#SeEleEstivesseArmado: mulheres relatam agressões sofridas no passado um dia após flexibilização da posse
Nesta terça-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou decreto que flexibiliza a posse de armas no país.
Algumas das principais mudanças são:
- Antes cabia à PF avaliar a necessidade da posse; agora as hipóteses de “efetiva necessidade” para aquisição de até 4 armas abrangem todos os cidadãos, e a PF apenas examina as informações
- É preciso declarar que há local seguro para armazenamento em residências com crianças, adolescentes e pessoas com deficiência intelectual
- Revisão da autorização passa a ser feita a cada 10 anos, em vez de 5
Nas redes sociais, o assunto está rendendo debates de pessoas prós e contra a nova medida.
Também surgiram diversos relatos de mulheres que sofreram ou presenciaram agressões de namorados, maridos ou pais, sempre acompanhados da hashtag #SeEleEstivesseArmado, que figura nos trending topics (assuntos mais comentados do Twitter) na tarde desta quarta-feira (16).
“Vai morrer”
Alcoolismo piora uma situação que já é grave.
O Brasil registra 606 casos de violência doméstica por dia.
Arma em casa facilita as coisas para quem busca uma solução definitiva.
Não deu tempo de pegar a arma.
Homens também fizeram relatos.
Armas e crianças: perigo constante.
História de ex-namorados ou ex-maridos que não aceitam o fim é comum.
Também há relatos de quem estava, de fato, armado.
Pessoas a favor da ampliação da posse de armas também se manifestaram.
Um dos argumentos usados pelos pró-armas é o de que, para matar, basta querer.
Outro é: não quer arma, só não comprar.
O que acaba levando a discussão para outras searas.
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