aos mais pé no chão, a internet se dedicou nesta terça-feira (14) a revisitar sua criança interior após um tuíte com uma atividade de escola infantil particular de Belo Horizonte (MG) viralizar.

Os sonhos citados pelas crianças vão dos mais comuns: “ser ginasta”, “ser youtuber”, “ter uma fazenda”, “ser rica”, “ter a família reunida”, “ir em um spa com as amigas” até os mais exóticos como: “ser beyblade profissional”, “andar em uma bicicleta de doces” ou “ter um carro dourado de três andares”.

Os nomes das crianças e o termo “beyblade” foram parar nos assuntos mais comentados do Twitter ao longo da tarde de terça. Internautas aproveitaram para relembrar seus desejos de criança.

Quem nunca teve algumas vontades estranhas, não é mesmo?

Fico com a pureza das respostas das crianças.

Tempos mais simples.

Bora andar junto no recreio?

Os requisitos para ser jornalista estão cada vez mais competitivos.

E tá tudo bem.

Aliás, muita gente ficou preocupada com a Izabel, que tem o sonho de ter a família reunida. Mas a mãe da menina deu entrevista ao Portal G1 e explicou que elas moram em Belo Horizonte (MG), mas parte da família mora em Montes Claros (MG). Durante as férias, Izabel visitou a família distante e agora sonha em reunir todos novamente.

Quais eram seus sonhos de criança?

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De olho no fim do Fleets, WhatsApp lança nova opção para envio de nudes https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/08/03/de-olho-no-fim-do-fleets-whatsapp-lanca-nova-opcao-para-envio-de-nudes/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/08/03/de-olho-no-fim-do-fleets-whatsapp-lanca-nova-opcao-para-envio-de-nudes/#respond Tue, 03 Aug 2021 22:13:22 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/IMG-Visualização-Única-1-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=14315 O WhatsApp não perde tempo. De olho nos órfãos do Fleets —ou melhor, do Fleets Day, já que, até sua despedida, ninguém dava muita bola para os “stories” do Twitter—, o aplicativo de mensagens anunciou nesta terça (3) que passará a permitir o envio de imagens de visualização única.

O recurso funcionará mais ou menos como o inbox do Snapchat, que já foi muito usado para o compartilhamento de fotos e vídeos impróprios para menores em seus tempos áureos.

A empresa cita como exemplos imagens de “roupas que está provando em uma loja”, “uma reação rápida a um certo evento” ou a “senha do Wi-Fi”, mas sabemos bem qual é o interesse de vocês.

Ou seja, quem se empolgou com a avalanche de nudes compartilhadas no fim de semana agora tem uma nova forma de enviar seu “pack” para os contatinhos. E o melhor: sem precisar baixar outro aplicativo.

Assista ao vídeo para entender como funciona.

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Posts de pêsames por morte causada pela Covid-19 mais que dobram no Twitter https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/04/13/posts-de-pesames-por-morte-causada-pela-covid-19-mais-que-dobram-no-twitter/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/04/13/posts-de-pesames-por-morte-causada-pela-covid-19-mais-que-dobram-no-twitter/#respond Tue, 13 Apr 2021 23:22:10 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/469350842_81cc8faf77_k-e1618345595811-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=13684 A Covid-19 matou um a cada 600 brasileiros desde que desembarcou no Brasil, oficialmente, em fevereiro de 2020. O país convivia com altos índices de mortes causadas pela violência, acidentes de trânsito e outras doenças. Em pouco mais de um ano em circulação no Brasil, no entanto, o coronavírus já tirou a vida de mais de 353 mil pessoas. Quem frequenta redes sociais percebeu nas últimas semanas que o luto virou rotina nas postagens de amigos, colegas e até desconhecidos.

