O Brasil nunca teve uma empresa low-cost de verdade, diz blogueiro
Apesar de empresas como Gol e Azul se classificarem, no Brasil, como low-cost, elas nunca foram de fato aéreas de baixo custo, como o conceito é praticado em países da Europa (com Ryanair e Easy Jet), nos Estados Unidos (Southwest) e mesmo na Argentina, com Avian e Flybondi.
Esse conceito envolve: se eu quiser despachar bagagem, pago separado. Se eu quiser escolher o assento que vou sentar, pago separado. Se quero comer, pago separado. Tudo desvinculado.
E com isso os preços caem.
O mercado brasileiro, só agora, começa a se preparar para a entrada das low-costs, impulsionado pelaa permissão da Anac, em meados de 2017, para as empresas aéreas cobrarem pela bagagem despachada.
Essa é a opinião de Guilherme Magalhães, do blog Senhores Passageiros, 12º convidado do Fale, blogueiro, programa semanal de entrevistas com blogueiros da Folha no Instagram Stories.
O blogueiro falou ainda sobre temas como a associação da Boeing e da Embraer, o porquê de os preços das passagens não caírem após a cobrança de bagagens, e defeitos e qualidades dos aeroportos brasileiros, que devem muito na questão de integração com o transporte público, algo muito comum na Europa.
Também foi abordado a segurança na aviação.
Em 2017, o mundo registrou 10 acidentes com aviões de transporte de passageiros civis, com 44 mortos, o ano mais seguro da história da aviação, segundo relatório da Aviation Safety Network.
“Quando um avião cai, há um trabalho minucioso para se aprender com erro, para que as pessoas não tenham morrido em vão. É uma tendência mundial, os padrões estão mais rígidos, a construção deles tem sido melhor, com padrões de segurança mais rígidos”.
E porque, mesmo com tanto medo, a aviação atrai aficionados mundo afora?
“Desde o mito de Ícaro o ser humano tem fascínio pela aviação, é a forma factível de pôr o homem nos céus. É um mundo fascinante, no qual cada detalhe faz diferença”, diz Guilherme.
Assista ao programa completo:
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Confira a quarta edição do Fale, blogueiro, com a jornalista Lívia Marra, do blog Bom pra Cachorro. Para ela, pet pode ser como um filho, mas deve-se evitar exageros.
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