Rebeca Oliveira

O presidente Jair Bolsonaro divulgou nesta quinta-feira (9) uma nota oficial no qual ameniza o discurso golpista e busca apaziguar a tensão entre os Poderes após os protestos do feriado da Independência. Ele afirma que não teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”.

O recuo de Bolsonaro ocorre um dia após o presidente do STF, ministro Luiz Fux, ter feito um duro discurso contra as falas golpistas do mandatário no 7 de Setembro e afirmado que a ameaça de descumprir decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes, se confirmada, configura “crime de responsabilidade”.

Neste meio tempo, o presidente precisou lidar com protestos de caminhoneiros em 15 estados do Brasil. Enviou áudio pedindo desbloqueio das estradas, um apelo com o objetivo de evitar piora da economia com eventual desabastecimento como o visto na greve dos caminhoneiros em 2018. Acabou sendo criticado por apoiadores.

O ex-presidente Michel Temer (MDB), que lidou com a greve em 2018, foi chamado para ajudar nas negociações nesta quinta-feira (9). Até as 17h37, caminhoneiros encerraram bloqueios, mas 13 estados seguiam com manifestações. Temer também teve envolvimento na divulgação da nota à nação.  O ex-presidente afirmou que a carta é de sua autoria e, antes da divulgação, mediou conversa por telefone entre Bolsonaro e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

O auxílio emergencial de Temer virou meme nas redes sociais. Confira repercussão:

A reunião teria corrido mais ou menos assim:

Apelos a Temer.

Pela terceira vez, a internet pediu: Volta, Temer!

É preciso deixar o inimigo agir.

Cartas escritas por Michel Temer nos lembram de tempos mais simples.

Outra conciliadora seria certa ex-participante de reality show?

Presidente faz isso?

Nova carreira?

Tem que usar mesóclise, tá okey?

O mercado já reage à tentativa de apaziguar o clima de tensão.  Bolsa sobe 1,72% e dólar cai 1,84% após recuo de Bolsonaro.

Uns se animam, outros nem tanto.

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