No Twitter, o uso de expressões de conforto e de pesar para mortes pela Covid-19 mais que dobrou, passando de 106 mil (última semana de junho de 2020) para 221 mil (primeira semana de abril de 2021), segundo levantamento feito por Fabio Malini, coordenador do LABIC (Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura) na Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo).

 

 

Os dados dizem respeito a expressões como “meus pêsames”, “meus sentimentos”, “descanse em paz” e também de palavras associadas, como “ceifada+covid”, “perder+covid” e “perdi+covid”, por exemplo.

Malini explicou à Folha que já havia observado o aumento das expressões ou das palavras de pesar relacionadas à Covid-19 desde junho de 2020, mas que os números cresceram com o agravamento da pandemia nos primeiros meses de 2021.

Para que o levantamento fosse mais preciso, Malini buscou maneiras de reduzir as chances de os dados apresentarem distorções, evitando publicações que não tivessem relação com a pandemia ou o coronavírus.

Pelo menos dois critérios permitiram ao pesquisador obter esses resultados. Um deles foi o uso do pronome possessivo “meus” associado às palavras “sentimentos” e “pêsames”. Além disso, para impedir a influência de condolências em casos de mortes não relacionadas à Covid-19 sobre os dados, Malini associou, ainda, o uso do pronome possessivo nas expressões a menções diretas ao vírus e à pandemia.

“Quando a pandemia piorou, percebi que a situação começou a ficar pesada. Eu passei a montar o banco de dados e tinha interesse em analisar, mas o clima estava pesado então apenas comuniquei um pouco o que estava vendo”, disse.

Meio para lidar com o luto

Para o pesquisador, as redes sociais se tornaram lugares onde as pessoas podem compartilhar e externalizar sua dor, uma vez que os enterros se tornaram restritos e os abraços oferecem risco. Para ele, o aumento nas interações de pesar poderia ser uma tentativa de viver o luto.

Malini cita um dos argumentos do psiquiatra Joel Birman (disponíveis no YouTube neste link) que indica o luto como sendo necessário para que se possa, simbolicamente, enterrar os mortos e ter um acerto de contas com aqueles que se foram.

“A ausência de rituais funerários têm impacto naquilo que psicanaliticamente chamamos de o trabalho do luto. É preciso que façamos esse trabalho, embora seja doloroso, quando perdemos alguém que é muito importante para nós. Quando não conseguimos fazer o trabalho de luto, segundo Freud, em texto chamado Luto e Melancolia, caímos em uma situação melancólica, um luto patológico”, afirmou Birman, que é professor do Instituto de Medicina Social da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e do Instituto de Psicologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O psiquiatra encerrou sua participação no painel com uma previsão desoladora. Para Birman, as consequências traumáticas causadas pela pandemia nos cidadãos brasileiros serão um problema imediato a ser solucionado já nos primeiros dois ou três anos após o fim da pandemia, em especial a depressão, ansiedade e transtornos obsessivos-compulsivos.

Os dados sobre os termos utilizados em publicações e interações no Twitter foram coletados por Malini por meio de um sistema feito na linguagem de programação Pyton, criado pelo laboratório coordenado por Malini. O sistema coleta os termos de busca do Twitter e salva as publicações em uma planilha, de maneira que as informações possam ser analisadas de maneira quantitativa e qualitativa.

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Doria publica meme sobre Bolsonaro: ‘sai maluco todo dia isso’ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/04/10/doria-publica-meme-sobre-bolsonaro-sai-maluco-todo-dia-isso/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/04/10/doria-publica-meme-sobre-bolsonaro-sai-maluco-todo-dia-isso/#respond Sat, 10 Apr 2021 20:42:19 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/EyoI65KWgAEHrQv-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=13678 Em mais um capítulo da briga entre Jair Bolsonaro (sem partido) e João Doria (PSDB) nas redes sociais, o governador do estado de São Paulo chamou atenção do presidente por criticá-lo constantemente. O tuíte veio acompanhado do meme “sai fora maluco, todo dia isso”.

João Doria tem aproveitado para explorar o fato de o Butantan ser o principal fornecedor das vacinas no país, em oposição ao governo Bolsonar, criticado pela lentidão na vacinação e pouca oferta de imunizantes. A postura nas redes lhe garantiu o apelido de “João vacinador”. No final de março ele prometeu vacinar o presidente Jair Bolsonaro, bem como seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e demais aliados do presidente.

Na última quinta-feira (7), Doria também prometeu vacinar o presidente com antirrábica, produzida pelo Butantan, em resposta a xingamento que teria sido proferido durante jantar com empresários.

Bolsonaro e Doria, que foram aliados nas eleições de 2018, se desentenderam em meio ao combate a pandemia e devido as pretensões eleitorais de João Doria em 2022. Bolsonaro adotou tom crítico ao comentar medidas tomadas pelo governador, como distanciamento social e fechamento de comércio não essencial. O presidente passou a chamar publicamente Doria de “calcinha apertada”.

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Saiba como deixar de ver posts sobre BBB no seu feed do Twitter https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/01/29/saiba-como-deixar-de-ver-posts-sobre-bbb-no-seu-feed-do-twitter/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/01/29/saiba-como-deixar-de-ver-posts-sobre-bbb-no-seu-feed-do-twitter/#respond Fri, 29 Jan 2021 21:25:36 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/161194722260145cd6368ae_1611947222_3x2_md-1-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=13466 O Big Brother Brasil  21 começou nesta semana. Como acontece há anos, milhares de postagens passaram a circular nas redes sociais, principalmente no Twitter, plataforma que se consolidou como “segunda tela” do programa.

Para quem gosta do reality é a oportunidade de tuitar a cada deslize de um participante ou declarar a sua preferência no jogo.

Muita gente, porém, não gosta do BBB e se incomoda com o tanto de mensagens inundando o feed, muitas vindo de amigos. O Twitter virou uma miscelânea de pandemia + política + Big Brother.

Há até uma certa rixa na rede social entre aqueles que desprezam o programa versus quem gosta. 

Com a enxurrada de tuitadas, usuários sem nenhum interesse pediram dicas de como não ver mais mensagens sobre o reality na timeline, sem precisar deixar de seguir ninguém. E fazer isso é simples.

Abra o Twitter no aplicativo ou no desktop, vá em “configurações e privacidade” e clique em “privacidade e segurança”. Depois, procure “silêncio ativo”. Pronto, agora é possível silenciar palavras ou contas. Em “adicionar” insira uma palavra ou frase. Dica: aqui vale incluir BBB, BBB21, Tiago Leifert e o nome dos participantes.

Quando palavras são silenciadas, as notificações de tuítes que as incluem deixam de aparecer na sua timeline. Um alívio para quem está detestando o programa e não quer participar da discussão. 

Só é preciso tomar cuidado com algo fora do controle de qualquer filtro:

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Nove motivos por que janeiro de 2021 será um mês histórico para as redes sociais https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/01/16/oito-motivos-por-que-janeiro-sera-um-mes-historico-para-as-redes-sociais/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/01/16/oito-motivos-por-que-janeiro-sera-um-mes-historico-para-as-redes-sociais/#respond Sat, 16 Jan 2021 18:20:08 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/trump-olivier-douliery-afp-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=13361 Quando nossos filhos forem estudar a história das redes sociais, o mês de janeiro de 2021 será um dos mais importantes. Muitos fatos sem precedentes aconteceram em poucos dias, a começar pelo banimento do presidente dos EUA Donald Trump de Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Twitch, por incitação à violência ao insuflar uma massa de seguidores a invadir o Congresso americano por não aceitar a derrota nas eleições de 2020

A rede social de Jack Dorsey, o Twitter, fez o ato mais representativo de todos ao suspendê-lo permanentemente, enquanto as outras deram um prazo temporário. 

Neste momento, estamos no meio da movimentação das placas tectônicas. Ainda é difícil prever todas as consequências, mas já existem alguns indícios. Confira o que deve mudar nas redes sociais nos próximos meses. 

ABRIU A PORTEIRA
A partir do momento em que se quebram precedentes, o que era inédito ganha ares de cotidiano. É assim na nossa vida: o primeiro beijo é marcante. Do segundo e terceiro poucos lembram. Portanto, se o presidente dos EUA, figura conhecida como “homem mais poderoso do mundo”, foi silenciado, qualquer cidadão é passível de sê-lo, inclusive outros líderes de países importantes. 

BRAZIL
O que nos remete ao Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já escancarou que irá imitar o americano caso não saia vitorioso nas urnas ao “prever” fraude em 2022. A pressão irá aumentar sobre as big techs para que as ações não fiquem restritas a Trump, e Bolsonaro é um dos principais candidatos a ser banido das redes sociais. 

PLACAS TECTÔNICAS
O terremoto é diário neste mês de janeiro. O banimento de Trump levou a uma primeira onda ao Parler, rede social conhecida por não moderar o conteúdo e adorada por conspiracionistas de toda ordem. No entanto, Google, Amazon e Apple a baniram de suas lojas virtuais e servidores, o que, na prática, deve levar a seu fim. O Gab, um “Twitter de direita”, também passou a abrigar trumpistas desabrigados. O maior impacto foi no Telegram, que nos últimos três dias recebeu 25 milhões de novos usuários, muitos movidos também pelas mudanças de privacidade do WhatsApp–o Signal, outro aplicativo de mensagens, recebeu 9 milhões de pessoas. 

As placas tectônicas estão em movimento e neste momento é muito cedo para prever o encaixe futuro. Uma possibilidade é que as redes grandes rumem a um tamanho médio e as nanicas deixem de ser tão inexpressivas. No início, no entanto, é improvável que os radicais abandonem completamente o mainstream, afinal, dependem do alcance de um post no Twitter ou no Facebook para passar a mensagem, mesmo que seja “vamos sair daqui, galera”.  

MONEY TALKS
É preciso analisar ainda como Twitter, Facebook e Instagram vão reagir a essa debandada de usuários. Se a rede fica menor, o poder de barganha com anunciantes também diminui e a margem de lucro das empresas de tecnologia cai. Hoje, Google e Facebook têm o monopólio da publicidade digital, mas a história já ensinou que nenhum domínio é para sempre. 

LIBERDADE DE EXPRESSÃO
A discussão sobre os limites da liberdade de expressão, assunto complexo, voltou a ser central no debate. A premiê da Alemanha Angela Merkel, crítica ferrenha de Trump, mostrou-se contrária ao seu banimento das redes. Por outro lado, o paradoxo da tolerância do filósofo Karl Popper é citado a todo instante (não devemos ser tolerantes com os intolerantes). Dar voz a Trump e sua turba seria alimentar os que desejam o fim da democracia. 

PPPs: PRAÇAS PÚBLICO-PRIVADAS
Existem regras e termos de uso nas redes sociais. Quem desrespeita, sofre as sanções, mesmo se você for o presidente dos Estados Unidos. Parece simples, mas não é. As big techs são empresas privadas, com interesses comerciais, e deixar na mão de três ou quatro presidentes a decisão sobre quem pode ou não ter voz não é a melhor alternativa. A verdade é que elas se tornaram uma praça pública em um ambiente privado e esse é o grande dilema do momento.   

REGULAÇÃO
O dilema, provavelmente, só vai ser resolvido via regulação. Fala-se em um modelo de concessionária, em que essas empresas adquiririam o direito de operar no ambiente virtual desde que siga a legislação local. Não uma lei genérica, mas aprovada específica para grandes monopólios de tecnologia. O Brasil, por exemplo, demorou para aprovar a Lei Geral de Proteção de Dados, mas pouco avançou nessa área. A discussão na Europa está mais avançada –as big techs já tiveram que pagar multas antitrustes. Nos EUA, o futuro das big techs é acompanhado com preocupação mesmo por não apoiadores de Trump. O Facebook vem sofrendo forte pressão entre autoridades e políticos americanos —e, nesta, democratas e republicanos estão no mesmo barco— para que se desfaça de Instagram e WhatsApp, aquisições que “esmagaram rivais”. A regulação dos gigantes deve ser retomada no início do governo Biden.

QUEDA DO MURO 
Se alguém ainda duvidava que existe uma diferença de “vida real” e “vida virtual”, esse conceito parece mais ultrapassado do que nunca. O submundo do QAnon e outras teorias conspiratórias não existem apenas na internet, mas ao vivo e a cores. As redes sociais são uma extensão de nossa vida em qualquer campo.  

ARQUEOLOGIA DIGITAL
Como irão trabalhar os historiadores e arqueólogos digitais dos anos 2100 se todo o rastro pode ser perdido em uma decisão monocrática? Um jornalista que queira hoje analisar os 4 anos de Trump nas redes sociais irá ter bastante dificuldade. Projetos que recuperem os posts devem surgir, mas nem todo mundo terá conhecimento.

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Bolsonaristas trocam foto de perfil no Twitter em solidariedade a Trump https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/01/09/bolsonaristas-trocam-foto-de-perfil-no-twitter-em-solidariedade-a-trump/ https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2021/01/09/bolsonaristas-trocam-foto-de-perfil-no-twitter-em-solidariedade-a-trump/#respond Sat, 09 Jan 2021 14:06:18 +0000 https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/Allan-dos-Santos-320x213.jpg https://hashtag.blogfolha.uol.com.br/?p=13282 Nesta sexta (8), o presidente dos EUA, Donald Trump, conseguiu um feito até então inédito: tornou-se o primeiro presidente americano a ter sua conta no Twitter deletada por infringir as regras de uso da rede social.

A conta de Donald Trump no Twitter foi suspensa por violar regras da rede social
A conta de Donald Trump no Twitter foi suspensa por violar regras da rede social

Acostumados a ter posts removidos pelo Twitter, inluenciadores bolsonaristas se solidarizaram com o presidente americano e trocaram suas fotos de perfil na rede social pela foto do futuro ex-presidente dos EUA.

 

 

Leandro Ruschel e Allan dos Santos estão entre os que participaram da manifestação de repúdio em favor de Donald Trump. Ambos, inclusive, são investigados pelo Supremo Tribunal Federal por fazerem parte de um “mecanismo coordenado de criação e divulgação” de fake news.

Allan dos Santos tem histórico com a Corte. Ele é alvo de outro inquérito que investiga o financiamento de atos antidemocráticos em Brasília.

Após ser alvo de mandado de busca e apreensão no inquérito das fake news, Santos fugiu do Brasil e anunciou o sucesso da fuga em uma live com a ajuda da deputada federal Bia Kicis (PSL), que também é bolsonarista. Segundo os investigadores, ele teria deixado o país em um avião rumo ao México.

A fuga aconteceu em agosto de 2020. Na ocasião, Santos alegou que teria descoberto um suposto plano de espionagem contra o presidente Jair Bolsonaro. Quase cinco meses depois, ele ainda não apresentou qualquer prova da existência de tal conspiração que, segundo ele, envolveria as embaixadas da China e Coreia do Sul, os ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso e o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

Quem também optou por defender o presidente dos EUA por meio da “performance” foi Rodrigo Constantino, que após ser demitido da Rádio Jovem Pan por dizer que colocaria a filha de castigo caso fosse estuprada, voltou à Rádio como comentarista convidado para quebrar um galho enquanto o jornalista e também comentarista Augusto Nunes estava de férias.

 

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